Doctor Who (2024) 1x07 – The Legend of Ruby Sunday
“Whatever
it is, here it comes”
Eu estou tão
atordoado – no melhor sentido possível – ao fim desse episódio que eu não sei
nem por onde começar! Acho que fazia anos que nós não tínhamos uma preparação
para um Season Finale tão IMPACTANTE quanto “The Legend of Ruby Sunday”… talvez desde “Heaven Sent”. É, sem sombra de dúvidas, o MELHOR episódio da
temporada, reúne uma série de mistérios que viemos observando nas últimas
semanas e constrói a tensão e o suspense da melhor maneira possível. EU ESTOU
ANSIOSÍSSIMO PELO PRÓXIMO EPISÓDIO! Repleto de referências para os fãs que
estão por aqui há mais tempo, mas perfeitamente acessível para quem está
entrando agora no universo de “Doctor
Who”, esse é, na minha opinião, um exemplo de como o roteiro de “Doctor Who” precisa ser encarado
atualmente.
QUE
EPISÓDIO!!!
O Doctor
chega à UNIT com dois grandes mistérios a serem resolvidos: primeiro, de uma
mulher que ele e Ruby têm encontrado em
todos os lugares para onde eles vão; depois, da origem de Ruby Sunday e a
noite de 24 de dezembro de 2004, quando ela foi deixada na porta de uma igreja
na Rua Ruby. E, no cenário da UNIT, reencontramos rostos conhecidos como o de Rose
Noble, filha de Donna que conhecemos recentemente, com o 14º Doctor; Kate
Stewart, filha do Brigadeiro Lethbridge-Stewart, personagem recorrente da Série
Clássica que apareceu pela primeira vez ainda com o 2º Doctor; e Mel Bush, que
já foi companion do 6º e do 7º
Doctors. Temos uma equipe e tanto que parece anunciar que algo grandioso está por vir… e realmente está!
O primeiro
mistério explorado é o da mulher que
apareceu repetidas vezes, como pessoas diferentes – como um quadro em “Rogue”, como uma ambulância em “Boom”, como a mãe de uma garota
insuportável em “Dot and Bubble”,
fora aparições em aventuras do Doctor e de Ruby que nem chegamos a acompanhar…
e a UNIT mostra que essa mulher está presente, também, ali em 2024, onde ela
tem um nome: SUSAN TRIAD. Susan Triad chama a atenção tanto por “S. Triad” ser
um anagrama para TARDIS, quanto porque Susan é o nome da neta do Doctor, e eles
se perguntam se poderia ser ela.
Susan estreou em 1963, junto com “Doctor
Who”, e há muito tempo os fãs a esperam de volta… não é a primeira vez que
ela é mencionada nessa temporada.
Eu realmente acho que Susan está vindo!
Mas não… ela
não é Susan Triad. Quem sabe a Sra. Flood? Outro mistério!
Susan Triad
é a dona de uma empresa de tecnologia que está prestes a lançar um produto novo
e gratuito para todo o mundo – e como bilionários da tecnologia são sempre
suspeitos, a UNIT já colocou Mel Bush para investigar…
enquanto o mistério de S. Triad fica em segundo plano por um tempo, o Doctor e
Ruby tentam recriar, com a ajuda da tecnologia da UNIT, uma fita VHS e a Janela
do Tempo, a noite de 24 de dezembro de 2004 – talvez eles possam finalmente
saber quem é a mãe de Ruby. E é essa
sequência que começa a construir todo o clima crescente de suspense que toma conta do episódio, porque eles não conseguem
descobrir quem é a mãe de Ruby,
porque parece impossível mesmo ver o seu rosto, mas eles descobrem algo mais…
algo perigoso.
Algo que está “atrelado” à TARDIS, de alguma
maneira.
Fiquei
maravilhado com a cena toda! Eu amo estarmos de volta à noite em que Ruby foi
deixada na porta da igreja e que o Doctor retornou para salvar o bebê Ruby dos
duendes em “The Church on Ruby Road”,
mas eu também amo como “Doctor Who”
meio que “frustra” nossas expectativas, porque é como se o episódio estivesse
“prometendo” nos entregar uma coisa, e acaba nos entregando outra… as
estranhezas dentro da Janela do Tempo crescem, uma sombra parece tomar conta da
TARDIS, e um dos funcionários da UNIT é “capturado” pelo que quer que esteja em
torno da nave do Doctor, e tudo o que ouvimos é a sua voz, dizendo que “ele
está no inferno”. Quando tudo isso chega ao fim, só resta o seu corpo, como se
estivesse morto há muito tempo…
Sentindo-se
culpado pela morte do soldado, mas querendo descobrir o que está acontecendo, o Doctor pede que Mel o leve até Susan – ele
acredita que, de alguma maneira, ela está relacionada a isso tudo! O Doctor
chega até Susan Triad poucos minutos antes de ela subir ao palco para fazer um
discurso de lançamento de sua nova tecnologia para o mundo todo, o que quer dizer que ela não tem tempo de parar
e conversar com ele de verdade… mas Susan fala alguma coisa a respeito de “não
estar dormindo bem”, e sobre “ter sonhos estranhos”, e então o Doctor entende o
que está acontecendo, e pergunta se ela sonha com uma garota chamada Lindy, ou
sonha em ser uma ambulância (!). Por alguns segundos, existe reconhecimento nos olhos de Susan.
Em sonhos,
ela está nas aventuras do Doctor e Ruby.
