Justiça 2 – Balthazar Gomes da Silva: Último Capítulo

A justiça é feita.

E SE EU DISSER QUE EU GOSTEI DEMAIS DO ÚLTIMO CAPÍTULO DO BALTHAZAR?! A segunda temporada de “Justiça” pode não ter sido tão boa quanto a primeira, isso é inegável, mas eu estou com um sentimento bom ao fim desse último capítulo protagonizado pelo Balthazar – e muito feliz com a conclusão do seu arco, tendo em vista que ele foi, durante a temporada inteira, o meu protagonista favorito (entre meus personagens favoritos, ele só divide lugar mesmo com a Kellen). Foi um capítulo que conseguiu conter-se em si mais do que eu esperava, para uma trama com tantas intersecções como a de “Justiça 2”, e eu termino extremamente satisfeito com o que foi devidamente encerrado e o que foi mantido para ser encerrado em outros últimos capítulos ao longo da semana…

O capítulo começa logo depois de Balthazar ter sido atropelado pelo Túlio, quando Jordana liga para pedir uma ambulância, e ver o Balthazar no hospital é quase um alívio – afinal de contas, mesmo que eu achasse improvável, eu temi que ele pudesse morrer. Balthazar fica no hospital enquanto algumas coisas vão acontecendo: um dos motoqueiros da cooperativa, por exemplo, consegue descobrir que foi o Túlio quem atropelou o Balthazar, o que coloca todos eles unidos para encontrar o Túlio e entregá-lo para a polícia, em um sentimento de unidade, e Cassiano descobre que o carro que foi usado para atropelar o Balthazar era de uma concessionária que, sem grandes surpresas, pertence a Nestor… e, então, como o Jayme avisa o Nestor, o cerco está se fechando.

Passamos por alguns momentos de nervoso e angústia no hospital com Balthazar, mas Cassiano e Larissa mantêm-se ao seu lado esperando que ele acorde e que fique tudo bem… Balthazar chega a morrer por alguns segundos, em um momento desesperador e, no fim das contas, emocionante, no qual ele reencontra a avó e tem uma conversa muito bonita com ela: ele pede desculpas por não ter estado com ela até o fim, e ela diz que ele não tem por que pedir desculpas, e diz que ele foi um neto maravilhoso… então, quando ele diz que “está cansado”, a avó lhe dá um último gás para que ele continue vivendo, porque a vida vale a pena, mesmo com as suas dificuldades, e é então que Balthazar volta a respirar, para o alívio de uma Larissa desesperada.

Nós também respiramos aliviados naquele momento.

Depois de acordar, Balthazar recebe, também, uma notícia de Cassiano: o seu pedido de indenização por ter sido condenado por um crime que não cometeu foi deferido. Toda a sequência é bastante bonita. Infelizmente, não sei com que frequência isso de fato acontece, e eu tenho um pouco de dificuldade para acreditar na justiça, mas fico muitíssimo feliz pelo Balthazar e pela mensagem que o capítulo passou, permitindo a esperança. Afinal de contas, nada devolve os 7 anos que Balthazar passou preso, mas aquela indenização é o reconhecimento do Estado de que eles erraram com ele e, como ele diz, apenas porque “ele é preto e pobre”, e ver o sorriso de Balthazar naquele momento significa demais. Aquilo é sobre muito mais do que o dinheiro…

Mas o dinheiro vai, também, ajudar a reconstruir uma vida.

Curiosamente, eu gosto de como o capítulo não se prolonga no castigo dos vilões e em nada disso… nós vemos Nestor retirar Silvana da clínica e levá-la para casa, com a Maria Eduarda, para tentar vender uma imagem de “família feliz” nas redes sociais, mas felizmente nós sabemos que isso não vai durar: as notícias estampadas em um jornal nos dão algumas informações. Gosto desse jornal em paralelo ao jornal dos primeiros capítulos. Descobrimos um pouco sobre o que vai acontecer a Nestor (não vejo a hora de assistir a isso!) e ao Jayme, e também lemos sobre o casamento de Balthazar e Larissa, que vai ser realizado em um campo de girassóis, e sobre Cassiano, que retorna ao esporte, agora jogando basquete… e eu devo dizer que fico muito feliz por Cassiano.

O capítulo tem, ironicamente, um clima muito bom. Mesmo que não tenhamos visto acontecer ainda, saber o que se passa a Nestor nos permite respirar aliviados… e nos permite curtir aqueles momentos de felicidade de Balthazar, sabendo que, por fim, as coisas vão ficar bem. Acho que o capítulo tinha que ter sido mesmo exatamente como foi: centrado em Balthazar e na sua felicidade – o final feliz que ele merecia. Depois de assinar o documento da indenização, Balthazar leva Larissa para ver o pôr-do-sol e faz um pedido de casamento, e então os dois passam a noite em um “hotel de bacana”, com o dinheiro que o Cassiano adiantou para ele, e então os dois se tornam notícia em Ceilândia, organizando um casamento a céu aberto, num campo de girassóis.

É uma cerimônia bonita – principalmente porque eu, particularmente, aprendi a me importar com aqueles personagens. Sem ser uma cerimônia religiosa, é o Cassiano quem celebra o casamento e o amor de Balthazar e Larissa, fazendo um discurso bonito e inspirado, e os demais entregadores da cooperativa estão lá, para prestigiar esse momento, e o Balthazar também fala brevemente sobre como aquela não é apenas uma celebração do casamento e do amor dele e de Larissa, mas também uma celebração da classe deles. Juntos e finalmente podendo pensar em um futuro, Balthazar e Larissa saem juntos, cada um em sua moto, com plaquinhas de “recém-casados” e um véu grudado ao capacete de Larissa, e tem tudo a ver com eles… muito bonito, gostei bastante!

 

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