Deadpool & Wolverine (2024)
“Welcome to
the MCU. You’re joining at a bit of a low point”
Seis anos
depois desde o seu último filme solo (!), o Deadpool de Ryan Reynolds está de
volta às telas de cinema e, dessa vez, acompanhado do Wolverine de Hugh
Jackman… naturalmente, é um grande evento! Divertido, cheio de participações
especiais, uma trilha sonora de tirar o fôlego e brincar com a nostalgia, e a capacidade
inerente ao personagem de se zoar e zoar o universo no qual está inserido – que
se expande, agora que a Fox foi vendida para a Disney e, portanto, o Deadpool
pode se tornar parte do Universo Cinematográfico da Marvel –, “Deadpool & Wolverine” é uma
delícia! Gosto do fato de o filme não se levar a sério, de quebrar a quarta
parede constantemente, e de ser mais uma grande brincadeira do que qualquer
coisa… é diversão garantida para os fãs de heróis!
Não espere,
portanto, um grande roteiro complexo e/ou sentimental, porque não é o que o
filme vai te oferecer… sinto que “Deadpool
& Wolverine” funciona muito melhor com quem embarca na zoeira do
personagem que, por sinal, tem muito mais com que se divertir agora – aquela
piada sobre como o cintaralho não é nenhuma novidade para ele, mas é para a
Disney, é só o começo! O logo da Fox é encontrado no Vazio, por exemplo, e é
motivo de piada para o personagem; o Deadpool brinca, também, com o fato de o
Chris Evans ter estourado o orçamento deles, ou com a Disney ter fechado a mão
e não ter trazido o Magneto; e ele dá as boas-vindas a Wolverine no Universo
Cinematográfico da Marvel, mas diz que “ele não chegou numa fase muito boa”.
A ideia é
que Wade/Deadpool tenha tentado entrar no MCU lá em 2018 (!), mas ele não foi
aceito na época, e agora ele finalmente tem a chance… acontece que o seu
universo está morrendo porque “perdeu
a sua Âncora”, que era o Logan do emocionante filme de 2017. Preciso dizer que
eu achei genial essa coisa de um
universo inteiro “lentamente desvanecendo” pela morte de um personagem que era
seu “centro”, e Deadpool é convidado a se juntar à “Linha do Tempo Sagrada”,
enquanto Paradox planeja acelerar o fim
de seu próprio universo… como é no seu universo que está o pequeno, mas
importante, grupo de pessoas que ele ama, ele não pretende simplesmente deixar
que ele seja destruído – nem que, para isso, ele precise de um novo Âncora.
E, por isso,
ele vai em busca de um novo Wolverine.
Quer dizer… há uma infinidade de universos
por aí, em algum lugar deve ter algum Wolverine que sirva como Âncora de seu
universo, não? A ideia é bacana e as referências e brincadeiras em toda a
montagem, ao som de “The Power of Love”,
em que Deadpool busca um “novo” Wolverine é excelente – aqui, vemos um
Wolverine com apenas 1,60 de altura, que é como ele foi originalmente criado
nos quadrinhos; um Wolverine elegante e inclinado a apostas; um Wolverine que
está enfrentando o Incrível Hulk; um Wolverine que está sendo crucificado em um
X gigante, como já aconteceu na capa de uma revista em quadrinhos; e até mesmo
um Wolverine interpretado por Henry Cavill, que Deadpool chama de “Cavillrine”.
É muito, muito bom!
Por fim,
Deadpool encontra um “novo” Wolverine, que não é nenhuma dessas variantes
apresentadas na brincadeira, tampouco o Wolverine que morreu em “Logan”, mas um Wolverine “quebrado”,
com um trauma do passado por não ter conseguido salvar os X-Men e não ter
atendido às expectativas de Charles, e ainda que o personagem tenha tido uma
bela e digna despedida em “Logan”, é
muito legal ter Hugh Jackman de volta, ainda mais agora que ele está usando o
clássico uniforme amarelo das HQs, com direito ao Deadpool brincando que ele
finalmente está vestido como “alguém que não tem vergonha de estar em um filme
de herói”. Deadpool também diz que a Fox o matou, mas a Disney o trouxe de
volta e agora ele vai trabalhar até os 90 anos…
E é mais ou
menos isso mesmo.
A trilha
sonora do filme é um espetáculo à parte! A introdução do filme ao som de “Bye Bye Bye”, do ‘N Sync, é maravilhosa,
e eu adoro como foi misturada a coreografia de dança à de luta, em uma
sequência muito boa. Também temos a já citada “The Power of Love”, de Huey Lewis and the News, que também esteve na
trilha de “De Volta Para o Futuro”,
na montagem em busca do Wolverine; “You’re
the One that I Want”, do John Travolta e Olivia Newton-John em “Grease”, em uma sequência de luta de
Deadpool e Wolverine dentro do carro; “Like
a Prayer”, da Madonna, no grande clímax do filme; além de outras músicas
como “Glamorous”, da Fergie, “I’m With You”, da Avril Lavigne, e as
primeiras notas de “The Greatest Show”,
de “O Rei do Show”, protagonizado por
Hugh Jackman.
Inclusive,
EU AMO “O Rei do Show” e surtei com
essas notas na hora!
