Monstros no Trabalho 2x06 – Campo dos Gritos

Softbol.

AMISTOSO ENTRE A MONSTROS S.A. E A MEDO S.A. Não é exatamente dos meus episódios favoritos de “Monstros no Trabalho”, mas “Campo dos Gritos” traz algo interessante por levar os monstros conhecidos de Monstrópolis a um novo cenário, no qual eles praticam um esporte que acaba sendo uma grande alegoria à competição velada que está acontecendo entre as duas empresas e a decisão que Tylor precisa tomar, e que é a base do pesadelo com o qual começamos o episódio: de um lado, temos Johnny Worthington, o CEO da Medo S.A., que ofereceu ao Tylor um emprego; de outro, Val, da Monstros S.A., com quem Tylor fez um compromisso de que “eles seriam colegas de trabalho para sempre” ou qualquer coisa assim… e ele no meio.

Agora, os dois estão lidando com algo… e com a possibilidade de “quebrarem” a sua promessa de mindinho. Tylor não tem certeza de que não quer um emprego na Medo S.A., porque lá ele seria um Assustador, que é quem ele acha que é de verdade, e a proposta é boa e sua família está precisando do dinheiro. Val, por sua vez, recebeu a proposta dos próprios Mike Wazowski e Sulley para se tornar uma Cômica, porque ela tem talento para isso! E Val passa o dia do jogo inteiro tentando conversar com Tylor sobre isso, mas, não pela primeira vez, Tylor não dá a menor atenção para a Val ou o que quer que ela tenha a dizer… ele está ocupado demais com seus próprios pensamentos, que ele julga muito mais importantes que os demais; e em esconder o que realmente sente.

Talvez toda a questão da partida de softbol tivesse sido mais interessante para mim se eu realmente entendesse as regras do jogo, mas o softbol é parecido demais com o beisebol e eu nunca entendi beisebol tampouco. De todo modo, ganhamos um Mike Wazowski competitivo que não quer perder pelo 40º ano seguido para a Medo S.A., e um Sulley que inicialmente tenta acalmá-lo dizendo que “é só um amistoso”, mas que acaba se envolvendo no jogo e se tornando competitivo ele mesmo… não que isso signifique muita coisa, porque o time da Monstros S.A. está perdendo feio! E Val usa o jogo para tentar conversar com Tylor sobre a proposta de emprego que recebeu, enquanto Tylor tenta falar com Johnny e voltar atrás na sua decisão de recusar o emprego…

Embora outra pessoa já tenha sido contratada.

Naturalmente, a grande sacada do episódio está na reta final, quando Tylor acaba nocauteando sem querer o cara que o substituiu na Medo S.A. durante uma comemoração, e então, para manter o espírito esportivo e o clima de “amistoso”, a Monstros S.A. oferece um de seus jogadores… e Johnny escolhe Tylor para jogar com a Medo S.A. A ideia é justamente mostrar essa coisa de que “ninguém sabe para que time o Tylor está jogando” no fim das contas, como o próprio Duncan diz no ônibus de volta para casa, depois da derrota vergonhosa da Monstros S.A. pela 40ª vez… e alguma coisa se rompeu entre Tylor e Val, tanto por causa da partida em si, quando o jogo virou um contra o outro, quanto porque ele não parece acreditar nela como uma Cômica.

A amizade sobrevive a isso? Vale a pena ser amigo do Tylor, na verdade?

 

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