Chiquititas Brasil (1ª Temporada, 1997) – A briga de Mili e Pata

Amigas para sempre?

Eu adoro o fato de a Mili e a Pata serem grandes amigas, mas, ainda assim, elas serem crianças com comportamentos de crianças! Pata tem todo o motivo do mundo para ficar chateada com a Mili quando até ela parece ter suspeitado por causa do dinheiro para as bicicletas que o Chico tinha mudado de lugar sem avisar ninguém, mas ainda assim a briga se estende por mais tempo do que o necessário porque… bem, crianças e adolescentes são complicados. Você não pode esperar tanta coerência e sensatez deles, sabe? Então, a briga de Mili e Pata vai se estendendo indefinidamente, com algumas das outras meninas querendo interferir para fazer com que elas façam as pazes (!) acaba garantindo a vitória de Cíntia como a nova diretora do Orfanato Raio de Luz.

Na verdade, Pata vota em Cíntia meio que para provocar a Mili, porque sabe que Mili queria que a Carolina ganhasse a eleição… mesmo assim, Pata eventualmente aparece para pedir que a Mili “tenha cuidado com a Cíntia”. Ela não sabe bem o motivo, mas ela diz que é “instinto”, e que algo lhe diz que Cíntia é “boazinha demais”, “perfeita demais” para ser verdade. Quando a Pata não gosta de alguém, mais cedo ou mais tarde a máscara acaba caindo. Mesmo não querendo acreditar em Pata, Mili acaba ficando pensativa, mas acaba não fazendo nada a respeito, e até pede a ajuda de Cíntia para encontrar, também, os seus pais, assim como ela prometera que encontraria o pai de Tati e de Vivi… e Cíntia se compromete a fazer o possível para encontrar os pais de Mili.

Para o desespero do Dr. José Ricardo, sabe?

A diretoria de Cíntia não tem sido das piores, surpreendentemente… eu acho que a Cíntia faz de tudo para conquistar as garotas de forma interesseira e não está de modo algum preparada para o cargo, e não podemos esquecer que ela armou para garantir a demissão de Emília, mas ela não detesta as crianças, e ela tem uma história de vingança pessoal porque a família Almeida Campos roubou a casa na qual ela crescera com o seu pai. Naturalmente, Cíntia não está preparada para ser diretora e impor limites, e ela quer agradar as garotas continuamente, com comidas fora da dieta proposta por Carmem, ou levando-as ao cinema em dia de cinema, por exemplo, o que Carmem proíbe veementemente mesmo depois de todas as garotas estarem prontas para sair.

Então, elas resolvem se vingar de Carmem. Inicialmente, Mili é contra, dizendo que muitas crianças que estão na rua preferiam estar ali no lugar delas, mesmo com a Carmem enchendo, mas no fim das contas a Carmem extrapola e a Mili entra na brincadeira, inclusive sendo quem tem a ideia da vingança contra a Carmem: ela a convence a preparar o jantar para elas, porque ela se gaba de cozinhar bem, depois ficar para comer com elas, e Mili planeja colocar laxante no prato de Carmem – e, curiosamente, quem se voluntaria para a tarefa é a Pata, porque “ela é a única que conseguiria fazer isso sem ser pega. Ela quase é pega, mas consegue se safar e o estrago é feito… confesso que me imaginar na situação da Carmem é desesperador, mas eu dei risadas da reação do laxante durante o discurso dela.

E as meninas ainda trancam todos os banheiros e escondem as chaves.

Elas pensam em tudo!

Mesmo que tenham “trabalhado juntas” nessa história da vingança contra a Carmem, Mili e Pata continuam em pé de guerra, e Vivi, Tati e Cris resolvem fazer alguma coisa para que elas voltem a ser amigas, e é Tati quem, depois de algumas ideias absurdas, dá a ideia de enviar cartas para as duas… mas como elas conhecem as letras uma da outra, Tati precisa fingir que está pedindo ajuda para uma tarefa da escola – ela é bem convincente, mas Pata e Mili são bem inocentes de não perceber o que está acontecendo, também. De todo modo, as cartas são escritas, enviadas e ambas ficam emocionadas ao ler a carta de pedido de desculpas da amiga, provando que elas gostam muito uma da outra, mas nenhuma quer dar o braço a torcer e ser a primeira a pedir desculpas.

Depois de ler as cartas, elas se encontram, pedem desculpas, dizem que sentem a falta uma da outra, que se gostam muito e dizem tudo o que precisava ser dito – até citarem as cartas, perceberem a armação e, bem… brigarem novamente. E, no fundo, eu gosto muito disso, porque é essa instabilidade e esse exagero da fase mesmo! Mas é uma questão de tempo. durante a noite, sem conseguir dormir porque está muito triste, Mili resolve procurar a Pata e ir conversar com ela, e descobre a amiga chorando do lado de fora, e, dessa vez, as duas quase brigam para ver quem tem mais culpa por causa da briga e quem foi mais idiota, mas elas acabam fazendo as pazes e é a coisa mais fofa do mundo… para a felicidade das outras meninas e de todos os fãs dessa amizade!

 

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