Merlin 3x04 – Gwaine

O que caracteriza a nobreza?

Gosto muito de como “Merlin” vai introduzindo os futuros Cavaleiros da Távola Redonda durante a sua narrativa… se temporadas anteriores nos apresentaram a Lancelot, por exemplo, esse episódio, como o título sugere, nos apresenta a Gwaine: um jovem bonito, carismático, que luta bem… e que detesta a nobreza. “Gwaine”, o quarto episódio da terceira temporada de “Merlin”, foi exibido originalmente em 02 de outubro de 2010, e começa com o Arthur e Merlin chegando a uma taverna distante na qual o Príncipe quer “ser tratado como um simples plebeu” – pelo menos é o que ele diz, inicialmente, mas ele não fica lá tão contente assim quando descobre que o elogio feito pela garota que vem atendê-los à mesa não foi para ele, como é de costume.

Eventualmente, o Príncipe Arthur não consegue se impedir de entrar em uma briga para defender as pessoas da taverna de um valentão qualquer, e ele e Merlin se veem rapidamente em problemas quando eles são minoria e não têm a menor chance de vencer aquele “desafio” – e é então que Gwaine entra em ação, talvez mais porque ele goste de uma boa briga do que qualquer outra coisa… agora, Arthur tem uma dívida de gratidão eterna a Gwaine, porque ele salvou a sua vida, e Gwaine, por sua vez, descobre que não fazia questão de tê-lo salvo. Quando ele desperta na casa de Merlin, para onde foi levado para que o Gaius pudesse olhar seus ferimentos e curá-lo, ele diz que não teria salvado a vida do rapaz se soubesse que ele era o Príncipe Arthur.

A introdução de Gwaine na série funciona muito bem – e já percebemos que “Merlin” faz questão de colocar sempre atores muito bonitos para interpretar os futuros Cavaleiros da Távola Redonda… quer dizer, Gwaine é DE TIRAR O FÔLEGO, sabe?! Gwaine se diverte um pouco por Camelot, corteja Gwen quando a encontra na rua, sem imaginar que ela é a garota por quem o Príncipe Arthur está apaixonado, e bebe bastante em uma taverna local, para que a conta caia sobre Arthur… e, mesmo agradecido por ele ter salvo a sua vida, Arthur coloca Gwaine e Merlin para limpar as botas de todo o exército como uma forma de pagarem pela conta de bebida que ele teve que assumir na taverna. E isso é bacana, no fim das contas, porque proporciona momentos de Merlin e Gwaine.

Tudo é rápido, porque essa primeira participação de Gwaine se resume a apenas um episódio, mas ainda assim há muito sendo apresentado ali, e eu gosto de como uma amizade sincera parece surgir entre ele e Merlin – o sorriso de Merlin estampa sua admiração, e ele sabe que Gwaine poderia ser um Cavaleiro se ele quisesse, porque seu pai foi um… Gwaine não tem um bom histórico com a realeza, no entanto, então ele se recusa a trabalhar para eles, e não pensa em obedecer a ordens de Uther Pendragon. Ele acha, inclusive, que nenhum nobre mereceria a sua vida perdida em batalha para defendê-lo, e aos poucos ele vai entendendo que talvez o Merlin tenha razão e talvez o Arthur seja diferente… ainda possivelmente um pé no saco, mas não tão ruim assim.

Nesse episódio, a vida de Arthur corre perigo quando um duelo supostamente “amistoso” se aproxima, mas ao invés de Sir Oswald, que deveria ser o seu oponente, ele recebe a visita de Dagr, o cara que ele enfrentou na taverna, e que está usando magia para se passar por outra pessoa e matar o Príncipe Arthur durante o confronto de espadas. Inicialmente, Merlin detesta a maneira como é tratado por “Sir Oswald”, mas eventualmente ele percebe que existe mais do que isso, porque ele descobre uma espada que parece sem corte ao olhar, mas é afiadíssima, e que Gwaine garante que é fruto de magia. Quando Merlin entra escondido no quarto de “Sir Oswald” em busca da espada como prova do que diz, ele também descobre o cristal em seu pescoço…

Ali, as coisas viram de cabeça para baixo quando Dagr desperta, e a vida de Merlin teria sido ceifada se não fosse pela astúcia e rapidez de Gwaine, que vem em seu resgate – e acaba sendo expulso de Camelot por Uther Pendragon. Dagr/“Sir Oswald” faz de tudo para pedir a cabeça de Gwaine, mas Arthur intercede por ele junto ao pai, e o que ele consegue é que Gwaine seja “apenas” exilado do reino… o que, de certa maneira, prova a Gwaine que Arthur de fato merecia ter tido sua vida salva, ele não é tão ruim quanto outros nobres que conhecera. Gwaine parte, porque não tem escolha, mas pede que Merlin fique de olho e cuide de Arthur, porque ele está correndo perigo. E, de fato, atentados contra a vida do Príncipe Arthur são feitos durante o duelo.

Felizmente, Arthur Pendragon tem pessoas que se importam com ele… o Merlin, que está sempre ali por perto, salvando a sua vida e nunca recebendo o merecido crédito por isso; e, agora, o próprio Gwaine, que volta escondendo a sua identidade durante o duelo, salvando a vida de Arthur mais uma vez. E, mesmo depois que a magia é exposta e fica provado que Uther estava errado a respeito de Gwaine, ele não retira a sua ordem, o que quer dizer que Gwaine não pode retornar a Camelot – pelo menos não enquanto Uther Pendragon for o rei, porque Arthur diz claramente que seu pai está errado em sua decisão, o que é algo que talvez ele não diria em voz alta, algum tempo atrás. E gosto de como isso está avançando e se construindo para o futuro de “Merlin”.

Que série incrível, sempre!

 

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