4 Minutes – Episódio 4

Realidades distintas.

Eu tenho todo um episódio a comentar e eu só consigo pensar na genialidade dessa última cena, que confirma o que muitos já desconfiavam: existem mesmo duas linhas do tempo. E essa confirmação, por si só, é uma REVIRAVOLTA GIGANTE inclusive para a maneira como vamos encarar as cenas de agora em diante… quanto mais paramos para pensar, mais elementos vão vindo à tona. Já pensaram, por exemplo, que o Korn que estamos vendo ora com Ton Kla ora com Great não são exatamente o mesmo, por que a linha temporal não é a mesma? Em uma vibe meio “Dark Matter”, temos aqui duas versões de Korn, e a que fala com Great e é embebedado pelo irmão, por exemplo, não é a mesma que acabou de ser expulso da casa de Ton Kla.

“4 Minutes” está REALMENTE muito boa!

E melhor a cada episódio!

Tentando conter-me em relação ao final, que exploraremos mais detalhadamente em algum momento, preciso dizer que todo o episódio é conduzido de maneira muito inteligente, e eu amo como “4 Minutes” tem personagens que fazem com que nos importemos com eles… eu gosto muitíssimo de Great e de Tyme, e eu adoro acompanhar a dinâmica deles – com mais destaque no episódio anterior, talvez com um pouco menos de destaque dessa vez –, e também gosto muito de todas as desventuras de Ton Kla, que é um personagem extremamente complexo, embora muitas vezes as pessoas acreditem que “ele se resume a sexo”, como se isso não quisesse dizer muita coisa! Avaliar as suas cenas com Win ou com Korn em paralelo, por exemplo, é maravilhoso!

Eu vou ter que ser sincero em relação à minha opinião, indo na contramão de muito comentário que eu vi por aí: eu acho que em algum momento o Korn gostou mesmo de Ton Kla. Pode ser que ele esteja agindo como um babaca atualmente, e está usando Ton Kla como objeto (a cena dele aparecendo na casa de Ton Kla depois de semanas desaparecido e sem dar notícia é horrível), mas eu acreditei na sinceridade dele no flashback. Podem me chamar de ingênuo, e pode, sim, ser que Korn tenha se aproveitado de um momento de fragilidade de Ton Kla com a morte de seu gato, mas eu ainda assim acreditei no que ele estava dizendo… Korn foi carinhoso e cuidadoso com Ton Kla na primeira vez deles, ele disse, depois, que o amava e que pretendia assumi-lo como namorado.

Em algum momento, isso tudo se perdeu.

Com os rumos que a relação de Korn e Ton Kla tomou (percebam que o pedido constante de Ton Kla para transar sem camisinha e a recusa atual de Korn é uma representação do “distanciamento” que Ton Kla sente agora), ele está se refugiando como sabe ao lado de Win, que está se metendo em uma situação muito mais complicada do que ele imaginava… e que ele começa a entender quando Korn aparece de surpresa e Ton Kla manda ele se esconder. Depois, frustrado com a visita de Korn, Ton Kla faz com Win um sexo selvagem, intenso, de tirar o fôlego… e é profundamente excitante ver o sorriso no seu rosto, o prazer, a realização. Inclusive, TODAS as cenas de sexo de “4 Minutes” são bonitas e excitantes. Sem contar esses corpos, que minha nossa!

Não sei se o Korn e o Win tinham o direito de ser tão g*stosos.

Great, por sua vez, vai até o hospital em busca de Tyme depois de o ter encontrado com uma faca no pescoço do seu irmão, porque ele quer respostas… e, então, ele descobre que Korn está mantendo uma mulher em cárcere privado e Tyme quer resgatá-la. O que acaba sendo uma interação menos que perfeita entre Great e Tyme, com um tom de acusação, acaba tendo a oportunidade de ser refeita quando Great refaz os seus últimos quatro minutos e recalcula o seu trajeto. Ao invés de confrontar Tyme sobre o motivo de ele ter agido como agiu, ele fala diretamente sobre Nan, a garota que está presa, e sobre como pretende ajudá-lo no resgate. E é essa a missão de Great e de Tyme durante o episódio, em sequências de ação que funcionam muito bem.

A tortura a que Nan está sendo submetida para contar a quem ela enviou as informações que descobrira sobre os negócios ilegais da família de Korn é revoltante, e Great assiste do lado de fora da porta sem saber o que fazer, depois de já ter avisado Tyme sobre o lugar para onde Nan tinha sido levada, mas quando Nan recebe um tiro na cabeça e morre, Great tem a chance de refazer esses 4 minutos e sabe que não pode perder tempo… ele não pode esperar por Tyme, então ele entra para salvar a vida de Nan – e mesmo que ele não esteja envolvido nos “negócios da família”, ele ainda é da família, o que lhe ganha alguns minutos… e esses minutos são o suficiente para que Great receba a ajuda de Tyme, e tem um quê de “HIStory: Trapped” naquela sequência toda.

Gosto muito de como, depois de toda essa ação, Great e Tyme fogem para algum lugar distante e desconhecido onde eles não podem ser encontrados, e então eles relaxam pela primeira vez, e “4 Minutes” entrega uma sequência bonita e romântica em um momento que, em uma primeira olhada, pode parecer inusitado, mas não é. A entrega de Great e Tyme depois de toda a tensão – sexual ou não – pela qual passaram é perfeitamente cabível e realista. E QUE CENA BONITA! Essa é, para mim, a prova cabal de como “4 Minutes” sabe fazer cenas de sexo e as entende e as utiliza como parte da narrativa… é uma cena completamente diferente de toda cena que tenhamos visto de Ton Kla. Se lá prevalecia o tesão e a urgência, aqui prevalece a conexão e o romance.

É aquele amorzinho gostoso que a gente faz com a pessoa que ama.

BRILHANTE. Sério.

Temos muito a explorar ainda, mas estamos na metade da série e as peças começam a se encaixar… achei muito boa a maneira como “4 Minutes” explicou alguns conceitos através de um diálogo paralelo – inteligentíssimo usar a questão dos 4 minutos que o cérebro “pode” ficar sem oxigênio –, e já podemos entender que Great provavelmente sofreu uma parada cardíaca às 11:00, como eu estava comentando na review passada… ainda assim, há muita coisa a ser entendida, e talvez a minha principal dúvida seja: essas “mudanças” que Great está fazendo poderão permanecer em uma espécie de linha temporal alternativa ou elas são apenas projeções de como as coisas poderiam ter sido, mas sem influenciar de verdade na realidade? Só o tempo dirá.

 

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Comentários

  1. Ótima análise. Eu estou curtindo mto 4 Minutes.

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    1. Segunda metade da série promete com essa virada aí! Vamos ver o ritmo e o tom do episódio de amanhã!

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  2. Amei a resenha e perfeita a sua colocação sobre como as cenas de sexo, além de serem bem feitas, são bem distintas entre si porque cada uma faz parte de uma narrativa diferente.

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  3. Maravilhosa review como sempre e eu tbm acreditei no Korn do passado hehe

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