Querida, Encolhi as Crianças (Honey, I Shrunk the Kids, 1989)
“I don’t
think we’re in the food chain anymore, Dorothy”
Um
verdadeiro clássico da Sessão da Tarde que ainda nos diverte atualmente! Eu,
particularmente, não tinha muitas memórias daquela introdução FANTÁSTICA do
filme que é feita em animação enquanto os créditos iniciais são apresentados
(uma espécie de recorrência nos filmes da época, acredito eu, já que também já
vimos isso na introdução de Grease,
por exemplo), mas é genial já de cara! Duas crianças encolhidas aparecem
passando pelos desafios de casa, que envolvem de tudo, como serem perseguidos
pela agulha de um toca-discos ou fugirem das teclas de uma máquina de escrever
que tenta esmagá-los. É especialmente interessante, na minha opinião, porque
não é essa justamente a proposta do filme. Eles começam encolhidos dentro de
casa, mas são levados em um saco de lixo até o lado de fora e precisam, assim,
transpor o jardim inteiro o que equivale a quilômetros para eles! O filme todo
é, basicamente, a jornada do jardim, e não mais dos desafios de dentro de casa
para uma criança encolhida.
Então é
interessante apresentar essa outra proposta inicialmente.
Assim, a
sinopse do filme é basicamente essa. A família Szalinski é bastante peculiar. O
pai, Wayne, é um cientista meio exagerado que está tentando criar uma máquina
que possa encolher as coisas. A mãe, Diane, está ausente no começo do filme,
trabalhando. E os filhos, Amy e Nicky – Nicky é uma verdadeira fofura, todo
inteligente e a Amy só quer ir ao shopping à noite com o pretenso namorado. Do
outro lado da cerca, temos a família Thompson, cujos filhos, bem diferentes
entre si, acabam envolvidos em toda a confusão também. Russ tem dificuldade
para apresentar talento em alguma coisa, e o Ron é um verdadeiro mala. Quando
Ron quebra a vidraça da casa dos Szalinski, o irmão faz com que ele vá até lá
confessar, e a bola de beisebol que quebrou a janela acertou a máquina de Wayne
Szalinski e a fez funcionar… assim, primeiro Nicky e Ron, e depois Amy e Russ,
as quatro crianças acabam encolhidas ao tamanho menor do que uma formiga, e
precisam chamar a atenção de Wayne de alguma maneira para que ele possa
salvá-los.
Sobre as
famílias?
“Weird family”
O filme é
super leve e divertido. Nós temos ótimos momentos enquanto o assistimos, damos
boas risadas, e pensamos nas possibilidades. Como seria a realidade de ser
encolhido ao tamanho menor que uma formiga? O filme brinca com isso do início
ao fim, e eu adoro a maneira como eles construíram o cenário, que ter que ser
bem bolado para funcionar em duas escalas: a
real e a encolhida. O filme me parece uma importante ferramenta para a
explicação da relatividade. O que parece uma coisa de determinado ponto de vista
é outra completamente diferente de outro. E a fotografia precisou fazer isso ao
construir, por exemplo, um cigarro gigante caído no meio do quintal que era, na
verdade, um cigarro comum jogado pelo Sr. Thompson. Assim, os sprinklers parecem verdadeiras torrentes
de água com gotas muito maiores que uma chuva. Um cigarro caindo parece uma
chuva de meteoros. E um cortador de grama parece um verdadeiro (e perigoso)
terremoto, e uma maneira terrível de exterminá-los.
“EARTHQUAKE!”
“No, worse! LAWNMOWER!”
Desse modo,
a proposta do filme é uma verdadeira travessia do imenso jardim, uma aventura
na qual as quatro crianças se envolvem por ter sido encolhidas acidentalmente.
Uma floresta, uma jornada. Eu adoro ver a exploração do ambiente sob essa nova
perspectiva, ver o “rio” que aparece no jardim, a grama sendo uma verdadeira
floresta, as folhas usadas como embarcações. Uma peça de Lego ajudando todo
mundo a ter um lugar para passar a noite. Uma bolacha gigante que é um MÁXIMO
e, claro, os vários insetos que se tornam verdadeiros monstros gigantescos.
Como a formiga que os ataca lá na cena da bolacha, mas que depois acaba se
tornando amiga deles e sua condução durante um bom pedaço do caminho. É lindo
quando ela salva eles do escorpião, perigoso mesmo que eles não estivessem
encolhidos. Gosto da diversão imensa da parte da abelha e do pólen. E não tem
como não adorar o Quark, até porque se não fosse ele, talvez nada daquilo
tivesse se resolvido como, eventualmente, se resolveu.
“When we crashed, my entire life flashed before my eyes. It didn’t take
too long”
Porque foi
Quark, o cachorro, quem salvou as crianças no fim de tudo! Foi ele quem
conseguiu mostrar para o Wayne Szalinski que a máquina tinha sido usada, e foi
excelente o pai se dando conta que jogou as crianças no lixo. Bem como o
momento em que ele conta para a esposa, o que dá título ao filme. Ele passa
metade do filme procurando as crianças das formas mais bizarras e engraçadas
possíveis, tentando proteger o gramado a qualquer custo, mas sempre os perdendo
por pouco. Se não fosse o Quark, novamente, levá-los para dentro de casa e não
permitir que Wayne tomasse a colher de leite com cereal na qual Nicky estava
dentro, não sabemos o que teria acontecido. Eu adoro o momento em que ele está
na colher e os pais olham para ele através da lupa. Também quando eles veem
todas as crianças. É ótimo! E então, de forma simples e rápida, as crianças são
trazidas de volta ao seu tamanho normal, não sem que antes Amy e Russ tenham
algumas cenas fofas e descubram que gostam um do outro, voltando ao normal de
mãos dadas em um momento absolutamente fofo que eu adorei.
A franquia
ainda contou com duas sequências!
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