My Stand-In – Finale: Love is composed of a single soul inhabiting two bodies

A escolha de Joe.

ESSE É UM BL QUE VAI DEIXAR SAUDADES! Tenho certeza que quando retornar, no dia 31 de dezembro, para fazer a minha Retrospectiva 2024, eu colocarei “My Stand-In” dentre os melhores BLs que acompanhei durante esse ano! A série entrega um roteiro destemido e bem desenvolvido, acompanhado de excelentes atuações e uma fotografia belíssima – é um verdadeiro marco que entregou qualidade, personagens imperfeitos e muito material para discussão… constantemente eu falei sobre “My Stand-In” e sobre como ela levantava questões e era impossível ficar indiferente a ela. Nos despedimos de Joe e de Ming agora, em “Love is composed of a single soul inhabiting two bodies”, com um episódio sensível, bonito e cheio de esperança.

No episódio passado, vimos Joe novamente entre a vida e a morte, precisando tomar uma decisão difícil… ele estava cansado de ser “o substituto”, e isso era o suficiente para influenciar em sua decisão sobre qual porta abrir e atravessar? Joe caminha até a porta que o levará à frente pensando em tudo o que sofreu: o que sofreu com Ming e/ou por causa de Ming. Antes que ele possa atravessar a porta, no entanto, ele sente Ming o abraçando e pedindo que ele fique, e embora o Ming não esteja ali, entre a vida e a morte com ele, de forma física, é a sua força ao lado daquela cama de hospital que parece agarrar Joe à vida e pedir que ele fique com ele, e então Joe também se lembra de todos os momentos em que fora feliz com Ming… e ele toma a sua decisão.

E retorna.

O episódio é muito bonito e eu amo o fato de ele não trazer ainda mais complicações para Joe e Ming… eu acho que eles já sofreram o suficiente e, se querem estar juntos, merecem a chance de tentar fazer com que isso funcione. Há sinceridade na expressão de Ming quando ele vê o Joe acordar naquela cama de hospital, porque ele não suporta a ideia de perdê-lo mais uma vez… o restante do episódio, então, traz pequenos detalhes que vão se encaixando conforme o futuro se organiza: a partida de Sol; as reações finais das famílias de Ming e de Joe em relação ao namoro deles; uma oportunidade de Joe realizar os seus sonhos; toda uma chance de recomeço, uma nova vida. E, dessa vez, Joe e Ming estão na mesma página e construirão essa nova vida juntos…

Também vemos um pouquinho de o que Ming passou depois do acidente do “primeiro” Joe, e mesmo que sejam apenas dois flashbacks rápidos, acho que são duas cenas pertinentes e que foram bem encaixadas nesse episódio. Primeiro, o vemos receber, por telefone, a notícia de que Joe “tinha caído de um precipício e ainda não tinha sido encontrado”; depois, o vemos se afogando em bebida para tentar abafar o seu sofrimento latente quando o pai de Ming explica para Joe o porquê de ele não gostar dele… e ele diz que não é porque ele é pobre nem porque ele é um homem, mas porque ele quase perdeu o seu filho da outra vez em que ele se apaixonara por um Joe, e ele não quer que isso aconteça novamente. Então, ele pede que Joe faça uma promessa…

A promessa de nunca desaparecer.

As mães de Joe e Ming também compartilham uma cena interessante, quando a mãe de Ming aparece no hospital e encontra a mãe de Joe do lado de fora, temendo entrar para ver o filho, porque as coisas não estavam bem da última vez em que eles se falaram e ela não tem certeza de que o Joe quer vê-la – mas, sim, o Joe quer vê-la. Eu acho que ela cometeu erros que não vimos com o outro Joe, a alma que originalmente habitou aquele corpo, mas ela tem tentado ser uma pessoa melhor desde então, e o Joe encontrou nela o amor de uma mãe, que era algo que ele desconhecia há muito tempo. A cena de Joe e Ming com suas respectivas mães no quarto de hospital é uma cena importante desse último episódio de “My Stand-In”, e fico feliz por onde eles chegaram.

De volta à vida, oficialmente, agora Joe quer realizar o seu sonho e estar na frente dos holofotes – mas ele quer fazer isso da maneira correta, sabendo que ele foi escolhido como protagonista de um filme por causa de seu talento, e não por nenhum outro motivo… assim, ele faz uma audição como tantos outros atores tentando o papel de protagonista em “My Stand-In” (!), e assim ele estrela o seu primeiro filme, com uma carreira promissora pela frente. É bastante emocionante a cena do Joe rodeado das pessoas com quem ele se importa no cinema durante a estreia do seu filme, e embora o Tong não tenha recebido nenhuma punição pela pessoa horrível que ele é, eu gosto de pensar que uma parte dele está se corroendo enquanto assiste ao sucesso de Joe.

Me deixem pensar assim, me faz bem!

É um episódio simples… se pararmos para pensar, quando Joe toma a decisão de voltar e estar do lado de Ming, porque essa é a escolha que ele sempre vai fazer, não havia mais muito que “My Stand-In” tivesse para contar, e o episódio é quase como um grande “epílogo” dessa boa história que acompanhamos. Gosto de saber que está tudo bem, que Joe está realizando o seu sonho e construindo uma carreira como ator, e não como dublê, e que ele e Ming estão compartilhando a mesma casa onde o amor entre eles nasceu, mesmo que eles possam pagar por uma “casa melhor” atualmente. E a última cena é descontraída e, quiçá, excitante, com os dois se entregando novamente um ao outro, até Joe chamando Ming pelo nome segundos antes do fatídico espirro…

Vou sentir saudades dessa série!

 

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Comentários

  1. Seus textos são incríveis. Amei My stand-in

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  2. Ameiiiii a sua leitura de My Stand-In e de fato não foi diferente da minha! Eu amo pessoas inteligentes que fazem uma leitura de uma obra com discernimento! Obrigada 😊😘

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    1. Ah, que comentário lindo!!! Muito, muito, muito obrigado! ❤️

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