Sítio do Picapau Amarelo (2007) – O Adorável Abominável: Parte Final
“O Circo de Escavalinho”
Eu tenho
comentado isso bastante nessas minhas reviews
do “Sítio do Picapau Amarelo”, mas EU
ESTOU GOSTANDO BASTANTE DESSA TEMPORADA DE 2007! E “O Adorável Abominável” é, até então, a minha história preferida!
Gosto de como ela “reimagina” o clássico “Caçadas
de Pedrinho” e como incorpora elementos de “Reinações de Narizinho” (a Emília renomeando o Circo Volantim como
“O Circo de Escavalinho” é algo bem “Reinações
de Narizinho”), de uma maneira que a história pareça nova, mas com toques
de nostalgia que são muitíssimo bem-vindos. Além disso, “O Adorável Abominável” é a história, até aqui na temporada, em que
mais coisas acontecem, e toda a trama
interessante do CIRCO VOLANTIM fica, por exemplo, só para a última semana!
Depois de
passada toda aquela história de captura e resgate na C.A.C.A., a história entra
em sua reta final com o anúncio da
chegada do Circo Volantim no Arraial dos Tucanos… um circo que, infelizmente,
está meio que caindo aos pedaços. Don
Spinello, o dono do circo, está bastante
desanimado porque o público desapareceu e praticamente todos os artistas os
abandonaram… só sobrou mesmo Fiorela, que é sua filha, e Dagoberto, o mágico
que é apaixonado por Fiorela. Ah, e Benjamin, um garoto que chegou à cidade com
o circo escondido dentro de um baú porque ele não tem casa, não tem pai, não
tem mãe e quer muito entrar para o circo porque sonha em ser palhaço…
inicialmente, Spinello não o quer por ali, porque é mais uma boca para alimentar, mas Fiorela intercede a seu favor.
E, assim,
Benjamin pode ficar.
O Arraial
dos Tucanos e o Sítio do Picapau Amarelo, no entanto, ficam alvoroçados com a notícia da chegada do
circo! As crianças estão animadíssimas e compartilham uma conversa muito gostosa sobre as maravilhas do
circo! Inclusive, eu me diverti com a Emília tão feliz que ela diz que o circo a deixa “mais do que sorridente…
a deixa sorriboca, sorrirrosto, sorricara, sorritudo”. O Fofim, no entanto,
fica empolgado e triste ao mesmo tempo: pelo o que as crianças estão falando, o
Circo parece maravilhoso, mas ele
nunca foi ao circo, e não sabe se ele poderá ir dessa vez… afinal de contas,
sempre que ele aparece em público, as pessoas se assustam e gritam. As crianças,
no entanto, decidem que elas vão dar um
jeito de levar o Fofim com elas, elas só precisam de uma ideia…
E é assim
que “nasce” a Tia Dulcinéia.
Toda a
empolgação, no entanto, acaba não compensando… todo mundo estava apostando muitas fichas no show daquela
noite, mas o circo é mais fraquinho do que a gente podia imaginar! Além de
ter pouquíssimos artistas, eles não são lá os melhores no que fazem… o show do
Dagoberto dá errado, Spinello é um palhaço que não faz ninguém rir, e ele não quer deixar as duas pessoas que
podem salvar o espetáculo entrarem no picadeiro: ele acha que Benjamin não está
pronto para se apresentar como palhaço, porque “fazer rir é algo para
profissionais”, e ele não quer que Fiorela faça o número do trapézio porque ele
ficou traumatizado desde que a mãe dela morrera nesse número. Então, ele se conforma com a possibilidade
de devolver o dinheiro dos ingressos…
Ele acha que as pessoas têm razão: quem quer
ver um circo desses?
Antes que o
Don Spinello possa retornar para o picadeiro, no entanto, Fiorela implora para
que o pai a deixe tentar salvar o espetáculo fazendo o número do trapézio, e é
a primeira vez que o público se empolga
de verdade… até que o lobisomem ataque o circo, assuste todo mundo e parta
para cima de Fiorela, que é salva por Fofim! Fofim enfrenta o lobisomem e
resgata Fiorela, e termina sendo aplaudido, provavelmente pela primeira vez na sua vida… e isso faz com que ele se sinta bem.
