My Stand-In – Episode 10: Had I not seen the sun, I could have borne the shade
Ming versus
Tong.
Cada vez
mais perto da conclusão de “My Stand-In”
e, nesse momento, o meu maior pensamento é: impressionante
como essa série jamais perdeu o fôlego. Do início ao fim, a série se
manteve fresca e cheia de conteúdo, com viradas inteligentes que mantiveram o
roteiro sempre à frente… é uma delícia de assistir “My Stand-In”, não tem jeito. E fico muito feliz por eu já ter
dito, lá pelo segundo ou pelo terceiro episódio, que a pessoa de quem eu mais sentia raiva na série era o Tong – esse décimo
episódio o consagra como o grande filho da p*ta insuportável que ele é. Ming
está verdadeiramente tentando um recomeço com Joe, já que ele prometera que “o
reconquistaria”, e quando as coisas começam a andar em uma boa direção, o Tong
vai lá e estraga tudo…
O Joe não
consegue “resistir” ao Ming por muito tempo – essa é a premissa de “My Stand-In”, nós sempre soubemos
disso… ainda assim, ele tenta inicialmente. Quando Ming o leva para a casa que
eles dividiram por algum tempo, ele explica como ele “quis deixar tudo como era
antes”, e Ming acredita que esse é o cenário perfeito para fazer com que Joe se
lembre de como se sentia a seu respeito. E eu não posso negar que eu gosto de ver o Ming se esforçando, eu
gosto de vê-lo tentando ser fofo, cozinhando para o Joe, por exemplo, a comida
que o Joe cozinhava para ele e que ele treinara durante o tempo em que Joe estava
desaparecido. Todo o tempo no qual ele manteve dentro de si a certeza de que
ele não estava morto e que ele retornaria.
Até o dia em
que o reencontrou no elevador… e sentiu
algo.
Joe faz a
sua parte, dificultando um pouquinho a vida de Ming como pode… ele menciona as
canecas quebradas, por exemplo, mas Ming é astuto e confiante o suficiente para
se sair bem de todas as situações, com um sorriso no rosto – não, ele não
colocou na mesa as canecas quebradas que ele consertara, mas ele guardou os “pijamas
de casal” que Joe escolhera para eles, e diz que “eles podem usar naquela noite”.
Ming está se esforçando para manter-se por perto, e está encontrando uma
maneira de conquistar a mãe de Joe
também, já que ele percebeu que Joe se importa com ela e a trata como se fosse
sua mãe… bem, ele quer passar a mensagem de que, se é importante para o Joe, consequentemente
também é importante para ele.
Gosto muitíssimo
da cena do Ming levando a mãe de Joe para ver um bom médico da sua família, e
de como ele faz um bom trabalho conquistando a sogra – que chega a dizer para o
Joe que o Ming é bonito, e que ela já percebeu como ele olha para o filho dela…
naquela noite, Ming encontra qualquer
desculpa para poder passar a noite com Joe naquela casa e, como eu disse, “o
Joe não consegue resistir ao Ming por muito tempo”. Quando o Ming liga dizendo
que perdeu as chaves do apartamento ou qualquer coisa assim, o Joe tenta
dispensá-lo, mas os seus esforços são bem fracos, na verdade, e ele cede com
uma história sobre “cachorros que estão perseguindo o Ming”, como se isso fosse
verdade mesmo. E, então, Joe e Ming passam uma noite importante…
Seria a
primeira vez que eles fizeram amor de
verdade? Talvez seja brega esse conceito, mas em parte eu acho que sim… gosto
do jogo de sedução, gosto do desejo evidente que existe quando eles se beijam,
quando eles se entregam ao prazer – e a cena é bonita, especialmente por um
detalhe específico: o fato de Ming não deixar que Joe se vire inteiramente de
costas durante o sexo… é como se, naquela noite, ele estivesse dizendo para o
Joe que quer olhar para ele enquanto eles
estiverem transando; ele não quer olhar para as costas de Joe e imaginar
outra pessoa no seu lugar, porque é com
ele que ele quer fazer amor. Eu acho que isso representa bastante, mas eu
ainda acho que ganharemos, em algum momento, uma cena do Ming pedindo que o Joe seja o ativo.
Para “casar”
com aquela cena do primeiro episódio.
E, falando
em casar, a manhã seguinte àquela noite bonita de Joe e Ming rende uma das
melhores sequências do episódio… impressionante como “My Stand-In” constrói uma cena absurdamente fofa para Joe e Ming, contra todas as possibilidades, quando eles
despertam juntos – tudo funciona ali, especialmente o Ming se mostrando satisfeito com o comentário de Joe sobre
“casamento”, e o Joe tentando “esconder” o Ming sob o cobertor… mas de pé ao lado da janela, sabe? QUE
CENA MARAVILHOSA! Gosto de ver o Joe leve, feliz, e é essa a sensação que eu
tenho enquanto eles tomam café-da-manhã juntos, como se eles estivessem
ganhando uma chance de recomeçar, e Joe começa
a se permitir pensar que isso é real, que pode dar certo…
Até a
chegada do Tong.
