Glee 1x05 – The Rhodes Not Taken

“Maybe this time I’ll win”

KRISTIN CHENOWETH! Exibido originalmente em 30 de setembro de 2009, The Rhodes Not Taken é o quinto episódio da primeira temporada de “Glee” e traz a participação mais do que especial de Kristin Chenoweth, atriz que originou o papel de Galinda/Glinda em “Wicked”, na Broadway – e é sempre um prazer ouvi-la cantar! Em um episódio cheio de música, decisões equivocadas e sua dose de realidade e melancolia, “Glee” nos emociona e nos diverte mais uma vez. Depois que Rachel deixou o New Directions e se juntou à turma do teatro para protagonizar uma produção de “Cabaret” (SIM! Eu adoro os absurdos de “Glee”, sabe?), os outros integrantes do glee club parecem ter se conformado com a ideia de que eles não são bons o suficiente sem a Rachel

Mas como convencê-la a retornar para o New Directions? Mais ainda: como fazer isso sem inflamar ainda mais o seu ego? Quando Finn é chamado por Emma para conversar sobre o futuro, porque o Will acabou contando para ela sobre a gravidez de Quinn, ela fala para ele sobre como talvez seja mais fácil ele conseguir uma bolsa de estudos para a faculdade por música do que pelo futebol americano – para isso, no entanto, ele terá que se destacar no glee club e eles precisam ganhar as Regionais… e, basicamente, todo mundo acredita que eles só têm alguma chance de ganhar as Regionais com Rachel Berry. No fundo, Finn sabe que o que ele está prestes a fazer não é certo, mas ele também sabe que é a única maneira de convencer Rachel a voltar…

Ele decide seduzi-la.

Não vou defender as atitudes do Finn, mas sabe uma coisa que eu amo em “Glee”? Justamente o fato de os personagens não serem perfeitos. Finn é o protagonista ao lado de Rachel, e ele não é aquele protagonista higienizado e perfeitinho, o que o faz parecer mais com um adolescente que toma decisões equivocadas mesmo… ele usa a Rachel, descaradamente. E Rachel está apaixonada e iludida demais para perceber que tudo não passa de uma artimanha de Finn para tentar atraí-la de volta para o New Directions. Além disso, Rachel não está tendo “o melhor tempo de sua vida” em “Cabaret”, porque Sandy tem sido um verdadeiro pesadelo… ela nem tempo a chance de cantar a sua versão de “Cabaret” sem o Sandy gritando como está horrível.

Sem a Rachel no grupo, e depois de descobrir uma artimanha absurda da outra escola para manter uma das estrelas do Vocal Adrenaline na escola por anos e anos (!), Will resolve apelar: ele procura April Rhodes, uma garota que estava se formando quando ele era calouro, e que era o grande talento do glee club naquela época, mas que nunca terminou a escola… teoricamente, se ele conseguir convencê-la a voltar para a escola para fazer os créditos que faltam, ela será oficialmente uma aluna do McKingley High e poderá fazer parte do New Directions – e é assim que se inicia a participação de Kristin Chenoweth, interpretando uma mulher talentosa que já teve sonhos, mas que acabou frustrada, sem nunca aproveitar todo o seu potencial, e se afundou em álcool.

Um perigo para o glee club… mas talento ela tem de sobra! Para provar o seu talento e para tirar aquelas expressões incrédulas dos rostos de todos que a observam, April Rhodes canta “Maybe This Time”, também de “Cabaret”, e a cena é dividida com Rachel, nos ensaios da peça, e funciona muito bem! April, no entanto, não está preparada para essa experiência de “voltar para a escola”, e Emma está preocupada que ela possa ser uma má influência para os jovens, e que o Will esteja se preocupando com a coisa errada, no fim das contas. E realmente coisas estranhas começam a acontecer, como o fato de o Kurt chegar bêbado na escola em uma manhã, vomitar nos pés de Emma (justamente da Emma!) e acabar na enfermaria porque ele está passando mal…

Em uma das minhas cenas favoritas do episódio, Will Schuester leva April para conversar com ela a um boliche que ela eventualmente transforma em um karaokê. A cena é muito bonita porque é um momento muito sincero no qual Will fala sobre como se sentia em relação à April na época em que os dois estavam na escola, como ele sempre a admirou e como ela foi o motivo pelo qual ele se juntou ao glee club, todos aqueles anos atrás – e ele diz que o seu sonho sempre foi cantar com ela. É aí que April interrompe o bingo que está acontecendo na lanchonete do boliche porque ter o microfone para cantar com Will é mais importante, e “Alone” é uma das minhas músicas favoritas na primeira temporada da série. Sem contar que o Will estava de tirar o fôlego…

Lindo demais. Sempre.

Will resolve dar um último voto de confiança para a April, que promete não beber, mas ela já fizera essa promessa antes e a descumprira – e ela a descumpre mais uma vez, quando aparece para uma apresentação importante do New Directions no auditório, para uma plateia de verdade pela primeira vez, alcoolizada. Ainda assim, ela arrasa em “Last Name”, mas ela mesma entende o que o Will está dizendo para ela depois, e que o seu tempo naquela escola passou… agora é a vez daqueles jovens, e eles têm a sorte de ter o Mr. Schue com elas, se preocupando para que não aconteça com eles o mesmo que aconteceu com ela. Na verdade, é muito triste, e ouvir a April falando sobre como se sentiu ao ser aplaudida de pé, ao ter o seu talento reconhecido…

É de arrepiar. Muito, muito triste. Quantos artistas não se frustram assim na vida?

No fim das contas, o episódio é bem importante resolvendo algumas coisas… Rachel decide voltar para o New Directions duas vezes, por motivos diferentes – o primeiro errado, o segundo certo. Inicialmente, ela decide voltar por Finn, e se decepciona ao descobrir que Quinn está grávida, todo mundo já está sabendo e ele a deixou acreditar que ele tinha sentimentos por ela. Depois, com a partida de April, Rachel Berry se oferece para ser a “substituta” de April na próxima música que se espera que o glee club cante no auditório, e ela anuncia que ela deixou o teatro e não vai se perdoar se os abandonar quando eles mais precisam dela… é assim que ganhamos a icônica e marcante apresentação de “Somebody to Love”, que é simplesmente PERFEITA!

 

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