O Malefício (2023) – Enrique vai atrás de Raúl
O ataque de Bael à igreja!
Quando
Enrique decide ir pessoalmente buscar o Raúl, mesmo que ele esteja se escondendo dentro de uma igreja sob a proteção de Deus,
Jorge tenta alertar o pai de que “Raúl já não é mais o Raúl”, porque,
supostamente, ele está muito mudado – quando quem está irreconhecível é, na
verdade, o próprio Jorge! De todo modo, Enrique não pensa em deixar para trás o
seu filho, e entra na igreja determinado a levá-lo embora, e é imediatamente
encontrado pelo Padre Cayetano, assustado, mas firme, que não pensa deixá-lo
passar, quando Enrique de Martino esbraveja dizendo que “veio pelo seu filho e
sabe que Raúl está ali”. É um dos embates mais emblemáticos de “O Malefício”, entregando toda uma
sequência de puro pavor e muita, muita tensão.
Com o rosto
contorcido, a voz demoníaca e rosnando quando escuta o nome de Deus, Enrique
não recua nem mesmo quando o Padre Cayetano explica que Raúl veio até ele e
pediu a proteção de Deus, então nem ele nem ninguém vai tirar o Raúl dali.
Conforme o padre e o demônio se enfrentam, com gritos de Bael ecoando pela
igreja, Raúl aparece, e é um momento quase curioso, no qual as coisas se
transformam brevemente, com o Enrique parecendo assumir o controle no lugar de
Bael e parecendo quase sincero na emoção com a qual abraça o Raúl, dizendo que
estava preocupado e que o procurou por todo esse tempo… mas Raúl diz, ainda
assim, que não vai embora com ele, até porque não sabe com quem está conversando… com o pai, ou com Bael.
Preciso
dizer que Fernando Colunga deixa muito
a desejar na interpretação durante essa cena. Eu entendo perfeitamente a
proposta da cena, e como parece um embate interno entre Enrique e Bael, com
Bael sendo mais agressivo e violento, enquanto Enrique está de fato preocupado
com o filho, mas é impossível comprar
a história do Enrique chorando e implorando por Raúl: a atuação duvidosa, as
lágrimas parecendo forçadas, a voz bem patética… infelizmente, a atuação tira
bastante do impacto da cena naquele momento! Mas eu preciso dizer que o Raúl
está arrasando, porque ele tem toda a
intensidade para enfrentar o pai e o demônio, dizendo que esse demônio com quem ele fez um pacto quis matá-lo, mas Enrique
chora e diz que “ele está vivo”.
Felizmente,
Bael tem menos força quando está na Casa de Deus e escuta o seu nome o tempo
todo, e é por isso que Enrique tem a oportunidade de “escapar” do controle de
Bael por curtos espaços de tempo, enquanto uma aparente guerra começa a se
formar ali, com Eduardo chegando trazendo um grupo de fiéis e os seguranças de
Enrique de Martino também invadindo a igreja! Antes que Enrique vá embora,
Cayetano tenta falar diretamente com ele,
dizendo que existe salvação para ele e que sua alma pertence a Deus; portanto,
se ele realmente se arrepender, Deus estará com ele, mas tudo o que Enrique (ou
Bael?) faz é rir de uma maneira macabra enquanto caminha para fora da igreja…
uma sequência perversa, que rende ótimos momentos!
Mas não
acaba por aí!
Quando chega
de volta ao escritório, furioso, Enrique conta a Gerardo que descobrira onde
Raúl estava escondido, e Gerardo fala sobre “destruir o sacerdote”. Em um
ritual macabro, similar ao que já vimos outras vezes em “vinganças de Bael”,
Enrique entra em um transe, enviando uma manifestação do demônio para atacar o
Padre Cayetano e a igreja, E É UMA CENA ELETRIZANTE, ASSUSTADORA E DE TIRAR O
FÔLEGO! A mulher do lado de fora, pedindo ajuda e pedindo que o padre a deixe
entrar, e então ela revela sua face demoníaca antes que Cayetano possa fazer
qualquer coisa, rindo e chamando-o pelo nome, pedindo que ele “a deixe entrar
na igreja”. Assustado, com medo, mas com fé, Cayetano volta para dentro da
igreja e empurra a porta contra um vento forte e insistente…
A cena é uma
das mais intensas de “O Malefício”,
sem dúvida. A maneira como a igreja é atacada brutalmente, como o demônio se
manifesta nas janelas, assustando a Eduardo, por exemplo, e Raúl também está
apavorado, mas Cayetano sabe o que fazer, e reza para que Deus o proteja, e
enquanto os três estão juntos, barricados, segurando cruzes e rezando, eles conseguem expulsar a presença demoníaca
de volta para onde veio… enquanto isso, Enrique sente o impacto na
organização, com o elo se quebrando e o seu nariz sangrando. Ele está machucado
e fraco, talvez pela primeira vez, o que deixa Gerardo em choque: só é imune quem tem uma fé inabalável –
e essa fé foi demonstrada por Cayetano. Infelizmente, não sei se Eduardo e
Raúl, sem o Cayetano, teriam essa força toda.
Por ora, no
entanto, eles estão bem.
Ou à salvo,
pelo menos.
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