Dark Matter (Matéria Escura) 1x07 – In the Fires of Dead Stars
Jasons.
Antes de
mais nada, eu quero dizer que a atuação de Joel Edgerton é IMPECÁVEL!
Assistindo a esse episódio, senti a necessidade de comentar sobre como ele dá
vida a mais de um Jason e como ele o faz com maestria. Existe uma diferença tão
sutil, mas ao mesmo tempo tão clara, na postura e na expressão de cada Jason
que nós conseguimos amar profundamente e torcer por Jason1 e sentir nojo de
olhar para o Jason2 assim que ele aparece em cena – e, para conquistar isso, é
necessário um trabalho de atuação exemplar. “In the Fires of Dead Stars”, o sétimo episódio de “Dark Matter”, entrega novos momentos
memoráveis, emocionantes e/ou angustiantes, enquanto prepara a audiência para o
grande clímax, que deverá acontecer nos próximos dois episódios.
Estou
ansioso com esse “plot twist” do final do episódio!
Jason2 está
infeliz como ele não sabia que ficaria na vida que roubara de Jason1, e é
desesperador como ele conseguiu acabar
com o que Jason construíra ali em questão de dias. Ele perdeu a confiança da
esposa, do filho e agora está sendo investigado pela polícia por causa do
desaparecimento de Ryan, e ele nem conseguiu o que queria, porque… bem, porque
ele é um grande babaca. Detesto ver a maneira como ele fala com Daniela, como
ele tenta vender uma imagem de boa pessoa e fazer coisas, como cozinhar, para
poder fingir para si mesmo que está “pedindo desculpas” e “dando o seu melhor”,
quando a verdade é que ele não se importa e está insatisfeito com o fato de que
as coisas não estão saindo como ele queria… porque ele não é o Jason1.
E, no fundo,
Daniela e Charlie sabem… as cenas de Jason2 conversando com Amanda na terapia
são muito importantes para explorar um pouco mais do egoísmo do personagem, e
ele fala mais de uma vez sobre como “às vezes pensa em pegar as suas coisas e
ir embora”. Eventualmente, ele acaba abrindo ele mesmo a barreira que levantara
ao redor da Caixa nesse mundo, mas não porque queira realmente ir embora… mas
porque ele sabe que as coisas podem ficar ruins para ele, agora que o
desaparecimento de Ryan tem sido investigado – e, para limpar a sua barra, ele
“resolve” o problema buscando um outro Ryan, de um mundo qualquer. Não o mesmo Ryan que ele deixara para trás em
outro mundo… apenas um Ryan, que ele
traz consigo para esse mundo e joga nessa vida.
Enquanto
isso, Jason1 e Amanda seguem protagonizando as melhores cenas de “Dark Matter”. Como eles não têm
conseguido resultados satisfatórios com a Caixa e as ampolas estão chegando ao
fim, Amanda sugere, como “recomendação médica”, que eles descansem, procurando
um lugar diferente para passar um
dia, e é então que ela os guia até o próximo destino, que os leva a uma Chicago
muito melhor do que qualquer Chicago
que eles já tenham conhecido: tanto as das quais vieram, quanto as que
visitaram. É um mundo tecnológico, mas também mais verde, em que as pessoas
concordam umas com as outras sobre conceitos básicos e existe empatia… uma
espécie de utopia com um visual lindíssimo, mas que pode ser um bom lugar para
viver.
Amanda
espera que seja esse o caso… porque ela decide ficar. Diferente de Jason, que
está tentando voltar para a sua esposa e para a sua vida, Amanda não tem um
mundo para o qual retornar, e não sabe o que seria dela no mundo de Jason1 se
eles chegassem lá – então, ela faz algumas pesquisas, descobre que a Amanda
daquele mundo está desaparecida há 2 anos e consegue tirar novos documentos
para assumir seu lugar, porque tem a mesma retina e as mesmas impressões
digitais, então ela anuncia para Jason que vai
ficar. E essa é uma das cenas mais bonitas, mais intensas e mais dolorosas
de “Dark Matter”. Que poder a
personagem de Alice Braga tem, e que emoção é transmitida naquela despedida…
por precaução, Jason1 a deixa com duas ampolas…
Então, ele
segue sua jornada sozinho, com as últimas três ampolas que lhe restam. E ele
acaba em um mundo peculiar que entrega outra cena impactante de “Dark Matter”. Tudo é bastante intenso aqui: desde a conversa que Jason
tem com a Daniela daquele mundo por telefone até o momento em que ele entra
escondido na casa, vai até o quarto e vê aquela Daniela dormindo com o Jason
daquele mundo… uma outra versão de si mesmo. Mas nada nos prepara para o
momento em que Jason1 está tentando “fugir” da casa e ele é visto na cozinha
pelo seu filho – quando ele o chama de “Charlie”, no entanto, o garoto responde
que não é o Charlie… “é o seu outro
filho”. O Jason conhecendo um mundo no qual Max, o irmão gêmeo de Charlie,
não está morto.
Que soco no
estômago aquela cena!
“Dark Matter” é muito HUMANA, e ela
desenvolve os personagens de maneira brilhante, a ponto de sentirmos que os
conhecemos profundamente, e é isso o que torna a série tão expressiva, na minha opinião. Depois daquele mundo, Jason1
resolve fazer uma nova tentativa, e ele coloca toda sua concentração, todos
seus pensamentos e sentimentos não em detalhes do lugar que ele quer encontrar,
mas nas pessoas… na sua Daniela, na sua vida, com suas imperfeições que a
tornam perfeita. Então, quando ele abre a porta da Caixa, inundado de tensão, e
vemos que ele atravessa um buraco em uma parede de concreto que foi atacada a
marretadas, entendemos que funcionou…
Jason1 FINALMENTE conseguiu retornar para o seu próprio mundo.
O que ele
vai fazer agora? Simplesmente entrar em casa, com o Jason2 ali, e confrontá-lo
pode ser perigoso… então, ele vai em busca de uma arma, ou qualquer coisa que
possa usar para se defender – ou para atacar o invasor. E É AQUI QUE A SÉRIE
NOS ENTREGA A CENA MAIS SURPREENDENTE DO EPISÓDIO! Depois de Jason sair da loja
de armas só com uma faca e um spray de pimenta, porque não tem autorização para
armas, outro Jason entra na loja…
segundos depois. E não é o Jason2, que usurpou o seu lugar… ele está usando a
mesma roupa que Jason1 usava, tem a mesma postura e diz exatamente as mesmas
palavras do Jason que esteve ali segundos antes, deixando a vendedora confusa…
quantos Jasons chegaram até esse mundo, afinal?
Quantas
variantes estão ali? Quando eles se “separaram”?
COMO VAI SER
ESSE CLÍMAX COM VÁRIOS JASONS?! Ansioso!!!
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Eu só saquei o lance do Jason 3 lendo sua análise! Putaquipariu
ResponderExcluirE Jason 3 que o episódio mostrou, né? Sabe-se lá quantas "variantes" surgiram! Próximo episódio pode estar cheio de Jasons hahaha
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