Kidnap – Ep. 01: Real Stunt

Mais um dublê queridinho para os BLs!

Eu preciso ser extremamente profissional aqui e começar o meu texto dizendo: COMO O OHM É BONITO, NÉ?! No último dia 06 de setembro, estreou o mais novo BL da GMM, com estreia, também, pela Netflix no Brasil – o que eu considero um passo importante para a popularização do gênero, e estou torcendo muito para que seja um grande sucesso! “Kidnap”, protagonizado por Ohm (Pawat Chittsawangdee) e Leng (Thanaphon U-sinsap), era uma das séries mais esperadas por uma galera do Mundinho BL (e eu me incluo nessa lista), e eu sinto que ela entregou um primeiro episódio envolvente o suficiente para nos prender… mas eu também confesso que eu sou completamente apaixonado pelo Ohm, então sabe-se lá se minha opinião é inteiramente confiável.

Ohm interpreta Min, um dublê sem dinheiro – onde é que eu já vi isso antes? – que talvez precise aceitar a proposta estranha do amigo de “um trabalho com arma de verdade”. O primeiro episódio, de aproximadamente 41 minutos, consegue fazer uma boa apresentação de seu protagonista, a ponto de sentirmos que o conhecemos… e, inclusive, conseguimos prever como ele vai agir na conclusão do sequestro que dá título à série, e que é muito mais um mote para empurrar a trama do que o tema principal da série – pelo menos foi essa a minha impressão. O episódio é curiosamente divertido e entrega o carisma que já esperávamos… sinto que, ao fim de um episódio, eu estou investido na trama e curioso para ver como as coisas se desenvolvem entre Min e Q.

Mas também expresso, aqui, um medo: são 12 episódios, as coisas não podem ser tão rápidas!

Pensemos nisso depois…

Não tem jeito: o Ohm tem CARISMA, e isso é valiosíssimo quando se apresenta um personagem – além disso, o roteiro encontrou uma estratégia descarada para colocar o Ohm sem camisa nos primeiros dois minutos de episódio e eu é que não vou reclamar disso. É muito fácil entender o Min através de cenas-chave que não são grandes novidades nem nada disso, mas que funcionam bem: o vemos em seu trabalho como dublê, ganhando muito menos do que ele gostaria de ganhar; o vemos sendo legal com seu irmão, que está prestes a sair do hospital e, portanto, cuja conta ele precisa pagar; e o vemos ser cobrado na frente da casa que ele está tentando vender desesperadamente, por um dinheiro que ele deve. Todas as cartas colocadas rapidamente sobre a mesa.

A grande decisão de Min acontece quando uma audição não vai muito bem… com a chance de ganhar 10 vezes mais do que ganha por seus trabalhos convencionais como dublê, Min se esforça para conseguir um papel que também vai ter algumas falas, mas tudo começa a dar errado antes mesmo de ele entrar para a audição – quando ele esbarra em Q do lado de fora do prédio. É um primeiro encontro curioso… Q derrama café na camisa de Min (típico), e Min sai andando com o relógio enroscado na blusa de lã finérrima de Q (não tão típico assim), que vai se desfazendo. É um tanto cômico, um pouco absurdo, mas é justamente por isso que é tão bom! Talvez teria sido legal ter colocado o Q com uma blusa vermelha, para ficar um fio vermelho conectando os dois?

Enfim…

É depois de não conseguir o papel que era “sua grande chance” que Min pergunta a James qual é o trabalho “com uma arma de verdade” – afinal de contas, ele PRECISA urgentemente do dinheiro! Estou bem curioso para ver como essas outras tramas, além do romance, vão se desenrolar nos próximos episódios… James leva Min ao “Hidden Dragon”, que é onde “ele faz os seus negócios”, e Min “esbarra” com um dos homens que estivera na casa de Q mais cedo, para tentar oferecer suborno ao pai de Q, que é um policial (!), e o ameaçar veladamente. Olha aí como as coisas vão ficando intricadas! É por isso que o futuro de “Kidnap” é promissor! E, é claro, o romance meio caótico que vai começar de maneira incomum também é algo que me interessa.

Min não é um criminoso… e Q não é um completo babaca como ele parecera inicialmente. O trabalho do qual James falara é um sequestro, e é claro que Min é colocado para sequestrar Q – curiosamente, eu acredito nessas coisas de “mundo pequeno” e nem sempre essas são coincidências que só acontecem na ficção. E, ao passar o dia observando Q, Min vai descobrindo que ele não é uma pessoa tão ruim… a cena do Min observando o Q tocar violão na loja de instrumentos musicais é DE TIRAR O FÔLEGO (Min fica completamente vidrado, é gostoso de se assistir!), e depois Min até acaba dando um sorriso enquanto assiste a um Q bêbado comprar todas as flores que uma criança está vendendo na rua e voltar ao bar para distribuí-las às pessoas.

Riquinhos babacas não fazem esse tipo de coisa.

Mas Min tem uma missão a cumprir… que talvez só é cumprida por causa de James. Depois de um momento clássico de BL no qual Min ajuda Q a não cair e os dois ficam olhando um para o outro (se o Ohm me olha assim, eu não sei nem o que acontece), James aparece batendo em Q para desmaiá-lo e concretizar o sequestro. É tão evidente que Min não sabe o que ele está fazendo (e Q tenta usar isso ao seu favor, pedindo água para fazer com que ele se aproxime), mas James o deixou com uma arma na mão, que é o que ele pode precisar usar para fazer com que Q fique quieto. Infelizmente, vou ter que dizer: quando o Min segurou aquela arma com o pescoço todo tensionado e lindo, eu entendi o que a Britney Spears queria dizer com “Mama, I’m in love with a criminal”.

No fim das contas, os planos mudam… enquanto Q tenta convencer Min a soltá-lo, prometendo pagar o dobro do que lhe ofertaram, James liga para dizer que o “cliente” quer que ele atire em Q – e todos nós sabíamos que ele não teria coragem de fazer isso. Mas ele precisa fazer parecer que fez… então, ele se aproxima de Q para tapar a sua boca e atira, para fingir que “fez o trabalho”, mas isso quer dizer que Q não vai poder “simplesmente aparecer vivo” tão cedo. E é aí que começa uma espécie de convivência forçada e uma possível Síndrome de Estocolmo, mas isso fica para os próximos episódios. Eu ADOREI a estreia de “Kidnap”! Gostei das atuações, achei o clima e o ritmo da série muito bons, e estou curioso com os rumos que essa trama tomará!

Vamos ver!

 

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