Justiça 2 – Carolina Teixeira: Parte 2
Contadora da Las Primas.
Eu preciso
dizer uma coisa: muitas vezes as mães são idealizadas e idolatradas e existe
mãe que merece mesmo todo o amor, cuidado e companhia do mundo… mas uma mãe
como a Julia é um castigo, tá? Eu não teria culpado a Carolina se, durante
esses 7 anos, ela tivesse ido embora
– é dolorosa demais a cena que ela diz para a mãe que abriu mão do seu
casamento e de duas propostas de emprego no Rio de Janeiro para ficar ali com
ela. Na verdade, eu digo ainda mais: ELA DEVERIA TER FEITO ISSO. Julia foi uma péssima mãe desde a adolescência de
Carolina, há quase 20 anos, e segue sendo péssima atualmente, então eu não acho
que a Carolina deva fazer tantos sacrifícios e correr tanto risco por alguém
que nunca a viu, nunca a respeitou e nunca a protegeu.
A saída de
Jayme da cadeia aumenta demais os problemas, e o melhor que Carolina podia
fazer era ir embora… continuar vivendo naquela casa em que todos a culpam pelo
crime do tio (!) é sufocante. E fugir para perto não parece uma possibilidade
de fato, porque Carolina está deixando o pet shop da família – como a vimos
falar para Balthazar no capítulo anterior e nesse quando ele apareceu pedindo
emprego –, mas o contrato que ela esperava fechar para ser contadora na Jordana
Records não vem, porque Jayme é amigo do marido da dona da gravadora. É naquele
momento que Carolina percebe que as coisas vão
ser muito mais difíceis do que ela imaginou… e se ela não conseguir
encontrar um outro emprego porque o tio é influente demais na cidade?!
Já a relação
com a mãe talvez melhore depois de mais um evento traumático. Quando Carolina
anuncia que vai embora, porque perdeu uma proposta de emprego porque Julia
contou para Jayme sobre isso, a mãe passa mal e acaba no hospital – e, no
hospital, Jayme faz ameaças a Carolina tentando ditar o que ela fará em
seguida, dizendo que ele também conhece pessoas no Rio de Janeiro, e ele tenta
abusar dela novamente em uma cena nojenta, mas Julia desperta e começa a gritar
com o irmão… não é como se Julia não soubesse das coisas, mas talvez daquele
momento em diante ela não possa continuar
fingindo para si mesma que não vê. Então, Jayme vai embora e diz que,
agora, “elas estão por sua própria conta”, e Carolina tem uma dívida grande de
hospital a assumir…
E ela descobre que a mãe é viciada em jogos
e não tem nenhum dinheiro guardado.
Gostei
particularmente de uma relação estabelecida nesse capítulo, que vai além da
conversa breve e casual de Carolina e Balthazar ou o comentário de Carolina
sobre Geiza, que é o fato de Carolina ser muito amiga de João – que, por sua
vez, é o namorado de Cassiano, o advogado que tirou Balthazar da cadeia, que
não acredita em justiça e que quer se vingar de Nestor. Quando Carolina deixa a
casa da mãe e passa uma noite na casa de João e Cassiano, temos uma conversa
impactante que, a meu ver, serve muito
mais para aprofundar o personagem do Cassiano do que, de fato, o de
Carolina. Fico me perguntando o que
aconteceu há aproximadamente 12 anos para deixá-lo na cadeira de rodas, qual é
a culpa de Nestor, e qual é a relação entre eles… talvez tenha algo a ver com
homofobia?
Estou bem
curioso para explorar mais dessa trama!
Quando
Carolina está meio sem perspectiva de para
onde ir e onde trabalhar, ela recebe a ajuda de Kellen, e é contratada como
contadora da “Las Primas” – e eu acho que a Kellen foi maravilhosa com a
Carolina! Eu AMEI ver a Kellen querendo ouvir a sua história quando Carol diz
que “é melhor nem contratá-la”, amei vê-la mandando a Carolina não se explicar
porque a vítima não tem culpa e amei ela dizendo que “gosta de brincar com
gente grande, influente”. Talvez Carolina tenha conseguido uma boa aliada! Como
isso vai se desenvolver? Ainda não sei ao certo, mas Kellen a defende do tio em
um evento, por exemplo, e isso é um bom sinal. O problema, é claro, é que um
político passou mal nesse evento e Nestor vai querer alguém em quem jogar a
culpa…
E Carolina é quem está com o político
desacordado no fim do capítulo!
E agora?!
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