Chiquititas Brasil – 1ª Temporada (1997)

“Tudo se transforma com magia!”

Eu já comentei isso em outras ocasiões aqui no blog… mas no dia 28 de julho de 1997, a vida de muitas crianças brasileiras mudou para sempre. Ao som de “Tudo se transforma com magia / E vem a vontade de cantar”, entrávamos pela primeira vez no Orfanato Raio de Luz, que um dia chamaríamos de nosso “Cantinho de Luz”, e se iniciava uma novela que nos marcaria para sempre. “Chiquititas” foi, e eu diria que ainda é (!), um fenômeno. Você pode perguntar para quase qualquer criança dos anos 1990, e elas dirão, com uma sensação nostálgica gostosa, como sua infância foi embalada por essas canções, por esses personagens e por essas histórias. Poder revisitar essa parte da minha história agora tem sido uma experiência e tanto nos últimos meses…

A primeira temporada de “Chiquititas” conta com 108 capítulos que foram exibidos entre os dias 28 de julho e 29 de novembro de 1997 – como não houve nenhuma pausa entre a exibição da primeira e da segunda temporada, essa divisão é pensada através de mudanças na trama e leva em consideração, também, a divisão de temporadas da versão original, argentina, da novela. Produzida em uma parceria entre o SBT e a Telefe, “Chiquititas” é a adaptação brasileira da novela original criada por Cris Morena em 1995, que ainda estava sendo produzida na época em que a nossa versão estreou, e a adaptação dessa primeira temporada fica a cargo de Ecila Pedroso, que não repete o trabalho nas temporadas seguintes, sob a direção de Hernan Abrahamsohn.

Começamos “Chiquititas” conhecendo Mili, uma garota de 12 anos que vive no Orfanato Raio de Luz. O orfanato, fundado pela poderosa família Almeida Campos, foi criado especialmente para Mili, já que o Dr. José Ricardo não aceitou o romance de sua filha, Gabriela, com um homem pobre, e tirou o bebê dela assim que nasceu… mas escolheu manter a criança por perto e “garantir o seu futuro” com a fundação do orfanato. Ao longo dos anos, outras crianças se juntaram a Milena: Cris, Vivi, Tati, Ana e Bia. Já nos primeiros capítulos da temporada, o Orfanato Raio de Luz ganha uma nova moradora, Pata, que se tornará a melhor amiga de Mili. E, eventualmente, também a pequena Dani, cuja mãe morre e Carol acaba perdendo a guarda da menina.

Histórias não faltam no Orfanato Raio de Luz… daquelas que Mili conta quase toda noite para as outras garotas antes de dormir, protagonizadas por detetives espaciais ou bruxas assustadoras, àquelas que elas vivem na vida real. São confusões, romances, armações, travessuras… um pouco de tudo. Amizade, companheirismo, traições. No decorrer ainda da primeira temporada, também, o Orfanato Raio de Luz, que até então acolhia apenas meninas, também passa a aceitar garotos quando Mosca, o irmão de Pata, precisa de um lugar para onde ir… ele e seus dois melhores amigos, Binho e Rafa, que estão em uma instituição que está prestes a fechar e eles podem ser mandados para muito longe – e, então, Mili intercede pelos garotos junto ao Dr. José Ricardo.

Além das histórias das crianças, “Chiquititas” também tem uma protagonista adulta por quem inevitavelmente nos encantamos mesmo antes de ela se tornar a bondosa e firme diretora do Orfanato (o que não acontece na primeira temporada da novela ainda!): Carolina Correia. Carol é estudante de Serviço Social e uma operária consciente que, eventualmente, se torna uma líder sindical que está sempre batendo de frente com os seus patrões para garantir direitos trabalhistas para as pessoas que confiam nela e a colocaram no cargo que ocupa. Carol é uma mulher forte, justa e determinada, e ela vive um romance com Júnior, o filho do poderoso Dr. José Ricardo Almeida Campos… e, novamente, ele não vai querer um filho seu namorando alguém pobre.

