Justiça 2 – Milena Souza de Jesus: Primeiro Capítulo
Negociação.
Encerrando a
primeira semana de “Justiça 2” e
dizendo com toda a segurança: SÃO HISTÓRIAS MUITO BEM CONCEBIDAS. Manuela Dias
apresenta quatro sinopses muito interessantes para essa segunda temporada. Como
elas serão aproveitadas e desenvolvidas é outra coisa, e descobriremos nos
demais capítulos, mas eu acredito que tivemos uma primeira semana consistente,
com quatro capítulos que nos prenderam,
e que têm propostas diferentes. A quarta e última história de “Justiça 2” é a de Milena Souza de Jesus, uma jovem com talento para abrir cofres da
casa de ricaços e para cantar piseiro (supostamente, não a ouvimos cantar
ainda), mas ela acaba se envolvendo em uma confusão muito, muito grande quando
ela rouba um carro pela bateria.
Há um quê de
absurdo e megalomaníaco, mas isso é algo que eu particularmente adoro!
Diferente
das demais histórias, essa é apresentada com duas “protagonistas”: de um lado,
Milena; de outro, Jordana. Realidades e personalidades diferentes e mundos que
colidem por mero “acaso”. Jordana Juarez é uma empresária de sucesso, que perde
o pai que já estava muito doente há algum tempo… é a esse funeral que vemos
Balthazar levar gelo e ser atendido por Egisto no primeiro capítulo. Há algo de
excessivamente plástico na maneira como tudo é lidado, que poderia ser
atribuído a um sofrimento silencioso de uma Jordana apática, mas acho que, a
conhecendo mais no decorrer do capítulo, pode estar relacionado também à sua
frieza. Eu acredito que ela sinta, sim, a morte do pai e expresse a sua dor por
ela, mas o faz à sua própria maneira.
Milena Souza
de Jesus, por sua vez, é uma jovem pobre que sonha em ser cantora, mas,
enquanto não consegue a sua grande
oportunidade, ajuda o namorado em assaltos – ela assalta uma casa na mesma rua de Jordana em determinado
momento. A mãe de Milena, por sua vez, a vê como uma “decepção”: irresponsável
e aparentemente incapaz de seguir ordens simples como a de pagar a conta de luz, a mãe parece razoavelmente cansada… mas
ela a ama, porque, como ela diz, “mãe é idiota”. Quando a luz é cortada durante
a noite e a mãe de Milena está com o congelador cheio de salgadinhos feitos com
um queijo caro para uma encomenda importante na qual ela investiu todo o seu
dinheiro (!), Milena resolve provar à mãe que também sabe resolver problemas…
E é aí que
ela se afunda de vez.
Jordana tem
uma surpresa durante o funeral do pai, quando Diuzinho aparece para visitar o
“fazendeiro rico que morreu” e conta para ela que eles são meios-irmãos. Diuzinho tem uma carta escrita pelo pai para
Jordana, fotos dos dois juntos e um exame de DNA que ele está dizendo a verdade
– mas Diógenes não teve tempo de registrá-lo em vida ou incluí-lo no
testamento, e Jordana não pensa em dividir sua herança… ainda mais porque ela
acha injusto o fato de o pai ter dado o “golpe do baú” na sua mãe, de quem eram
as terras e o dinheiro de verdade, e agora ela ter que “dividir isso com o
filho da cozinheira”. Então, ela dispensa os funcionários e mata Diuzinho no
seu escritório com uma frieza absurda, e Egisto fica responsável por se livrar
do corpo.
Então, os
caminhos se cruzam… Egisto está indo sabe-se lá para onde para se livrar do
corpo de Diuzinho quando ele se distrai olhando para os assaltantes que estão
fugindo correndo do restaurante Canto do Bode, e então ele atropela Milena, que
armou o acidente para roubar o carro dele – afinal de contas, ela precisa de
uma boa bateria para uma gambiarra que ela pretende fazer em casa para religar
a luz e ajudar a mãe a não perder a encomenda importante… o que ela não
esperava, é claro, é que houvesse um
corpo no porta-malas. Ou quase, porque Diuzinho morre na sua frente, na verdade. Desesperada e sabendo que se meteu em
algo muito maior, Milena tenta se livrar do carro o levando para longe e
colocando fogo nele, mas a polícia a encontra.
Milena é
presa na mesma noite que Balthazar, Jayme e Geiza – e por um crime que não
cometeu. Ela tem um confronto rápido com Jordana na delegacia, no qual ela diz
que roubou o carro, sim, mas não matou o homem que estava no porta-malas, mas
as circunstâncias estão contra ela e, além disso, Jordana é uma mulher branca e
rica… consequentemente, ela se safa com mais facilidade das coisas. Sete anos
depois, depois de Milena sair da prisão e abraçar a mãe dizendo que a ama, ela
vai até a gravadora de Jordana para confrontá-la mais uma vez, com tudo o que
ela descobriu na sua “lição de casa” nos anos que ficou presa. Ela não pretende
entregar nenhuma das provas que tem (e tem!) para a polícia, no entanto: ela está disposta a trocar seu silêncio por
uma chance como cantora.
É o que ela
sempre quis!
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