O clímax do
episódio, então, é o mais eletrizante que ele poderia ser! Susan Triad sobe ao
palco para fazer o discurso para o qual ensaiou durante tanto tempo, e alguma
coisa parece dar errado. Ao mesmo
tempo, a UNIT descobre que existe uma presença viva ao redor da TARDIS, como se estivesse se segurando à TARDIS sabe-se lá desde quando, e o Doctor pede que
eles evacuem o lugar e isolem a TARDIS, mas talvez seja tarde demais… Harriet está fazendo um discurso assustador, um
discurso que parece preceder uma chegada maligna e ameaçadora – um discurso que
fala sobre o Toymaker, sobre Maestro, sobre Trickster, Reprobate, Mara,
Incensor… e que, enfim, anuncia a chegada do DEUS DOS DEUSES, O DEUS DA MORTE…
SUTEKH!!!
A cena é tão
eletrizante que eu só percebi mais
tarde o quanto eu estava apreensivo, mas vibrante, com o coração acelerado! A
construção para a chegada de Sutekh (o fato de Susan gostar de ser chamado de
“Sue”… Sue Tech!!!) é perfeita, a sua materialização ao redor da TARDIS na sede
da UNIT é de tirar o fôlego, e o episódio consegue transmitir toda a energia
macabra e sombria que toma conta de todos, enquanto Sutekh, que vinha usando Susan, promete trazer “o presente
da morte para toda a humanidade”. E tem simplesmente TANTA coisa que nós
queremos saber! Queremos saber qual é a relação disso tudo com a mãe de Ruby
Sunday; por que o Doctor a mandou de volta à Janela do Tempo e por que isso é
importante; quem é a Sra. Flood…
UAU!
Para os fãs
da Série Clássica de “Doctor Who”,
toda essa conclusão ainda se torna mais “divertida” por causa de “Pyramids of Mars”, uma aventura de
1975 protagonizada pelo 4º Doctor e Sarah Jane, quando o Doctor enfrentou
Sutekh pela primeira vez e o prendeu no Corredor do Tempo – sabe-se lá há
quanto tempo ele tem esperado… e como
ele conseguiu escapar e se “prender” à TARDIS, mas essas são perguntas que
serão respondidas no próximo episódio. E não se engane: esse arco de 49 anos
atrás não é necessariamente essencial
para compreensão alguma: o roteiro é um presente a fãs antigos, ao mesmo tempo
em que não exclui ou menospreza os novos fãs… é apenas uma brincadeira sobre como, afinal de contas, essa é uma série com 60
anos de história.
Não é bom
saber que estamos em um universo tão rico e que há tanto a ser explorado?
Sabemos que
essa nova fase de “Doctor Who” tem o
objetivo de atrair uma nova audiência, e essa é uma “armadilha” com a qual
Russell T. Davies está lidando muito melhor que Chris Chibnall, na minha
opinião. Chibnall, em sua primeira temporada como showrunner, tentou criar uma série que parecesse “independente”, e
se recusou a trazer qualquer vilão ou rosto conhecido, enquanto Russell T.
Davies abraçou os 60 anos de história
de “Doctor Who”, como deve ser feito,
tomando o cuidado de reapresentar o
que for necessário aos novos fãs. Eu acredito que um episódio como “The Legend of Ruby Sunday” prova que
existe uma maneira de ser acolhedor e, principalmente, ACESSÍVEL a uma nova
audiência, sem negar ou ignorar a bagagem que uma série de 60 anos de história
carrega.
Na minha
opinião, “The Legend of Ruby Sunday”
era JUSTAMENTE o que essa temporada de “Doctor
Who” precisava, para evidenciar a grandiosidade dessa série, e para mostrar
que é possível apresentar um episódio que é impactante e empolgante tanto para
fãs novos quanto para fãs antigos. Estou curiosíssimo e cheio de perguntas para
o Season Finale que está por vir, mas mais empolgado do que eu jamais imaginei
que estaria – além disso, confiante.
E essa é uma sensação deliciosa! Adoro ver a série explorar mistérios que se
desenvolvem aos poucos e se tornam grandiosos, amo ver a série flertar com
diferentes gêneros e se sair tão bem em suspense, por exemplo, depois de ter
nos entregado um episódio perfeito muito mais divertido e romântico…
“Doctor Who” é isso: essa grandiosidade,
essa ousadia, essa variedade, essa beleza!
Que série,
meus amigos!
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Que episódio sensacional! Acho muito incrível como a mitologia de Doctor Who é tão bem construída, e amo o fato de que essa temporada foi pensada cuidadosamente para que os novatos nesse Universo (como eu) consigam assistir a tudo sem se sentirem perdidos.
ResponderExcluirGostei de todo o lance do anagrama, e esse mistério em torno da Ruby que só cresce. Amei a Review, e vou correndo finalmente assistir ao último episódio.
AMIGOOOOO! Olha só quem voltou para Doctor Who! Eu estava bem curioso em relação à sua opinião justamente por isso que você já me respondeu: que bom que a série encontrou uma maneira de mostrar que ela tem bagagem, sem excluir quem tá chegando agora!
ExcluirSobre o último episódio: aqui eu estou MUITO curioso, porque acho que minhas críticas virão da minha história com Doctor Who, então quero saber o que você vai achar, sendo seu primeiro Finale (acredito que você vai gostar mais do que eu gostei hahahaha)
Eita. Vou ler agora a review do episódio final
ExcluirOpa, já assistiu? Vou aguardar sua leitura e suas opiniões hahaha
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