Fiorela e Spinello estão agradecidos, e enquanto tudo se assenta nos
bastidores, Spinello percebe que a
plateia está se divertindo com alguma coisa, e então descobre que Benjamin
entrou sozinho como palhaço, sem a sua autorização, e ele está encantando a
plateia.
Ele é um bom palhaço.
No dia
seguinte, um pouco sentidos com o quase completo desastre que foi a
apresentação da noite anterior, o pessoal do Sítio do Picapau Amarelo resolve
fazer uma visita ao circo… com algumas
ideias. Segundo a Emília, eles precisam “mudar esse circo mixuruquésimo que
eles têm”. Pode até parecer um pouco abusado,
mas a turminha realmente tem boas
ideias… para começar, eles mudam o nome de Dagoberto para algo mais mágico e
misterioso, e Visconde oferece alguns dos seus inventos para ajudar nos números
de mágica; Pedrinho e Emília sugerem coisas que o Benjamin pode fazer como
palhaço, e aceitam o convite para se apresentarem com ele; mas as coisas quase desandam quando Spinello fala de convidar o Fofim
para trabalhar com eles.
Isso não
deixa a Emília lá muito contente, não…
Naquele
momento, Emília muda, começa a chamar o Don Spinello de “Dom Espinhento” e o
acusa de “estar querendo roubar o seu amigo”, e diz que o Fofim não sair por aí
exposto “como uma coisa exótica” – e não se pode dizer que, visto dessa
maneira, a bonequinha tem sua razão! Mas tudo depende de como se enxerga a
situação, e a escolha tem que ser do Fofim, no fim das contas… talvez seja um
lugar no qual ele não precisará se esconder por ser diferente, e no qual ele
poderá fazer algo em que é bom. Emília está arrasada, e precisa de tempo para processar toda essa informação, mas no
fim ela acaba entendendo que isso pode ser o melhor para o Fofim mesmo. E é
Narizinho quem a ajuda a entender o conceito de “querer o melhor para aqueles
de quem gostamos”.
No fim,
então, Emília tem uma cena LINDINHA com o Fofim sobre isso. Pensando no que a
Narizinho falou e se perguntando se o Fofim vai ser mais feliz no circo do que
no sítio, ela vai conversar com ele sobre sua partida… Fofim diz que, se isso a
deixa triste, ele não vai embora, mas Emília é uma boa amiga e acaba provando
que ela não é tão desalmada como as pessoas dizem às vezes… por mais que lhe
doa a iminente partida de Fofim, ela diz que ele “pode ir”, e que vai ficar
feliz por ele, “porque um amigo tem que ficar feliz com o que faz o outro
feliz” – desde que ele prometa vir visitá-la quando o Circo estiver por perto.
Para o Don Spinello, ela também tem uma “condição”: ela quer mudar o nome do
circo para O CIRCO DE ESCAVALINHO, e ele aceita.
“Reinações de Narizinho”.
Então, antes
do encerramento de “O Adorável
Abominável” e da despedida oficial de Fofim, o agora Circo de Escavalinho
se apresenta novamente no Arraial dos Tucanos e, dessa vez, é um grande show…
um show com risadas e com aplausos. Pedrinho e Emília se apresentam como
palhaços ao lado de Benjamin; Narizinho se apresenta como assistente do Grande
Dagon; Fiorela e Fofim protagonizam uma versão de “A Bela e a Fera”; e todas as apresentações são UM VERDADEIRO
SUCESSO. Agora, o novo Circo de Escavalinho pode seguir viagem, e Fofim está começando uma nova fase de sua vida…
antes de partir, ele se despede do pessoal do Sítio do Picapau Amarelo,
recebendo um grande abraço de Emília, que aparece para “se despedir do seu
grandão”, em uma cena bem bonitinha.
É um grande
encerramento para uma boa história!
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