Glee 1x09 – Wheels
“I’ll be
dancing with myself”
MAIS UM
EPISÓDIO PROFUNDAMENTE EMOCIONANTE E MARCANTE DA SÉRIE! Exibido originalmente
em 11 de novembro de 2009, “Wheels”
é o nono episódio da primeira temporada de “Glee”,
e eu fico realmente maravilhado com a
força que ele tem e a quantidade de histórias que ele conta e interliga… temos:
1) desenvolvimento para o personagem de Artie, com toda a história de a escola
não querer pagar por um ônibus especial que possa acomodá-lo junto com os
demais para as Seletivas; 2) todo o drama de Quinn e Finn precisando de
dinheiro para pagar as contas de hospital que não param de chegar e nas quais
Terri não quer ajudar; 3) Kurt sofrendo porque o Mr. Schue nem cogitou a
possibilidade de ele cantar uma música que ele ama; e 4) a estreia de Becky.
Como o
título sugere, ele é em grande parte sobre o Artie… e começa por causa dele.
Will está incomodado com o fato de que, ao que tudo indica, ele não poderá ir
com os outros membros do glee club no
mesmo ônibus para a primeira competição, e quando ele traz o assunto à tona no
próximo ensaio do grupo, ninguém age com muito interesse – eles estão
“habituados” ao fato de que “o pai de Artie o leva para todos os lugares
mesmo”. É muito triste a maneira condescendente como eles falam por Artie, impondo a ideia de que “ele
não se importa”, e ganhamos o primeiro solo de Artie em “Glee”, com “Dancing With
Myself”, na qual podemos ver um pouco de como ele se importa sim… e é o que ele tem coragem de dizer para todo
mundo, eventualmente.
Então, Will
tem uma tarefa para todo o glee club…
na verdade, duas ou três: ele consegue cadeiras de rodas para todo mundo, e diz
que eles terão que passar três horas por
dia na cadeira, para poder entender um pouco do que o Artie passa, o que é
um exercício bem válido; e ele também decide que eles vão vender cupcakes para levantar dinheiro para o
ônibus para as Seletivas, para que todos possam ir juntos… ou vão todos juntos,
ou ninguém vai; eles também vão preparar um número com a cadeira de rodas. E é
muito bom ver essas histórias se desenvolverem ao longo do episódio e ver como
elas se entrelaçam com outras narrativas, como todo o drama entre Finn, Quinn e
Puck (!), ou o romance que começa a florescer entre Artie e Tina.
E o drama de
Finn, Quinn e Puck é outra grande parte do episódio… Quinn está pressionando
Finn para que ele arrume um emprego para conseguir pagar aquelas contas de
hospital antes que os pais dela descubram sobre a sua gravidez, o que é meio
injusto de sua parte, tendo em vista que o Finn não é o pai da criança. E Puck
também está incomodado com isso tudo e tentando conseguir dinheiro ele mesmo
para que “a mãe do seu filho tenha tudo o que precisa”. Inicialmente, são 18
dólares que sobraram do seu negócio de limpar piscina, depois é um dinheiro que
ele pega da venda de cupcakes depois
de uma receita “especial” (!) que ele mesmo trouxera, mas Quinn sabe que não
podem pegar o dinheiro que está sendo juntado para o ônibus e tudo o mais.
Acho muito
bonita a atitude de Artie quando eles
finalmente conseguem o dinheiro de que precisam, e ele fala que vai ir para
as Seletivas com o pai mesmo, e prefere usar o dinheiro para rampas para a
escola e para o auditório: afinal de contas, ele não é o único garoto na
cadeira de rodas na escola, e certamente haverá mais depois que ele se formar…
é justo, mas é triste que se precise escolher entre uma coisa e outra porque a
escola não faz o básico que é providenciar essas rampas! De todo modo, no fim a
Sue surpreende a todos e paga pelas novas rampas, o que quer dizer que o glee club vai poder ter o ônibus para o
Artie ir com eles. E eles arrasam na performance de “Proud Mary”, com uma coreografia na cadeira de rodas, usando as
novas rampas do auditório.
Sue
Sylvester… que enigma fantástico ela é, não? O Diretor Figgins a pressiona a
fazer audições, como o Will fizera para o New Directions, para preencher a vaga
aberta pela saída de Quinn Fabray, e é então que ganhamos uma sequência hilária
da Sue dispensando candidatos até a apresentação de Becky, uma garota com
Síndrome de Down, que ela transforma em sua mais nova líder de torcida. O Will
fica desconcertado, o que em parte pode ser preconceito dele, ou em parte é
porque ele não confia realmente em Sue… ela deu motivos para desconfiança. Mas
Sue trata Becky como trata todas as outras Cheerios, e eventualmente vemos a
Sue visitando sua irmã mais velha, também com Síndrome de Down, no hospital, e
é uma das cenas mais lindas da temporada!
Por fim,
toda a história de Kurt no episódio, e eu devo dizer que as histórias do Kurt
me atingem pessoalmente. Aqui, o Mr. Schue anuncia que eles podem fazer uma
música de musical nas Seletivas, e entrega de presente para Rachel um solo de “Defying Gravity”, de “Wicked”. E é revoltante. A maneira como
o Will simplesmente não dá atenção
aos demais alunos, sabe? A maneira como ele dispensa as reclamações de Mercedes
dizendo que “eles não têm tempo de reajustar a música para ela” ou dispensa o
Kurt dizendo que “é uma música tradicionalmente cantada por mulheres”. Isso
deixa o Kurt mal de verdade, porque “Wicked” é um dos seus musicais
favoritos e ele sabe que consegue
cantar aquela música, e o Burt, pai do Kurt, é MARAVILHOSO.
MARAVILHOSO
DEMAIS!
Amo a
maneira como ele vai à escola, como ele confronta o Diretor Figgins e o Mr.
Schue, e como ele consegue uma “audição” para Rachel e Kurt, cantando “Defying Gravity” para ver “quem se sai
melhor e deve ficar com a música”. Rachel é irritante achando que o Mr. Schue
“está querendo acabar com a sua vida”, e toda a sequência é muito triste porque
Kurt erra a nota final da música… não porque ele não consiga atingi-la, mas
porque ele escolhe não fazê-la, em uma tentativa de proteger o pai: ele já
sofre homofobia o bastante sem cantar “uma música de mulher” na frente de 1.000
pessoas. ISSO É TÃO INJUSTO! Kurt achar que precisa
abrir mão de algo que ele quer tanto para que o pai não sofra porque as pessoas
são babacas! A conversa de Kurt e Burt é outro grande momento de “Glee”.
Uma das
minhas relações favoritas na série. Me emocionei e chorei novamente.
Para mais
postagens da minha revisita a “Glee”,
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