4 Minutes – Episódio 2

Mais uma vida salva?

QUE SEGUNDO EPISÓDIO ESPETACULAR! E eu diria, inclusive, que eu gostei mais desse segundo episódio do que da estreia. Se, em minha primeira review, eu elogiei a maneira como os personagens foram apresentados individualmente, eu gostei bastante de ver essas “peças” em ação, e “4 Minutes” apresenta um segundo episódio com um ritmo incrível e com a trama bem amarrada – e dá gosto de se assistir a uma série assim! Vemos um pouco mais de Great, começamos a sua aproximação com Tyme (cedo demais para dizer que eu estou completamente apaixonado pelo Tyme?), e vemos a história discretamente se conectar à de Tonkla, muito embora ali ainda reine certo mistério que muito me intriga… todos os elementos seguem funcionando muito bem!

O ponto de partida é uma briga entre Tle e View que é presenciada por Dome, e vemos a trama escalar de maneira quase assustadora conforme avança. Title é justamente o tipo de pessoa abusiva e agressiva capaz de tudo, e o episódio deixa isso muito claro na maneira como ele fala sobre “ter trancado View até que ela aceitasse voltar com ele” em tom de piada, como se isso não fosse nada, ou naquela cena sangrenta na qual ele bate em Dome com uma pedra até matá-lo, depois de Great se recusar a ajudá-lo a matar Dome afogado (!) e Dome tentar escapar. Felizmente, o “poder” de Great funciona no momento exato, e aqueles quatro minutos que ele ganha para refazer seus últimos passos, nos quais não fazia nada por Dome, são o suficiente para salvar a vida de Dome e resgatar View…

Mas toda a cena é o ápice da tensão do episódio!

Curiosamente, ganhamos cenas muito mais tranquilas depois de Great conseguir salvar a vida de Dome e levá-lo para o hospital, como ele queria fazer desde o começo… uma vez no hospital, o próprio Great precisa de cuidados por causa de um sangramento na testa, e eu acho sensacional o fato de o Tyme vir para cuidar dele, porque existe certa curiosidade ali – Tyme está pensando em Great desde o dia em que eles se esbarraram no corredor do hospital e ele viu as flores que Great trouxera para a paciente suicida do quarto 4. E não é como se o Great também não estivesse constantemente pensando em Tyme, porque ele experimentou com ele algo diferente: ao vê-lo, ele não viu apenas 4 minutos no futuro… mas muito, muito mais do que isso.

(E que visão)

Há, em Tyme, uma beleza e um charme que eu não sei nem explicar… e o fato de ele estar tão clara e rapidamente interessado em Great meio que me faz sorrir. Amo o fato de ele arrumar o cabelo, a camisa e checar os braços (lindíssimos, Tyme, fique tranquilo) antes de ir cuidar do machucado de Great – um trabalho que, inclusive, não seria feito por ele, mas ele faz questão de assumir essa responsabilidade, e a tensão entre os dois ali é palpável. QUE QUÍMICA, NÃO?! Esses dois prometem! Quer dizer, a maneira como Tyme se aproxima, como ele se posiciona, como Great parece prender a respiração, como ele dá discretas conferidas no Tyme enquanto ele está fazendo o curativo… estou bem curioso para explorar o que esses dois terão a oferecer nos próximos episódios!

Também gostei muito de como o episódio nos deixa acreditar, por alguns minutos, que Tle morreu. Afinal de contas, tudo o que vemos é o Great o acertar com a pedra para poder pegar o carro e levar Dome até o hospital, e depois descobrimos que alguém morreu naquele lugar… alguém que não é nomeado nem mostrado durante o episódio, mas que é o irmão de Tonkla. Assim, Tonkla inicia sua própria narrativa em “4 Minutes”, e quando ele é expressamente ignorado por Korn, em uma cena revoltante, ele recebe o quase inesperado apoio de Win, o policial que está cuidando do caso. Ele passa despretensiosamente pela casa de Tonkla para “perguntar como ele está” e para garantir que ele vai descobrir quem foi que matou o seu irmão…

E fazer justiça. Se é que a justiça existe.

Curioso para o desenvolvimento de Win e Tonkla também.

Mas a pessoa morta naquele lugar, o irmão de Tonkla, não é Tle, como o episódio nos sugere inicialmente… e descobrimos isso porque Title, ainda vivo, aparece atrás de Great em uma cena fortíssima – a maneira como ele o confronta perigosamente, como Great diz “ele não podia deixar que ele matasse o Dome”, e como Tle tenta se defender dizendo que não o mataria… mas Great sabe que sim, ele viveu aqueles quatro minutos antes de ter a chance de fazer diferente. De todo modo, os dois se enfrentam a golpes em uma sequência angustiante e intensa, e Great recebe a ajuda de Tyme, que está “coincidentemente” por ali. Preciso dizer que, se eu não estava totalmente apaixonado pelo Tyme até então, ali eu me apaixonei… quer dizer, que homem defendendo o Great, não?

Seguimos tendo muitíssimo para explorar e para descobrir, e eu reforço o que disse anteriormente: “4 Minutes” tem personagens riquíssimos, e esse é um dos principais elementos para uma grande série. Nesse momento, no entanto, com toda a intensidade de algumas cenas e todo o mistério que ainda ronda alguns elementos, eu quero enaltecer a sequência bonita que ganhamos entre o Great e o Tyme depois de Tyme o ajudar com Title… adorei a conversa que eles compartilham, com o Tyme descaradamente mostrando interesse, pedindo o seu contato, por exemplo, e Great o chama de volta antes de ele ir embora, para poder atender a seu pedido, e esse é o começo de algo que eu tenho certeza de que gostarei de acompanhar. “4 Minutes” segue com tudo!

 

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