Doctor Who (4ª Temporada, 1966) – Arco 030: The Power of the Daleks, Parte 2

“I think we better get out of here before they send us the bill”

Daleks vêm e vão… na série e no gosto do público. Eu acho inegável que os Daleks são um dos vilões mais icônicos de “Doctor Who”, mas eu também acho que, lá no começo, a série se empolgou demais com o sucesso que eles fizeram em sua primeira história (a segunda da série como um todo) e não deixou que a sua imagem descansasse – particularmente, eu estou justamente naquela fase em que penso: “Ah não, mais uma história de Daleks”. Eu gosto deles, mesmo, mas a série não está nos dando a oportunidade de sentir a falta deles, e perdeu aquela sensação de “Meu Deus, os Daleks voltaram!”. Inclusive, os Daleks estarão de volta ainda nessa mesma temporada, no último arco… e, para ajudar, as histórias com Daleks tendem a ser mais longas.

(E, para mim, o número ideal de episódios por arco é quatro)

Em “The Power of the Daleks”, os Daleks reapareceram em Vulcan, uma colônia do planeta Terra onde cientistas cometeram o erro de insistir em estudá-los e acreditar nessa história de que “eles são seus servos”. Embora o Doctor esteja tentando alertar os cientistas desde o começo, Lesterton só percebe o erro que cometeu quando já é tarde demais – quando os Daleks já estão pensando e agindo por conta própria, não necessariamente obedecendo ordens… e, naturalmente, os Daleks têm um plano em mente! O Doctor chegou a dizer que “nada está além deles se eles tiverem os materiais corretos”, e a colônia os está providenciando sem fazer muitos questionamentos, sem perceber que os Daleks estão produzindo novos Daleks em série, em uma linha de produção.

Muitos e muitos outros Daleks.

“The Examiner was right. Right all the time”

Lesterton chega a se sentir culpado, diz que “foi ele quem começou isso”, mas eu sou daquelas pessoas que, no lugar do Doctor, teria dito: “Eu avisei”. Falta de aviso não foi! Para piorar a situação, a colônia está quase em “guerra”, com um grupo de rebeldes que querem tirar o atual governador do poder, e que acredita que pode usar os Daleks para isso – cometendo o mesmo erro de acreditar que eles estão no comando, quando os Daleks não obedecem a ordens de ninguém, e não fazem nada que não beneficie a eles próprios… os Daleks eventualmente “mostram a sua verdadeira face”, atacando e matando humanos, e soltando frases como “Daleks conquer and destroy!” e, é claro, o angustiante “Exterminate! Exterminate! Exterminate!” que se eternizou em “Doctor Who”.

Felizmente, a colônia tem um Doctor – e o Doctor tem um plano. Não há nenhuma grande novidade no plano do Doctor, que sobrecarrega a fonte de energia para fazer com que os Daleks explodam, mas é legal ver o Segundo Doctor em ação… e eu gosto do fato de o Doctor ainda ser menos cuidadoso do que ele tenta ser no futuro. Ele salva a colônia, mas os mal-agradecidos ainda têm do que reclamar por ele ter causado dano à fonte de energia da qual eles dependem, e agora eles terão que trabalhar por meses em recomeçar e reconstruir, até que a colônia volte ao “normal”, mas hey! É só graças ao Doctor que ainda existe uma colônia. De todo modo, o Doctor, Ben e Polly correm para a TARDIS “antes que resolvam mandar a conta” e partem para a sua próxima aventura…

 

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