Ming quer,
também, cumprir a promessa que fizera de que investiria na carreira de Joe e,
por isso, ele vai fazê-lo protagonista de um novo filme – um filme que se chama
“My Stand-In” e que seria
originalmente protagonizado por Tong. Perder o papel para o Joe, “que é apenas
o seu dublê”, e de quebra perder o controle que ele sempre teve sobre Ming faz
com que o Tong coloque definitivamente as suas garras de fora… e se eu já o
detestava com todas minhas forças antes, agora mais do que nunca. Primeiro, ele
convida Joe e Ming para a estreia do último filme que ele gravou, que deveria
contar com o nome de Joe como seu dublê, mas é frustrante quando o nome de Joe não aparece nos créditos finais, e
Tong mente para a imprensa, novamente, que “ele fez todas as sequências de ação”.
Embora o Joe
esteja triste, abatido e frustrado, ele se contém porque o Ming está furioso por ele… e isso é algo que significa muito para
ele. O Ming teria discutido com Tong na frente de toda a imprensa, durante o
evento de lançamento do filme, se o Joe não o tivesse contido – e,
sinceramente, eu gostaria que o Joe não o tivesse impedido. De todo modo, a
queda de Tong vem, especialmente agora que ele está ascendendo oficialmente
como o vilão que ele sempre foi. Gosto muito da conversa que Ming e Joe têm
sobre Tong, na qual Joe fala sobre não
gostar do Tong desde antes de conhecer o Ming, e o Ming fala sobre coisas
que percebera depois que ele sumiu e que fazem com que, agora, ele tenha por
Tong os mesmos sentimentos que Joe tem…
Então, é
guerra.
Tong, que
sempre foi desprezível, preguiçoso e aproveitador, parece estar pegando
dinheiro emprestado de Ming sabe-se lá há
quanto tempo para pagar dívidas escusas, e ele faz uma ligação em tom
revoltante para Ming, tentando chantageá-lo e dizer que ele tem o poder de
devolver o nome de Joe aos créditos, se quiser – mas não é como se fosse o Tong
quem dá as cartas aqui. Furioso (e é bom ver o Ming furioso em defesa do Joe,
não vou negar), Ming até se propõe a emprestar mais dinheiro para ele, desde
que ele faça um pedido de desculpas formal a Joe, na sua frente… ele pretende
fazer o Tong se ajoelhar para Joe, se
for necessário. Por mais que esperássemos por essa cena, no entanto, ela acaba
não sendo como queríamos, porque Tong tem uma carta na mão…
A sogra.
Ming ainda
não contou à família sobre sua relação com Joe, e ele tem uma família
homofóbica que não vai aceitar esse namoro – é profundamente revoltante toda a
sequência com Joe, Ming, Tong e a mãe de Ming. As expressões satisfeitas de
Tong são nojentas… as palavras da mãe de Ming são asquerosas, e ela expulsa Joe
porque “ele não é parte disso”. E, infelizmente, o Joe de fato sai… e eu o
entendo completamente: ele já sofreu tanto por causa de Ming, e mesmo que agora
o Ming esteja disposto a fazê-lo feliz, não parece possível com essa família
que não aceita o relacionamento deles, e Joe não sabe se ele quer investir em
algo que apenas vai fazer ele sofrer
novamente. Então, ele se despede e chega em casa derrotado, derramando-se
em lágrimas em um abraço com a mãe.
Felizmente, AS
COISAS NÃO VÃO FICAR ASSIM, e é esse Ming que eu quero ver! Em algum momento do
episódio, Ming diz a Joe que “tem medo de perdê-lo novamente”, de “não voltar a
ouvir sua voz” – as suas atitudes ao fim do episódio ecoam esse sentimento e,
mais importante do que isso, mostram que
eles são sinceros. Ming não vai correr o risco de perder o Joe de volta,
ainda mais por causa do Tong. Então, ele vai para casa para mostrar, de uma vez
por todas, que o Tong não vai ditar como as coisas devem ser… ele diz
claramente a Tong que não vai emprestar o dinheiro para ele, e então caminha,
com firmeza, para enfrentar o pai, para que ninguém tenha mais nada com que ameaçá-lo,
e diz ao pai que ele está namorando um homem, e o nome dele é Joe.
Foi preciso
coragem ali. E Ming a teve.
Vamos ver o desenrolar do fatídico Episódio
11.
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