Power Rangers RPM – Brother’s Keeper

“It’s all my fault”

QUE EPISÓDIO MARAVILHOSO! Cada vez mais eu tenho duas certezas: 1) “Power Rangers RPM” é uma das melhores temporadas da franquia; 2) Dillon é o protagonista da temporada. Exibido em 23 de maio de 2009, “Brother’s Keeper” é o décimo terceiro episódio de “RPM” e, mais uma vez, mostra o quanto Dillon é uma peça-chave para o desenrolar dessa história. O episódio é extremamente importante para a temporada como um todo tanto por trazer novas informações a respeito de Dillon, quanto por desenvolver um pouco a sua relação com Scott, que é o líder da equipe, além de fazer com que a Dra. K precise confessar aos Rangers algo que ela tem escondido deles desde o começo (mas que nós, espectadores, já sabíamos desde o seu flashback).

O começo do episódio traz cenas muito interessantes filmadas na praia que foi utilizado pela primeira vez em “Power Rangers Ninja Storm” (por sinal, outra das minhas temporadas favoritas na franquia). Aqui, vemos Dillon e Scott em uma disputa para ver “qual dos carros é o mais rápido”, e eu gosto da “rivalidade” que é criada entre eles, porque não é realmente uma disputa por liderança, nem uma briga séria de verdade, como aconteceu em outras temporadas… é mais uma disputa de egos que não chega a atrapalhar quando eles têm um objetivo em comum, e isso fica evidente quando ambos “abandonam” a corrida no mesmo momento porque Tenaya 7 chegou com alguns dos seus capangas e eles não têm tempo mais para perder com essas “futilidades”.

Toda a batalha inicial, que rende uma boa sequência de ação e morfagens parceladas, proporcionando tanto cenas incríveis de luta dos Rangers morfados quanto deles não-morfados, algo que, como eu sempre comento, aprendi a apreciar muito depois que cresci (quando eu era criança e assistia a “Mighty Morphin Power Rangers”, eu só queria vê-los morfar e lutar mesmo), culmina no momento em que Tenaya 7 e Dillon se enfrentam um contra um, e ela planta algo na sua nuca… algo através do qual ele pode ser controlado remotamente. Acontece que ainda existem muitos mistérios em relação ao passado de Dillon (será ele uma criação de Venjix como a própria Tenaya 7?), mas sabe-se que ele é “parte máquina” e que tem um vírus crescendo dentro dele.

Eventualmente, talvez essa “perda de controle” não será temporária.

Gosto muito de como o episódio, mesmo com tanta coisa séria sendo desenvolvida e com tantas sequências de ação que são realmente interessantes de se acompanhar, ainda tem tempo para desenvolver um pouco de um futuro romance, já que Summer parece “estar em dúvida” entre Scott e Dillon (embora até o fim do episódio ela pareça ter feito sua “escolha), e isso rende um diálogo realmente inesperado, mas incrivelmente bom, entre Summer e a Dra. K. E ficamos um pouco curiosos para saber qual dos dois a Dra. K classificou como “9” e qual ela classificou como “10”. E isso me deixou bastante pensativo também em relação à possibilidade de um romance para a Dra. K? Será que poderíamos ter isso? Mas, se acontecer, precisa ser com o Ziggy… seria incrível!

Mas todo o processo de humanização da Dra. K, que começou lá no episódio em que ela protagonizou os flashbacks, encontra “empecilhos” quando ela se coloca distante dos Rangers não os chamando pelos nomes, mas apenas de “Operador da Série Preta” e assim por diante. Depois do primeiro “surto” de Dillon, sendo controlado por Venjix para derrubar as proteções em volta da cidade, eles sabem que aquilo pode acontecer novamente, e têm um plano… um plano que a Dra. K acha arriscado demais, pois colocaria em risco toda a cidade e toda a humanidade “apenas pelo Operador da Série Preta”. Aqui, ela é confrontada sobre o motivo de não chamá-los por seus nomes, e ela diz que “tudo tem um motivo”. Na verdade, tem a ver com os seus próprios traumas…

Ela sabe que ELA colocou toda a humanidade em risco por tentar salvar a si mesma.

Ainda assim, os Rangers querem fazer isso por Dillon… o que eu acho incrível. É interessante como os laços foram se estabelecendo em “Power Rangers RPM” de uma maneira distinta à de outras temporadas, mas é perfeitamente convincente – eles realmente se importam uns com os outros, nem que seja nascido da responsabilidade. Quando os Rangers planejam baixar as proteções em torno da cidade como uma isca para atrair Venjix, que vai pensar que é o Dillon quem está fazendo isso, Dillon resolve escapar para o deserto… para algum lugar onde ele não vai colocar ninguém mais em perigo. E, curiosamente, quem o impede de fazer isso no fim das contas é o Scott, que sabe o que ele está pensando e os acorrenta juntos: se Dillon for, ele também irá.

Toda a dinâmica dos dois acorrentados (porque o Ziggy não tem uma chave reserva) é bacana e rende bons momentos, e embora a grande amizade de Dillon na temporada seja o Ziggy, eu acho que ele e Scott criaram algo real durante toda essa história… então, Dillon não tem outra escolha a não ser deixar que os Rangers sigam com o seu plano para poderem salvá-lo: eles sabem que existe uma parte do vírus Venjix dentro dele e que ele está se espalhando e, eventualmente, pode fazer com que ele perca o controle de uma vez por todas, mas se eles podem retardar esse processo, eles o farão, porque eles se importam com Dillon… e, para isso, eles precisam atrair as forças de Venjix para a cidade. E é o que eles fazem, com bastante sucesso, por sinal.

Devo dizer que achei quase cômico o fato de o Dillon e o Scott ficarem para trás durante a batalha principal do episódio, enquanto Summer, Flynn e Ziggy estão lidando com os monstros da semana e tudo o mais, mas eventualmente se juntarem aos amigos e, ao morfar, simplesmente arrebentarem a corrente que os prendia… quer dizer, se eles podiam ter feito isso a qualquer momento dessa maneira, por que eles não fizeram antes? É quase como se eles quisessem estar acorrentados, sei lá. De todo modo, assim Dillon e Scott também se juntam à batalha final, e é Ziggy quem consegue a peça de que precisam para poder conter o vírus dentro de Dillon – e, quem sabe, retardá-lo por tempo o suficiente para que eles pensem em uma solução?

A sequência final do episódio traz algumas surpresas interessantes… e uma revelação bombástica da Dra. K aos seus companheiros de equipe. Quando Dillon perde o controle mais uma vez e começa a atacar todos, porque sua mente pode ser controlada por Venjix, Flynn anuncia que eles precisariam do código original de quem criou Venjix para poder resolver aquele problema logo, antes que Dillon cause maiores estragos – e, depois de um momento de hesitação porque sabe que, ao fazê-lo, ela terá que assumir uma culpa que vem escondendo desde sempre, a Dra. K faz o que precisa ser feito, e entra o código que ela conhece… porque foi ela quem criou Venjix. E, com Dillon temporariamente salvo, a Dra. K despeja toda a verdade sobre os Rangers.

É um momento e tanto. Inclusive, chega a ser crueldade encerrar o episódio ali.

 

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