Innocent – Episode 2: Untie the Knots
Cidade
natal.
Como os
diálogos de “Innocent” são gostosos
de se assistir! Em seu segundo episódio, a série volta a se provar extremamente
humana… retomando a cena final do
episódio anterior quase na íntegra – uma escolha curiosa, tendo em vista que o tempo de episódio é bem limitado –, “Untie the Knots” relembra sua premissa
no diálogo de Wu Zheng e Noah, no qual eles falam sobre Yu Shi como se Yu Shi
fosse uma pessoa completamente diferente
de Noah, e isso é algo que Wu Zheng ainda não entende por completo. Embora
o Noah pareça mais resistente e diga
a Wu Zheng que “é o Yu Shi que gosta dele”, nós vamos aos poucos entendendo que
esse não é exatamente o caso, porque Noah também gosta da aproximação de Wu
Zheng, talvez também se sinta protegido
ao seu lado.
Mas ele é
uma personalidade mais dura, mais cética.
Uma armadura construída por Yu Shi para
defender-se de qualquer trauma no passado?
Afinal de contas,
o episódio explora um pouquinho do passado de Yu Shi/Noah… é bastante breve e
vem durante um diálogo com Noah, mas é um momento muito importante do episódio,
quando Wu Zheng está cozinhando para ele e ele fala sobre ninguém nunca ter cozinhado para ele antes, porque ele vive sozinho
desde que tinha 12 anos e precisou fazer tudo por ele mesmo. Nós não sabemos
exatamente por tudo o que Yu Shi/Noah passou em sua vida, mas não pode ter sido
fácil, isso é certo… e eu gosto de como os diálogos permitem que Wu Zheng vá
lentamente quebrando as barreiras rumo ao coração do homem que ama, despertando
até uma quase inesperada pequena demonstração de ciúmes, quando ele comenta que
“ele é a segunda pessoa para quem ele cozinha”.
Wu Zheng
convence Noah/Yu Shi a acompanhá-lo até a sua cidade natal para visitar o avô,
que é a sua figura paterna… e a chegada dos dois causa certa angústia,
brevemente, quando Wu Zheng apresenta o
seu namorado, e o avô não parece inteiramente confortável com aquela
situação – até porque, como ele diz, o Wu Zheng sempre foi muito mulherengo e
ele costumava temer que ele engravidasse alguém… eu ADORO o fato de o Wu Zheng
não deixar passar a oportunidade de fazer a brincadeira de que “pelo menos
agora o avô não precisa se preocupar com a possibilidade de ele engravidar a
pessoa com quem ele está saindo”. Impossível não amar o Wu Zheng… não amar a
maneira como ele está confortável com seu sentimento, como ele ama Yu Shi/Noah,
como ele demonstra isso.
A viagem é
importante na aproximação de Wu Zheng com Noah, e rende sua parcela de momentos
memoráveis… diálogos sobre a infância no quarto em que Wu Zheng costumava
dormir, sempre acompanhado do avô porque ele
tinha medo do escuro, por exemplo, ou contatos mais íntimos em uma
sequência bem construída na qual a fala de Noah dá a entender que a única coisa
impedindo que eles façam algo é a presença do avô de Wu Zheng no quarto ao lado
– mas, segundo Wu Zheng, a essa hora o avô está na casa de alguém, jogando… se
é verdade mesmo ou se ele supôs aquilo apenas para que ele e Noah pudessem se divertir eu não sei dizer, mas eles
se encontram naquela cama, como se isso materializasse os avanços feitos no
dia.
Felizmente,
o avô não era uma pessoa preconceituosa nem nada, apesar de sua reação inicial…
ele se acostuma rápido à ideia de Wu Zheng ter um namorado, tanto que ele
pergunta, no dia seguinte, se eles vão se casar e se voluntaria para ir falar
com os pais de Noah/Yu Shi para fazer um pedido oficial – a parte do dote é uma
das minhas favoritas, porque eu amei a fofura do avô, a naturalidade com que Wu
Zheng brinca com isso, e o sorriso
que Noah acaba deixando escapar, talvez até mesmo sem perceber… é um momento
bonito que simboliza um pouco de tudo o que esse episódio significou. Acredito
que, depois dessa viagem, dessas situações e dos diálogos que acompanhamos,
alguma coisa mudou entre Wu Zheng e
Noah/Yu Shi… alguma coisa avançou.
Episódio
muito bonito!
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