I Hear the Sunspot – Episode 9

Futuro.

Taichi e Kohei são convidados a pensar sobre o futuro… e eu adoro como, racionalmente ou não, um interfere no futuro do outro – eles não precisam pensar diretamente um no outro, porque a maneira como um transformou o outro nesses meses de convivência é tão profunda que já se tornou parte de quem eles são, e essa é uma conexão e uma relação bonita que “I Hear the Sunspot” está construindo com maestria desde o primeiro episódio. Como eu sempre digo: eu adoro assistir a essa série, eu amo esses personagens, e eu gosto dos caminhos que eles estão encontrando… um com o outro ou rumo ao outro, de uma maneira ou de outra. Os dois certamente encontrarão problemas no caminho, até para dar mais dramaticidade à reta final da série, mas tenho certeza de que eles encontrarão uma saída.

Eles sempre encontram.

Maya, por exemplo… a presença de Maya ameaçou mudar a dinâmica entre Taichi e Kohei, e de fato a mudou durante algum tempo, mas os dois encontraram uma maneira de voltar ao que eles tinham antes, e que é tão importante e significativo para eles. É bom vê-los caminhar juntos pelo campus da universidade ou compartilhar o almoço, como fazem desde que a história dos dois começou, há muito tempo. Inclusive, uma das minhas cenas favoritas nesse episódio de “I Hear the Sunspot” vem logo no comecinho do episódio, quando Taichi e Kohei estão caminhando juntos, como antes, e Taichi avista Maya: a espontaneidade de Taichi querendo se esconder e puxando o Kohei para que ele se esconda com ele é simplesmente MARAVILHOSA, e eu adoro o quanto ele é verdadeiro!

Taichi não gosta da companhia de Maya… ele não gosta de como ela deliberadamente tenta afastar Kohei dele, nem da maneira como ela faz com que ele mesmo se sinta. Mesmo que não queira, Taichi fica sempre pensando se Kohei não tem mais coisas em comum com Maya, embora isso não signifique nada, no fim das contas. E, agora, a presença imposta de Maya em um almoço que devia ser apenas dos dois gera alguns momentos desconfortáveis de Maya pegando comida do prato de Taichi (sério!), ou de Maya sendo condescendente com Taichi porque não acha que ele tenha muita perspectiva de futuro – Kohei, por sua vez, está se preparando para a especialização que ele quer fazer na faculdade. Taichi nem sabe o que ele quer fazer ainda.

Separadamente, Kohei e Taichi também protagonizam cenas importantes do episódio… em uma delas, Maya fica incomodada com um comentário maldoso que ela escuta de algumas outras garotas da faculdade, e Kohei acaba se divertindo com o comentário, porque faz com que ele se lembre de como Taichi se comportou uma vez para defendê-lo – e ele sabe que é assim que ele se comportaria novamente se estivesse ali naquele momento, porque é assim que o Taichi é: ele não pensa, ele simplesmente age… sempre verdadeiro demais com o que ele sente. Gosto muito de ver a expressão de Kohei ao pensar no Taichi e falar sobre ele, e é justamente por isso que Maya não tem poder algum contra esse Taichi que habita a mente de Kohei: Kohei o conhece melhor do que ninguém.

Quiçá, melhor do que o próprio Taichi se conhece.

Porque Taichi acaba por duvidar de si mesmo… acaba por se perguntar se ele tem algum plano para o futuro. E mesmo que não tenha nada pensado em detalhes, Taichi é muito intenso e muito determinado. É isso o que o move e o que abre portas para o seu futuro! Quando Taichi se importa com algo, ele não mede esforços para conseguir aquilo em que ele acredita. Quando ele esbarra na rua no diretor de uma empresa que trabalha com língua de sinais, Taichi nem imagina a porta que está se abrindo na sua frente… e que só se abre justamente por causa de sua intensidade fascinante que convence as pessoas ao seu redor. Ele é a visão empática que a empresa, curiosamente, talvez não tenha: eles tratam tudo como um trabalho, mas Taichi se importa de verdade…

E isso pode fazer toda a diferença.

E, por isso, Taichi recebe uma proposta de emprego! Eu não poderia estar mais orgulhoso.

 

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