O Malefício (2023) – Reconciliação e Reencontro
Pedido de desculpas e compromissos.
Eu acho
profundamente absurdo como todo mundo
quer dar pitaco na vida de Beatriz, como se ela não tivesse direito de tomar
suas próprias decisões, ou escolher com quem quer ou não ter um relacionamento.
Nuria e Vicky são duas pessoas desprezíveis
na maneira como tratam a Beatriz por causa do seu namoro (e, depois, o término)
com Enrique de Martino – a cena de Vicky gritando com ela, dizendo que a odeia,
a chamando de egoísta e que “ela não se importa com o que ela quer” (?) é tão
absurda que nem sei como comentar… e ainda tem o Gerardo, que vai pessoalmente
falar com Beatriz e tentar dizer para ela que Enrique não fez nada e que foi
“um erro da floricultura”, e tentar colocar na cabeça dela que ela está com
medo e está usando isso para fugir…
Tudo porque
Gerardo quer que Enrique se aproxime de Juanito.
Afinal de
contas, Gerardo e Enrique sabem que
Juanito é importante de alguma maneira – e quando o Gerardo fala a respeito de
o sucessor ser alguém “com uma dor tão grande capaz de corromper um coração
originalmente bom” ou algo assim, entendemos como o Juanito pode ser o
sucessor. Quando se conecta a Bael novamente, Enrique tem mais uma visão que
envolve o filho de Beatriz e que ele não entende: na visão, ele vê Raúl, mas
ele não o escuta quando ele chama; então, Juanito também aparece, e ele e Raúl
estão brincando e jogando bola juntos, e nenhum dos dois responde a Enrique,
enquanto se afastam dele, como se “estivessem fugindo”. Mais uma vez, uma visão
em que o Juan parece importante… mas que Enrique não é capaz de interpretar.
Pouco depois
de sua visão, Enrique recebe o telefonema de Juanito, que está sozinho na sala
de Beatriz – eu devo dizer que, ironicamente, eu não tenho raiva de Juanito
quando ele conversa com o Enrique e fala que sente sua falta ou que a mãe
também está sofrendo porque eles brigaram… a sua atitude é totalmente diferente
da de Vicky, porque envolve mais inocência, e ele gosta mesmo de Enrique porque
se sente protegido perto dele, desde o dia do cemitério, diferente de Vicky e
Nuria, cuja “admiração” vem pura e exclusivamente do dinheiro e do poder que
Enrique de Martino tem. E talvez seja essa sinceridade
do Juanito que faça com que Enrique tome a decisão de ir pessoalmente à casa de
Beatriz para conversar com ela e para pedir desculpas…
E, então, os
dois têm um diálogo sincero e importante. Beatriz fala sobre como não gosta de
segredos e sobre como é evidente que Enrique esconde algo, e se eles forem dar a si mesmos uma segunda
oportunidade, ela precisa saber que pode confiar nele. Enrique fala sobre Julia
e por que esteve com ela algumas noites atrás, como as flores foram um gesto
por tudo o que ela fez profissionalmente
por ele e como nem foi ele quem enviou de verdade, e garante a Beatriz que ela
é a única mulher que importa para ele… ela é especial e não a quer perder – e
Enrique está mesmo sendo sincero ao
dizer isso. Não existe nada entre ele e
Julia, ele se importa de verdade com Beatriz. Para que funcione de verdade
o recomeço, os dois precisam fazer alguns acordos…
Beatriz pede
que não existam mais segredos entre eles, que ele diga as coisas com
sinceridade, e quando ele diz que ela precisa entender que ele está há muitos
anos sozinho, ela diz que ambos terão que se esforçar para que dê certo, se
eles quiserem que funcione: ele precisa se esforçar para ser mais aberto, e ela
precisa se esforçar para não duvidar dele… se não for assim, melhor terminarem
definitivamente. Com pouca hesitação, Enrique diz que está bem e que ele não
tem o que pensar, porque a única coisa de que tem certeza é de que a quer em
sua vida e, então, os dois voltam a namorar – para a felicidade de Vicky, Nuria
e Juanito, que pensam mais neles mesmos do que na Beatriz ou na felicidade
dela… Vicky já está ansiosa para encontrar Jorge novamente.
Ironicamente,
e essa é uma das minhas cenas favoritas dessa história, Vicky acompanha Nuria à
igreja quando ela está indo levar algumas flores para agradecer a alguns santos
pelo retorno de Beatriz e Enrique, e ela se depara, na igreja, COM O RAÚL! É a
terceira vez que eles se encontram “casualmente”, sem que tenham combinado nada
ou que saibam muito a respeito um do outro, provando que é como se o destino os
tivesse unindo… e eu gosto da energia deles, embora eu acredite que ainda venha
muito sofrimento para Raúl nessa trama, porque eu duvido que Vicky vá deixar a
sua obsessão e o seu interesse por Jorge tão cedo! Ainda assim, quando encontra
Raúl sem ter planejado nada disso, ela fica atônita, e os olhos transbordam
sentimentos de maneira sincera.
Aquela cena
é importantíssima, porque os olhos de
Vicky mostram como ela reconhece a conexão que existe entre eles, como ela gosta dele e como quer saber mais a seu
respeito, mas a obsessão por Jorge a deixa cega. Raúl, por sua vez, fica tão em
choque que ele não consegue dizer nada até que o Padre Cayetano apareça para
“resgatá-lo”, e então ele o apresenta como “Ignácio”, um jovem missionário que
não pode falar com eles porque “fez um voto de silêncio” ou qualquer coisa
assim… e isso deixa Vicky profundamente
confusa, porque ela tem certeza de que o conhece e de que o nome dele é
Raúl, e não Ignácio. Então, ela não consegue parar de pensar nele – e, agora, talvez ela vá querer descobrir
qual é a verdade sobre Raúl/Ignácio. Vamos
ver.
A reação de
Nuria é absurda, nojenta, elitista, interesseira. Detesto a Nuria.
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