Doctor Who (4ª Temporada, 1966) – Arco 031: The Highlanders

Escócia, Século XVIII.

Escrito por Elwyn Jones e Gerry Davis e dirigido por Hugh David, “The Highlanders” é o quarto arco da quarta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 17 de dezembro de 1966 e 07 de janeiro de 1967, em quatro partes – nenhuma delas sobreviveu e tudo o que temos do arco atualmente são reconstruções. Depois de enfrentar Daleks já no seu arco de estreia, o Segundo Doctor, interpretado por Patrick Troughton, ganha agora o seu primeiro arco histórico, e esse é o último arco puramente histórico da série por muito tempo. Embora não figure entre os meus favoritos, “The Highlanders” tem boas ideias, bem como uma dinâmica boa para o Doctor e para os seus companions, tendo em vista que ninguém fica parado esperando resgate

Todo mundo está sempre fazendo alguma coisa.

O destino da materialização da TARDIS dessa vez é a Escócia em 1746, pouco depois da Batalha de Culloden, e embora talvez haja uma esperança de Ben e Polly de que “eles foram levados de volta para casa”, eles descobrem rapidamente que não estão nem em casa nem no seu próprio tempo… e, como era de se esperar, o Doctor e seus companions se veem no meio de um conflito, são capturados, precisam escapar da morte e de ser vendidos como escravos – uma aventura típica de “Doctor Who”, se você me perguntar. É uma pena que o arco exista apenas como reconstrução, porque parece muito divertido assistir aos planos que o Segundo Doctor pensa, em particular o fato de ele ter uma inclinação a se fantasiar e sair de umas enrascadas dessa maneira…

Todo o contexto histórico da Escócia no Século XVIII traz o conflito entre Highlanders e Casacas Vermelhas, e o Doctor, Ben e Polly estão no meio disso tudo, são capturados, são separados… e eu acho que todas as histórias paralelas dos personagens principais acabam funcionando muito bem. Polly acaba presa com Kirsty em um buraco e é simplesmente maravilhoso ver ela tomando iniciativas e ensinando algumas coisas para a Kirsty – eu amo que ela simplesmente consegue enganar o Tenent Ffinch e fazer com que ele mesmo caia na armadilha, por exemplo. Enquanto isso, o Doctor também está dando seu jeito de escapar, o que envolve se fantasiar de uma velha, e eu ADORO o fato de que, depois de reencontrar Polly, o Doctor simplesmente quer tirar uma soneca.

Quer dizer, está no meio de toda a confusão, ainda tem coisa a resolver…

MAS ELE PRECISA DA SONECA DELE. É tão absurdo que é genial!

Enquanto isso, Ben foi capturado e está preso no Annabelle, o navio do Capitão Trask, e ele está prestes a ser vendido como escravo… e o Ben não pode ficar parado esperando que alguém o salve em algum momento, então ele encontra uma maneira de fugir ele mesmo, no momento em que ele é jogado na água amarrado – o que eu imagino que deve ter sido uma cena desesperadora para quem teve a oportunidade de assisti-la quando ela foi ao ar, e não apenas como reconstrução como temos hoje em dia… mais tarde, Ben explica que ele escapou usando “o truque de Houdini”, e isso me traz um sorriso especial porque nos lembramos de como encarnações mais recentes do Doctor falam sobre Houdini. Eu diria que esses dois têm histórias, sabe?

Por fim, o arco tem uma finalização bacana com o Doctor conseguindo salvar os Highlanders que estavam prestes a ser vendidos como escravos, e o mais importante que vem desse arco, acredito, é o fato de que GANHAMOS UM NOVO COMPANION. Tanto Ben quanto Polly seguem a bordo da TARDIS no fim do episódio, mas eles ganham mais uma companhia: Jamie McCrimmon. Afinal de contas, o Doctor não pode deixá-lo ali à sua própria sorte, pode? Gosto do conceito de termos na TARDIS um companion que não vem da época de exibição da temporada: Jamie é um homem do Século XVIII, e essa é uma premissa bacana. Estou curioso para ver que tipo de aventuras ele ainda vai ter ao lado do Segundo Doctor… e, agora, vamos a “The Underwater Menace”.

 

Para mais postagens sobre o Segundo Doctor, clique aqui.
Para todas as publicações sobre “Doctor Who”, clique aqui.

 

Comentários