4 Minutes – Episódio 5
Entre a vida e a morte.
Esse é um
episódio no mínimo… curioso. Não é o
que eu esperava, depois da conclusão do episódio passado, e acho que pode ter
pegado as pessoas de surpresa porque rompe com a crescente narrativa dos
episódios anteriores. Não sei se foi uma escolha acertada, mas estou feliz por
ela ter vindo agora, no quinto episódio, ao invés de vir mais perto do fim da
série – porque quero acreditar naquele passo
para trás que serve para pegar impulso. Revelar a questão de Dome ser irmão
do Ton Kla no fim do episódio passado (e, consequentemente, o fato de estarmos
acompanhando duas linhas do tempo diferentes) e não usar isso nesse episódio é o que mais me frustra… ao mesmo
tempo, sei que “4 Minutes” quis
prolongar essa expectativa por uma semana a mais.
Vamos ver o
que vem pela frente.
O quinto
episódio de “4 Minutes” é, de alguma
maneira, “calmo”. Sinto que passamos bastante tempo explorando a família de
Korn e de Great de diferentes maneiras, que são importantes para a construção
desses personagens e para que os entendamos melhor conforme eles avançam rumo
às suas conclusões, e a sequência que eu achei verdadeiramente eletrizante vem, curiosamente, nos
últimos 4 minutos de episódio (!), mas também não acho que tenhamos tido
nenhuma grande novidade ali… é o
roteiro reforçando a ideia de que o cérebro pode sobreviver durante 4 minutos
sem oxigênio, e o que acontece às pessoas nesse período é, em parte, um
mistério, apesar dos estudos. E, ao que tudo indica, Great parece estar vivendo
um pouco de tudo.
Minha dúvida
ainda segue a mesma do episódio anterior: o
que é real e o que não é?
O que Great de fato pôde mudar e o que segue
como sempre?
No início do
episódio, Great e Tyme estão, mesmo que por pouco tempo, curtindo uma vidinha
de casal em um lugar muito bonito – muito bonito mesmo, eu passaria uns dias ali, longe de todo o resto do mundo,
tranquilamente –, mas embora eles gostem da companhia um do outro e embora eles
estejam experimentando uma conexão sincera, eles sabem que aquilo não pode durar para sempre… mais cedo ou mais tarde, Great
precisa voltar para casa, precisa enfrentar a família e, pior: precisa enfrentar o que ele acabara de
descobrir sobre a família. Antes desse moimento fatídico, no entanto, Great
resolve conversar com Tyme, resolve tirar dele tudo o que ele sabe e tudo o que
ele acredita, para que ele possa entender
melhor a participação de seus pais na morte dos de Tyme.
A narrativa
de Tyme traz consigo um flashback que
nos ajuda a conhecer um pouco mais de Nan e a entender como os dois se juntaram
– na verdade, unidos pelo desejo de vingança contra as mesmas pessoas. Agora,
Nan e Tyme contam um com o outro na esperança de acabar com a família que
destroçou as deles, mas existe uma diferença gritante entre eles: Nan já não
tem mais nada a perder… Tyme ainda tem. É desesperador aquela cena em que Tyme
chega em casa e encontra aqueles homens com a sua avó, a ameaça mais clara
possível. Então, ele recebe uma oferta: dinheiro
para não fazer mais nada, para se afastar daquela família e para se afastar de
Great, de uma vez por todas. E Tyme está disposto a colocar a vida de sua
avó em perigo para seguir em frente?
E a
confiança que Nan depositara nele?
Korn, por
sua vez, também lida com as consequências da fuga de Nan e com o fato de que
foi Great quem a ajudara a escapar. Eu não consigo defender as atitudes de Korn cegamente, mas tampouco consigo ver
nele o monstro que algumas pessoas
veem, preciso ser sincero. Não vou dizer que ele está certo, mas que o seu discurso a Great sobre como aqueles negócios
escusos são “o que vão salvar a família” e ele pode cuidar disso se Great não
quiser mesmo ter nada a ver é profundamente sincero.
Não consigo não ver uma preocupação de Korn com o irmão: ele tentou protegê-lo quando todos queriam sua cabeça, por exemplo.
E ele pode parecer um babaca com o Ton Kla, mas que ele hesita no momento em
que é pressionado a nunca mais vê-lo, ele hesita.
Great, por
sua vez, talvez tenha o seu grande momento contra a família quando ele os
confronta, mas eu preciso ser realista: o quanto ele pode realmente fazer contra toda essa organização que não é nem um pouco
nova ou inexperiente? De todo modo, ele tem uma cena corajosa ao enfrentar o
pai, ao sair batendo o pé e dizendo que “nunca mais pisa naquela casa” e tudo o
mais, e então ele é seguido pela mãe, implorando para que ele volte e peça
desculpas, e isso nos conduz ao grande clímax do episódio… que é uma cena que
me deixou um pouco confuso. Primeiro,
Great está dizendo que não vai voltar, então ele se desvencilha da mãe para ir
embora, vê um homem segurando uma arma e ele tem aquela sensação toda que o
leva de volta 4 minutos…
Então,
quando ele retorna, o homem com a arma está próximo dele e da mãe, pronto para
atirar.
Fiquei me
perguntando se a cena é propositalmente desconcertante ou se ela foi concebida
de maneira errada. Quer dizer, a experiência é muito diferente de todas as outras vezes que Great retornou 4
minutos, porque, das outras vezes, ele SEMPRE voltava para como as coisas
estavam 4 minutos antes e então ele mudava as coisas, mas quando ele retorna
dessa vez, as coisas já estão diferentes…
na primeira vez, ele tem toda a conversa com a mãe e vai embora com o homem a
alguns passos de distância; quando ele retorna, o homem está ali, pronto para
atirar, como ele não estivera antes. Parece confuso… se é proposital ou não,
talvez o próximo episódio me diga. De todo modo, agora Great está entre a vida
e a morte – talvez como tenha estado desde o princípio.
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Mais uma ótima análise, eu achei esse ep chato mas necessário.
ResponderExcluirTbm achei confusa a cena final, mas quero ver o que vai acontecer no próximo ep.
O episódio parece ter desagradado mais do que agradado, pelo que vi de comentários... eu não sei se chego a considerá-lo "chato", mas ele não é tão bom e/ou impactante quanto qualquer um dos anteriores.
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