Glee 1x10 – Ballad

“You’re having my baby”

EU AMO MUITO ESSE EPISÓDIO E TODAS AS MÚSICAS DELE! Exibido originalmente em 18 de novembro de 2009, Ballad é o décimo episódio da primeira temporada de “Glee” e Will Schuester anuncia uma nova regra para as Seletivas daquele ano: eles precisam apresentar uma balada. Então, ao som de baladas simplesmente maravilhosas, os membros do glee club expressam seus sentimentos enquanto Finn tenta lidar com toda a pressão de Quinn estar grávida e se pergunta se deve contar a verdade aos Fabray de uma vez, e Rachel desenvolve um crush no Mr. Schue, que rende momentos hilários… e Emma meio que tem razão: de todos os professores da escola, o Will é o mais bonito e por quem mais adolescentes desenvolveriam aquela paixão platônica.

Mas tudo nasce de um dueto que Will não leva nem mesmo até o fim da música para perceber que foi um erro. Na tarefa da semana, o Mr. Schue coloca os alunos em duplas através de um sorteio para que cantem baladas um para o outro, e na ausência de Matt, que está no hospital (!), ele coloca o seu nome no chapéu para o número continuar par – e é então que ele acaba cantando “Endless Love” com Rachel Berry. A escolha é dela, ele até tenta dizer que “é inapropriado”, mas eles cantam mesmo assim, e então o estrago está feito. Esta é uma das minhas performances favoritas, porque a música é perfeita, as expressões de Rachel se apaixonando e de Will assustado são hilárias, e todos os comentários em pensamento durante a música são HILÁRIOS.

Muito, muito bom!

Então, Rachel está caidinha pelo Mr. Schue. De uma maneira meio louca e meio descontrolada, o que combina com ela, para dizer a verdade. E o Will está desesperado, porque ele já passou por isso antes com Suzy Pepper, e o desfecho não foi muito bom – Suzy foi parar no hospital com problemas no esôfago ao ingerir a pimenta mais poderosa do mundo ou algo assim, e ficou três dias em um coma induzido. Como ele teme que o mesmo aconteça com Rachel e sabe que precisa ter cuidado ao falar com ela, Emma o aconselha a fazer o que incentivou seus alunos a fazerem, e falar através da música, o que nos rende uma das minhas performances favoritas de Will Schuester, e um mashup excelente: “Don’t Stand So Close To Me / Young Girl”… mas Rachel não entende nada…

As reações dela e da Emma? HILÁRIAS.

Mas o Will estava um gostoso mesmo… eu também não ia prestar atenção na mensagem.

A situação só piora, com direito à Rachel indo até a casa do Mr. Schue e preparando o jantar, com o aval de Terri, que não demora nada para perceber que ela está caidinha pelo seu marido, mas ela já tem que lidar com essas paixonites de alunas do Will há muito tempo, e agora ela quer tirar algum proveito disso… o descabimento de toda a sequência de Rachel limpando a casa, o Mr. Schue a levando para casa e a fazendo sentar no banco de trás e a Rachel começando a cantar “Crush” (eu amo essa música!) no carro é MARAVILHOSO. É esse nível de absurdo que torna “Glee” tão bom! E, no fim, Suzy Pepper acurrala Rachel no banheiro, diz umas coisas bem verdadeiras para ela, e Rachel percebe que nada disso faz sentido e está agindo feito uma louca, e pede desculpas.

A cena da Rachel pedindo desculpas ao Schue é lindinha.

Os demais também estão ensaiando suas próprias baladas, embora não acompanhemos todos os personagens. Na dupla formada por Puck e Mercedes, por exemplo, tudo o que vemos é uma explosão do Puck quando a Mercedes diz que “eles estão preparando algo para Finn e Quinn”, e ele acaba contando para ela que ele é o pai da criança… na dupla formada por Kurt e Finn, Kurt está completamente apaixonado (infelizmente, quantos de nós gays já nos apaixonamos por héteros na adolescência e só sofremos por isso?!), e se empenha em ajudar Finn a se expressar, porque ele está se sentindo sufocado, e é assim que ganhamos a linda “I’ll Stand By You”, que ele canta para o ultrassom (!), e também é assim que a mãe de Finn acaba descobrindo que Quinn está grávida…

Com a mãe finalmente sabendo (a cena é linda!), Finn decide contar também para os Fabray, em um jantar para o qual ele foi convidado… e como ele não tem coragem de falar sobre isso, ele é incentivado a cantar e usar a sua voz, e QUE SEQUÊNCIA TEMOS AQUI! A cena do Finn cantando “(You’re) Having My Baby” para a Quinn na frente dos pais dela, que não sabem sobre a gravidez, é profundamente desconfortável, mas eu não vou dizer que eu acho que o Finn estivesse errado de verdade… mais cedo ou mais tarde, eles descobririam, né? Eles iam ficar escondendo aquilo por quanto tempo?! Mas o pai de Quinn é o pior tipo de pessoa que existe, então ele se volta contra a filha incapaz de ser um suporte, mesmo quando ela admite que cometeu um erro.

Não é uma questão de “passar a mão na cabeça”, porque Quinn sabe que cometeu um erro e vai ter que lidar com as consequências disso, como já tem lidado, mas é uma questão de estar ali para amparar, e ele não está… e não quer estar. O pai expulsa Quinn de casa da maneira mais insensível possível, e Quinn tem um momento fortíssimo no qual ela diz ao pai que ela só queria que ele o abraçasse e “dissesse que vai ficar tudo bem”, e diz ao Finn que ele não precisa tentar dizer nada para a mãe dela, porque, se ela quisesse ter feito alguma coisa, “teria feito quando descobriu que ela estava grávida”. Porque ela sabe que a mãe sabia desde que aquele vestido para o baile do Clube de Celibato (ha!) não fechou. É uma das cenas mais dolorosas dessa temporada de “Glee”.

Quinn tem 30 minutos para arrumar as coisas e ir embora, então Finn a leva para a própria casa e pergunta para a mãe se ela pode passar uns dias ali… e ali ela é acolhida, como não foi na própria casa. O problema, é claro, é que Finn não é o pai dessa criança, e essa bomba vai acabar explodindo, mais cedo ou mais tarde. De todo modo, algo que Rachel tentara dizer a Quinn algumas vezes vai se provando cada vez mais verdade: os seus amigos no glee club é tudo o que ela tem. E, naquela semana, eles cumprem com a tarefa do Mr. Schue preparando uma balada que querem cantar juntos, como um presente para Quinn e Finn… e a performance de “Lean On Me” é uma das minhas favoritas na primeira temporada toda. Linda, sensível e emocionante, a amo de todo o coração!

 

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