Justiça 2 – Geiza Lima: Parte 3
Assassinato.
Chegamos a
uma reviravolta que faz perfeito sentido dentro da narrativa, mas que é
revoltante de se assistir – ainda assim, se eu acreditei, no episódio anterior
da Geiza, que Sandra poderia tomar esse protagonismo, esse aqui é um soco no
estômago e agora, de uma vez por todas, Geiza vai querer vingança… o terceiro
episódio de Geiza, o 11º de “Justiça 2”,
acaba não sendo tão excelente e tão memorável quanto poderia ser pelo fato de
que já vimos praticamente tudo isso
anteriormente, e já sabíamos para onde a história caminharia. Gostei
muitíssimo do capítulo anterior de Balthazar, que se envolve em toda essa
história de Geiza e Sandra, mas o fato de termos tido muitas cenas lá da
história compartilhada faz com que esse episódio pareça “não trazer novidades”.
Seria muito
legal se esse episódio tivesse realmente enriquecido
a trama apresentada dois capítulos antes, do ponto de vista do Balthazar e do
Cassiano, mas a sensação é que a história de Geiza e de Sandra preencheu
lacunas que não estavam tão vagas assim, e quase parece desnecessário. Sinto,
por exemplo, que a melhor parte do capítulo é o começo, que segue a história de
Geiza depois de ela aparecer no apartamento de Abílio com uma arma: e que
sequência maravilhosa aquela! A dinâmica entre Geiza e Abílio é das mais
absurdas possíveis, e é justamente por
isso que funciona tão bem! Toda a conversa sobre o café estar gostoso ou a
ligação de Geiza para Sandra enquanto ela está apontando uma arma para o Abílio
me rendeu boas risadas!
Inicialmente,
eu estava ansioso para terminar essa parte da história e chegar à parte
conhecida, esperando que pudéssemos ir
bem além do que víramos dois dias antes. Depois do encontro com Abílio e
com Nestor, Geiza e Sandra conhecem Cassiano e Balthazar, e naquele dia Geiza
começa a procurar alternativas… ela precisa encontrar uma maneira de escapar,
mas ela não sabe para onde ir – Nestor é uma figura pública, está aparecendo na
TV, fazendo showmício e agindo como se fosse inocente, enquanto Sandra está
prestes a ser investigada por causa dos documentos que vieram à tona. Ela chega
a procurar Kellen e pedir sua ajuda, mas não há muito que Kellen possa fazer,
na verdade. Ainda que não agregue muito, eu gostei da cena entre as duas.
Dali em
diante, tudo é muito dentro do que já conhecemos, e eu quase sinto que o
episódio estava enrolando para não ir
muito além do que fora antes – acho que uma das coisas que entrega isso é o
fato de passar novamente a cena inteira da Jordana cumprimentando o Nestor,
subindo ao palco, anunciando a Milena como “a Princesa do Piseiro” e a Milena
cantando… quer dizer, não tinha necessidade NENHUMA mostrar essa cena inteira
mais uma vez, já que já a vimos no Capítulo 9 e provavelmente voltaremos a
vê-la no Capítulo 12. A única coisa que importava vagamente ali era o Abílio
levando de volta a arma do Nestor porque “não queria mais aquelas coisas na sua
casa” – e, de certa maneira, ele é parcialmente responsável pela morte de
Sandra, então.
Afinal, é graças ao Abílio que o Nestor
tinha uma arma naquele momento.
Toda a
sequência final é angustiante, como fora angustiante dois capítulos antes…
Geiza e Sandra tentam escapar, mas não entendo por que elas não procuraram um
estabelecimento aberto ou se mantiveram na rua movimentada e iluminada da qual
saíram correndo, porque elas acabam encurraladas,
e não tinha mesmo como fugir dali. Geiza leva um tiro e manda Sandra continuar
correndo para “salvar a sua vida”, e então Nestor a encontra, em um beco do
qual Sandra não pode fugir, e ele faz o que sabíamos que ele era capaz de fazer
naquela situação: ele atira em Sandra e vai embora, deixando o seu corpo para
trás. O próprio capítulo dissera que é
isso o que essas pessoas fazem com laranjas… sem Nestor saber, Balthazar
assiste a esse assassinato.
Quais os
rumos agora? As histórias de Balthazar e Geiza seguem entrelaçadas nesse nível?
Espero que,
embora com o mesmo objetivo, cada um consiga ter sua própria história!
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