Justiça 2 – Milena Souza de Jesus: Parte 5

Investigação e suspeita.

Encerrando uma leva de capítulos que, diferente de semanas anteriores, traz pouca repetição de cenas, mas também deixa de lado pequenas conexões que são a cara de “Justiça”, o quinto capítulo de Milena (o Capítulo 20 de “Justiça 2”) avança pouco na história… não achei essa leva de capítulos ruim, mas eu senti que quase todos eles tiveram menos impacto do que eu esperava, e não contribuíram o suficiente à trama, o que parece acentuar a nossa sensação de que o aumento do número de capítulos da primeira para a segunda temporada não faz tanto sentido. Não sei ainda o que os 8 últimos capítulos nos reservam, mas, com tudo o que vimos até agora em “Justiça 2”, sinto que essas histórias poderiam tranquilamente ter sido contadas em 20 capítulos.

Depois da morte de Egisto, Milena e Jordana estão vivendo um romance – e cada vez menos eu acho que a Milena tem alguma intenção escusa, embora eu goste da sua esperteza em como se aproxima de Jordana. Pequenos momentos como quando elas retornam para a casa de Jordana e Milena diz que “vai embora”, apenas para que Jordana peça para ela ficar, ou quando ela escuta a Jordana chorando sozinha no banheiro e pergunta se pode entrar e se sentar ao seu lado… ela está se fazendo presente, mas ela está fazendo com que Jordana lhe peça para estar presente, para que em nenhum momento ela possa ser acusada de estar invadindo um espaço ou forçando uma proximidade… e a verdade é que Jordana cada vez mais depende da companhia de Milena.

As duas seguem se aproximando em diálogos que conduzem o capítulo, como o diálogo do banheiro, na qual as duas falam brevemente sobre os sete anos que Milena passou presa e sobre a improbabilidade do que está acontecendo entre elas, algo que nenhuma das duas jamais imaginou; ou o diálogo no campo de algodão, quando Jordana leva Milena para conhecer uma de suas muitas fazendas, que é a cena na qual Jordana fala sobre o casamento de sua mãe, as traições constantes do pai, a chegada de Diuzinho no dia do velório… nada que a Milena já não saiba, mas que vai criando um laço e um sentimento de confiança entre as duas – parece sincero, mas seria legal se, em parte, a Jordana também estivesse jogando. Mas não acho que ela desconfie de Milena.

Milena precisa lidar com duas coisas: primeiro, com a Luara, que foi demitida do Las Primas, não tem onde ficar e acredita que Milena “tem uma dívida com ela”; depois, com uma Jordana que está determinada a descobrir quem foi que matou o Egisto, porque já foi definido pela polícia que não foi um acidente e o carro foi sabotado… como foram encontradas fichas de caça-níqueis no carro de Egisto, meticulosamente plantadas por Milena e Luara, as suspeitas se voltam rapidamente para Jayme, já que ele e Egisto estavam tendo problemas por causa das máquinas que o Jayme queria comprar e não estava pagando a Egisto o quanto deveria, mas Jordana parece abandonar toda e qualquer desconfiança em uma conversa com Jayme quando o visita no pet shop…

E, agora, ela quer sua ajuda para descobrir quem matou Egisto.

Não sei se eu estou esperando demais ou se realmente existe alguma coisa se passando na mente de Jordana e de Milena que ainda não ficou claro… depois da visita do delegado à Jordana, ela conversa com Milena sobre Luara, e sobre como sabe que ela não é prima de Milena, e que a mãe de Milena não vai fazer cirurgia nenhuma – e Milena é esperta em contar a verdade, omitindo o que é necessário, tentando manter o sentimento de confiança, enquanto as desconfianças sobre o assassinato de Egisto acabam recaindo sobre Luara, mas sem que essas mesmas desconfianças respinguem em Milena. Será possível que as duas estejam jogando naquele diálogo, e se manipulando mutuamente? Ou Jordana realmente acredita em tudo o que Milena diz?

Não sei… os próximos dois capítulos de Milena me dirão.

 

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