[Series Finale] Young Sheldon 7x14 – Memoir
“Are you writing your memoir or a
fantasy novel?”
QUE JORNADA
FANTÁSTICA! Durante sete temporadas, acompanhamos a história da Família Cooper
em “Young Sheldon”, um spin-off de “The Big Bang Theory” que mostrou a infância e adolescência de
Sheldon até a sua partida para Caltech, e agora nos despedimos com um aperto no
coração e um misto de emoções, mas sabendo que foi uma caminhada linda e que a
série se encerrou da melhor maneira possível. Acabo de retornar ao meu primeiro texto de “Young Sheldon”,
para reviver um pouco daquela emoção e lembrar o que senti na época, e eu
adorei o Piloto sem saber o quanto a série se tornaria importante para mim… o
quanto eu realmente amaria todos
esses personagens, e o quanto eu vou sentir falta de ter um novo episódio para
assistir.
O último
episódio nos revela algo que não é uma grande novidade, porque é uma teoria que
já circula há algum tempo: que “Young
Sheldon” são as memórias que o Sheldon está escrevendo. É claro que algumas
coisas não fazem sentido dentro desse contexto, como o fato de termos tido
várias histórias na série que não estavam diretamente conectadas ao Sheldon nem
contavam com a sua presença, mas é uma brincadeira legal que funciona para
“explicar” a narração de Jim Parsons, e que nos permite ver um pouquinho do
Sheldon de “The Big Bang Theory” de
volta – na verdade, um Sheldon Cooper mais
velho do que o Sheldon de “The Big
Bang Theory”, casado com Amy e com dois filhos… um jogador de hóquei e uma
que quer ser atriz.
Sinto que “Memoir” foi mais melancólico do que eu
esperava que ele fosse, mas talvez fosse o tom ideal depois dos dois últimos
episódios, nos quais nos despedimos de George Cooper. “Funeral”, o episódio anterior, foi o episódio mais lindo da
história de “Young Sheldon”, uma bela
homenagem repleta de emoção e sinceridade, e “Memoir” se passa 27 dias depois da morte de George… o que quer
dizer que a família ainda está se ajustando, e eu acho muito bonito o fato de a
série não “deixar isso para lá”, e ser respeitosa em relação a como esse evento
marcou a vida de todo mundo. E se o episódio anterior explorou muito bem o que
o Sheldon estava sentindo depois da morte do pai (!), esse episódio nos
permitiu ver um pouco mais de Mary.
Não há
nenhuma fantasia exagerada nas reações de Mary, e isso é muito honesto da
série. Depois da morte de George, Mary se enfurnou dentro da igreja, e ela
acaba estando ausente da vida dos filhos quando
eles mais precisam dela… Sheldon não sabe lidar com o luto, Missy está com
raiva de tudo, Georgie está assumindo todas as responsabilidades possíveis,
inclusive a preocupação com a mãe. Essa Mary que acaba se tornando fanática
porque rezar é tudo que ela consegue fazer se aproxima mais da imagem que
tínhamos de Mary em “The Big Bang Theory”.
Foi forte ver a maneira como Connie fala com ela, como diz a ela que os filhos
precisam dela, ou como conversa com Missy e com Sheldon para convencê-los a se
batizar porque “Mary precisa disso”.
Sheldon faz
isso pela mãe. À sua maneira… mas faz.
Teria
gostado de um pouquinho mais de Sheldon e Missy nesse Finale. Sinto que eles já
compartilharam momentos inesperadamente bonitos antes, mas eles se afastaram
nos últimos tempos, e não conseguiram “recuperar” isso até o fim de “Young Sheldon”, mesmo que tenhamos tido
duas cenas marcantes da dupla nesse episódio: a primeira delas quando Missy
encontra o Sheldon desfazendo o quarto de sua infância e comenta sobre como
“ele está vazio” e sobre como “eles passaram muito tempo juntos ali dentro”; o
segundo quando Sheldon está “olhando a casa uma última vez para se lembrar dela
quando for adulto” e Missy aparece perguntando se ele também vai se lembrar
dela e ele diz que “tem memória fotográfica, ele não tem escolha”.
Em um dos
momentos mais emocionantes do episódio, Jim Parsons, o Sheldon adulto, visita a
casa vazia dos Cooper… a casa que Mary eventualmente vendeu, aonde ele viveu
tanta coisa que viverá para sempre em sua memória. Mas eles estavam seguindo em
frente… aos 14 anos, Sheldon estava indo para a faculdade, como vemos na última cena de “Young Sheldon”;
adulto, ele ainda precisa que Amy lhe diga o que fazer e como fazer algumas
coisas, mas eu acredito que, à sua maneira, ele tem sido um bom pai. É bonito
vê-lo adulto se lembrando da presença e do apoio do pai, e como esse é o maior
presente que ele poderia ter deixado… e ele finalmente entende o que a Amy está
tentando dizer e que ele precisa estar no jogo de hóquei de Leonard, seu filho…
Me despeço
sabendo que eu poderia continuar acompanhando por muito mais tempo, mas a série
precisava terminar em algum momento e esse é um ótimo ponto no qual nos
despedimos. Ou nos despedimos parcialmente… Sheldon Cooper está em Caltech
agora, o que eu acho que daria um bom
outro spin-off, se você me perguntar, mostrando como ele conheceu o Leonard
e os meninos; por ora, no entanto, temos a confirmação de um spin-off de “Young Sheldon” que ainda será ambientado no Texas, acompanhando
Georgie e Mandy – “Georgie and Mandy’s
First Marriage” –, e quem sabe, umas participações especiais de personagens
antigos, como a Mary, a Missy e a Connie? Não sei, descobriremos em breve. De
todo modo, nos despedimos de “Young
Sheldon”.
E foi uma
linda história até aqui! Deixará saudades!
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