A história se repete?

O elenco adulto dessa primeira temporada de “Chiquititas” conta com Flávia Monteiro no papel de Carolina; Alex Benn como Júnior; Débora Olivieri como Carmem; Magali Biff como as gêmeas Ernestina e Matilde; Gésio Amadeu como Chico; Rogério Márcico como o Dr. José Ricardo; Jiddu Pinheiro como Beto; Cláudia Santos como Gabriela; Fabiana Uria como Cíntia; e Neusa Maria Faro como Valentina; no elenco infantil, temos Fernanda Souza como a adorável Mili; Aretha Oliveira como Pata; Pierre Bittencourt como Mosca; Ana Olivia Seripieri como Tati; Renata del Bianco como Vivi; Gisele Frade como Bia; Francis Helena como Cris; Beatriz Botelho como Ana; Giselle Medeiros como Dani; Felipe Chammas como Rafa; Luan Ferreira como Binho; e Paulo Nigro como Júlio.

Como os uniformes das crianças sempre foram uma parte muito grande de “Chiquititas” para mim quando eu era criança, eu preciso comentar brevemente sobre eles – até porque eles ajudam a construir a identidade visual da novela. Nessa primeira temporada, as crianças usaram dois uniformes diferentes. O primeiro deles, que é o que normalmente associamos à primeira temporada graças ao álbum e a vários dos clipes, é o icônico vestido verde das meninas (com ou sem o avental listrado por cima); o segundo, que começa a ser usado por causa da entrada dos meninos no Orfanato Raio de Luz, é o xadrez com vestido bege para as meninas e calça bege para os meninos… e esse segundo, que ainda será usado em parte da segunda temporada, é o meu uniforme favorito da novela!

E, é claro, precisamos também falar de MÚSICA! A música é algo muito forte em “Chiquititas”, como em qualquer produção de Cris Morena. A temporada conta com um álbum de 10 canções, sobre as quais eu comentarei em mais detalhes nos próximos meses conforme comento a respeito da temporada (!), mas destaco sucessos como “Remexe”, que é a música de abertura da temporada; “Mentirinhas”, a emotiva canção de Tati sobre ter sido abandonada pelos pais; “Te Encontrei”, a balada romântica de Carol e Júnior; “Era Uma Vez”, que simboliza a magia das histórias contadas por Mili para as outras meninas; e “Até Dez”, que é a última música do álbum, mas é o primeiro clipe lançado da novela, ainda no primeiro capítulo, e era minha música favorita na temporada quando eu era criança.

Que experiência maravilhosa estar de volta!

Venham comigo que eu tenho muito a compartilhar nos próximos meses!

 

Para mais postagens de “Chiquititas Brasil”, clique aqui.
Também visite nossa página: Cantinho de Luz

 

Comentários

  1. Eu vi que os meninos aparecem bem depois mesmo que logo na primeira temporada enquanto na versão de 2013, somos introduzidos a eles já no primeiro capítulo.

    Mas acho que o SBT adiantou a introdução deles na versão de 2013 para que os meninos que assistiam a novela se sentissem mais acolhidos e se identificasse melhor com eles, mesma coisa com o remake brasileiro de Carinha de Anjo em que tivemos personagens meninos fixos como no caso do Zeca, Zé Felipe e Emílio, diferente da versão mexicana em que só tinha o tal de trocadinho, mas não acho que ele era fixo no elenco das crianças.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu acho que foi bem esse o motivo mesmo, e esse é um caso em que eu gosto de como foi feito em ambas as versões... eu gosto da maneira de 1997, porque foca em algumas personagens antes de expandir e é uma sensação gostosa a de "Uau, tem gente nova chegando!", mas também gosto de como foi feito em 2013, porque acho que os personagens ganharam mais escopo, mais importância desde sempre, e foram bem conduzidos e desenvolvidos.

      Excluir

Postar um comentário