ABC do Amor (Little Manhattan, 2005)
“It wasn’t
that easy. I guess love never is”
Um dos
filmes mais doces e tocantes da história! ABC
do Amor, filme de 2005 protagonizado por Josh Hutcherson, como Gabe, e
Charlie Ray, como Rosemary Telesco, é um filme terno que fala sobre o primeiro amor, de modo inocente, jovem
e, quiçá, divertido. Mas, acima de tudo, o
filme é real. Com um fim imperfeito, palpável e relacionável, nós somos
levados às lágrimas pela bela história sobre como “o amor não é um mar de
rosas”, mas vale a pena no final, porque
ficam as memórias. Gosto da doçura das crianças de 11 anos saindo da fase
em que o sexo oposto é “repugnante” (a parte inicial dos piolhos e da cortina
de aço é perfeita!) e descobrindo que o
seu coração pode disparar, e você pode, subitamente, querer estar ao lado de
alguém de um modo que você nunca imaginou que quereria há pouquíssimo tempo.
Acho que a
narração de Gabe Burton é que dita o tom do filme, e acelera demais a dinâmica
e a conexão com quem está assistindo. Porque nos reconhecemos nas cenas dele,
mas nos reconhecemos, ainda mais, em seus
pensamentos. Em como ele se questiona “Que
tipo de pergunta é essa?” ou comenta que “Eu me odeio!” por comentários que não devia ter feito. MAS A VIDA
É ASSIM! O filme é todo cheio de momentos, de ternura e de paixão. Eu, um
eterno apaixonado romântico, sorrio como um bobo quase o tempo todo, porque o
filme realmente me faz sorrir de alegria… a trilha sonora é belíssima. Mas
também tem seu tom triste, até melancólico, mas sem nunca deixar de ser fofo… tudo começou em uma aula de caratê, quando
Gabe viu Rosemary Telesco, que conhece desde o jardim de infância, e algo
despertou nele.
Mas ele
sentiu o coração palpitar quando a viu de dama de honra!
Para mim, um
dos momentos MAIS FOFOS da história dos filmes! Quando ele escuta o seu coração
e, tão pequenino, coloca a mão no peito, tentando entender o que está sentindo…
quer dizer, é só Rosemary Telesco, a
terceira garota mais bonita da sua sala! E quando Gabe explora Manhattan no
seu patinete, e oferece uma carona para Rosemary, e ele sente que tudo é possível com os braços dela ao seu redor… COMO
NÃO AMAR?! Ele diz que “nunca se sentiu mais vivo”, e essa é a sensação que
a primeira vez que nos apaixonamos nos dá. Gosto de como eles se conhecem mais
e se aproximam. Como ela insiste que garotas amadurecem antes que garotos. Como
ele lhe deve um sorvete por uma aposta sobre o tema. Como eles, juntos,
procuram um apartamento para o pai dele, que está se separando de sua mãe. Como
lutam com caratê contra um garoto mais velho e saem correndo depois… e como o
mundo dele parece desabar quando ela diz que vai passar 6 semanas longe.
“Ela podia muito bem dizer que ia morrer!”
Quando se
tem 11 anos, 6 semanas é uma eternidade… mas Gabe decide que não pode deixar
Rosemary Telesco ir embora sem antes dar-lhe um beijo. Tudo é fofo, todo é
infantil, ingênuo e real. Ele se sente ameaçado por Tim, um garoto faixa
amarela que o substitui como par de Rosemary no caratê. E ele teme que ela não queira
mais saber dele, mas a sua felicidade quando o telefone toca e é ela ligando… a convidando para ir a um show! A cena
do show é uma das coisas mais emocionantes do filme! Eles estão lá, tão
bonitinhos, sentados lado a lado, e ele vê a sua mão ali entre os dois… e a
segura… E ELA RETRIBUI! Como é impactante e significativo esse momento de
“segurar a mão de alguém pela primeira vez”. Você se sente corajoso e
importante, depois você se sente eufórico e “como se fosse capaz de qualquer
coisa”.
Como é bom ser
jovem e se apaixonar.
Acho que por
isso “ABC do Amor” é um sucesso,
porque todos já passamos por isso, e é uma sensação TÃO BOA! A insegurança de
quando ela solta a sua mão, e a felicidade de quando ela a pega de volta! “All those ridiculous songs about love? I finally understood!” E eles se beijam. Na verdade
ele a beija pela primeira vez. É rápido, abrupto, não muito romântico, mas
ainda assim doce. Incerto como quase todo primeiro beijo tende a ser. Você não
sabe o que está fazendo, só que quer fazê-lo. E quando ela vai embora, ele fica
se perguntando se fez certo. Se devia ter beijado a garota. Se foi muito
rápido, muito rude ou muito nojento. Ele não sabe como reagir, ele não sabe o
que pensar. Ele olha para Rosemary e cada pequeno detalhe de sua expressão, em
uma aula de caratê, é motivo para ele pensar que “ela o ama” ou que “ela o
odeia”.
Ela só não
sabe se é madura o suficiente para isso.
Infelizmente,
ou felizmente, porque assim é a vida, eles não vão passar a vida toda juntos.
Não por enquanto, pelo menos. Ela tem uma oportunidade em um acampamento e em
uma nova escola, e eles têm apenas 11 anos. Pelo menos ele foi maduro o
suficiente para ter um “último encontro”. Porque primeiro eles “brigam” por
telefone, ele diz que a odeia, mas ele só
está sofrendo porque não quer vê-la partir. A sua vida era simples antes
dela, ele não achou que precisasse sofrer por causa disso, e agora, em 2
semanas e meia (que parecem uma eternidade quando você tem 11 anos!), ela mudou
toda a sua vida e se tornou indispensável. Se tornou parte dele. E ele não quer
perdê-la. A maneira como ele chora em puro desespero é de partir o coração,
enquanto também rimos um pouco. Uma criança de 11 anos sofrendo por amor, e a
dor é tão real!
Agora
estamos calejados, mas a primeira vez que o coração se parte…
Wow.
E Gabe é uma
fofura chorando daquele jeito, QUE DÓ! Então ele decide não deixar que “as
pequenas coisas não ditas” o consumam, e vai até o casamento da tia de Rosemary
para vê-la novamente, e eles conversam, eles dançam juntos, e aquilo é tão
lindo, tão fofo e tão triste… porque talvez ele nunca mais a veja. O final é
lindo, porque os pais, talvez, estejam ganhando uma nova chance, enquanto Gabe
está pensando na “história de amor” que estava nos contando, sobre as memórias que
Rosemary deixara em sua vida, e sobre como haverão outras meninas por aí, pelo
menos ele espera que sim, mas Rosemary SEMPRE SERÁ SEU PRIMEIRO AMOR. Quando ele diz isso e vemos momentos
fofos dos dois juntos, andando por Manhattan no patinete de Gabe, por exemplo,
eu chorei, como eu sempre faço,
porque o amor estava ali, em sua forma mais bonita e mais PURA.
E de um modo
ou de outro, será ETERNO.
<3
“Love is an ugly, terrible business practiced by
fools. It'll trample your heart and leave you bleeding on the floor. And what
does it really get you in the end? Nothing but a few incredible memories that
you can't ever shake. The truth is, there's gonna be other girls out there. I
mean, I hope. But I'm never gonna get another first love. That one is always gonna
be her”
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Você podia falar sobre o filme "Zathura".
ResponderExcluirOpa! Já até reassisti e tenho o texto pronto, só postar! Talvez pra semana que vem eu poste, então :)
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