Como o
Deadpool não planeja colaborar com Paradox em seu plano de “aniquilar o seu
universo” e tudo o mais, tanto ele quanto Wolverine são mandados para um lugar
de onde supostamente ninguém deveria voltar: o Vazio. Há um quê de
metalinguagem aqui, que eu acho que é muito bem aproveitado, porque com toda
essa questão do multiverso, o Vazio é uma ótima maneira de brincar com
personagens/atores que foram “descartados”. É assim que ganhamos o Johnny Storm
de Chris Evans de volta (e como pode o Chris Evans estar mais lindo cada vez
que o vemos?!), e a piada de o Deadpool achar que é o Capitão América prestes a
dizer “Avante, Vingadores!”, mas ser
o Tocha Humana, dos filmes do “Quarteto
Fantástico” de 2005 e 2007!
O Vazio
também nos traz outras surpresas e brincadeiras e toda uma equipe que é montada
ao redor de Deadpool e Wolverine em uma missão contra Cassandra Nova, a irmã
gêmea de Charles Xavier, que tem um poder inacreditável… temos: Jennifer Garner
retornando ao papel de Elektra Natchios, que ela interpretou em “Demolidor” e “Elektra”, em 2003 e 2005, respectivamente; Wesley Snipes como Eric
Brooks, ou o Blade, interpretado por ele na trilogia de filmes entre 1998 e
2004; Channing Tatum interpretando o Gambit, personagem que ele quase
interpretou no cinema, mas o filme acabou nunca acontecendo, e então a piada é
justamente que “ele talvez tenha nascido no Vazio”; e, por fim, Dafne Keen como
Laura/X-23, a personagem que ela interpretou em “Logan”.
Particularmente,
eu gosto muito desse tipo de brincadeira… sei que é puro fanservice, mas eu acho muito legal de se assistir! E, além de boas
piadas proporcionadas pelo Deadpool, eu também acho que o filme consegue
aproveitar a presença de Laura/X-23 para entregar a esse “novo” Wolverine um
momento bem emocionante, retomando, de certa maneira, a relação deles de “Logan” – e ainda que não seja o mesmo Logan, ainda há um carinho e uma
admiração de Laura por ele, e ela diz algo que vai ajudá-lo eventualmente… que
vai torná-lo o herói que ele precisa ser. É bonito que seja em uma conversa com
ela que o Wolverine começa a se abrir sobre o que aconteceu em seu universo
para deixá-lo daquela maneira, algo que ele não quis compartilhar com o
Wade/Deadpool.
E que
Cassandra Nova tenta usar contra ele.
O grande
clímax do filme acontece fora do Vazio.
Quando Deadpool e Wolverine conseguem escapar, Cassandra Nova acaba também
vindo para o “mundo real” atrás de Paradox, disposta a usar a sua máquina para
destruir todos os universos – até que
tudo o que exista é o Vazio. E o Deadpool e o Wolverine precisam enfrentar uma
horda de diferentes versões do Deadpool, vindas do Vazio (destaque para o
Kidpool, para o Nicepool e para a Mary Puppins, a Dogpool), bem como a chance
de morrerem para sempre para salvar o
mundo… o que, por sinal, rende inesperados momentos maravilhoso! Gosto
muitíssimo de como o filme brinca com a coisa do sacrifício, e a referência
extremamente nerd que é o Deadpool fazendo a mãozinha do Spock no vidro…
Quer dizer,
total “A Ira de Khan”.
E se a
introdução do filme trouxe uma sequência maravilhosa ao som de “Bye Bye Bye”, o clímax traz outra ao
som de “Like a Prayer”, que é uma das
músicas da Madonna que EU MAIS AMO, então eu não poderia ter achado menos que
perfeito… não vou negar: o corpo de Hugh
Jackman também ajudou a tornar a cena um pouco mais memorável, tá? Eu ADORO
o fato de essa ser uma “piada” do filme, porque o Hugh Jackman não tinha tirado
a roupa ainda (embora o uniforme deixasse seus braços à mostra, e QUE DELÍCIA!),
e então a sua roupa é evaporada no
momento em que ele e Deadpool se dão as mãos e estão prestes a se sacrificar, e
eu acho que a olhadinha do Deadpool e a sua expressão é meio que um reflexo de
todos nós na sala de cinema…
Hugh Jackman
é um homem e tanto.
Uma pena
o Deadpool mandando ele “cobrir os peitos suados”.
O filme é divertidíssimo,
e eu deixo o cinema plenamente satisfeito. Não vou colocá-lo em minha lista de
“melhores filmes de super-heróis de todos os tempos” nem nada assim, mas valeu
a pena cada minuto! Cada brincadeira, cada piada, cada música, cada referência,
cada rosto conhecido que vimos de volta! E ele estabelece a ideia de “Linha do
Tempo Sagrada”, nos termos de “Deadpool”,
permitindo a ingressão de personagens no Universo Cinematográfico da Marvel
quando eles bem entenderem… personagens como o próprio Deadpool, esse Wolverine
que acabou encontrando nos amigos de Wade uma nova família, e até mesmo a X-23,
que é retirada do Vazio a pedido de Wade.
Acho bem provável que venhamos a ver a personagem novamente um dia!
Gostei
bastante!
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Eu queria perguntar quando você vai falar sobre os filmes da Múmia do Brendan Fraeser?
ResponderExcluirEu quero muito falar sobre eles, mas ainda não consegui rever. Revi O Auto da Compadecida e escrevi recentemente, você chegou a ver? Quero terminar de escrever todos os "Exterminador do Futuro" antes de começar "A Múmia".
ExcluirSim eu vi do Auto da Compadecida. O primeiro filme da Múmia tem na Netflix.
ExcluirEu não tenho Netflix. Mas tenho a coleção completa d'A Múmia em DVD.
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