Kidnap – Ep. 02: Sleepwalker
Aos cuidados do sequestrador.
Provavelmente
o Q tem razão e o Min é o pior
sequestrador do mundo, mas é justamente o absurdo de toda essa situação que
acaba tornando a série carismática… sigo gostando muito de “Kidnap”, e “Sleepwalker”
é um episódio que dá passos importantes na construção da futura relação entre
Min e Q, dentro de todo esse caos de “Min ter sequestrado o Q, mas ter salvado
a sua vida quando mandaram matá-lo”. A série tem um tom diferente do que muita gente esperava, provavelmente mais leve do
que o tema sugere, mas as mudanças que parecem ter sido feitas no conceito da
série não tiraram a ação e toda a trama que motivou esse sequestro: temos
aquela batalha entre a polícia e os traficantes como pano de fundo, com a
diferença de que Min não é um deles…
Ele é só um
cara de bom coração que estava desesperado para ajudar o irmão!
Quando Min
se recusa a atirar em Q conforme a ordem que recebe, ele o leva para a sua
própria casa, dizendo que ele vai ter que ficar escondido ali por um tempo,
pelo menos “até ele resolver as coisas”: afinal de contas, ambos serão caçados se descobrirem que Min não o matou… Q porque já
tem gente que o quer morto; e Min por ter desobedecido às ordens e mentido,
ainda por cima. Confiar em Min não é algo que Q pretende fazer com muita
facilidade, no entanto – quer dizer, supostamente. Se pararmos para pensar, as
coisas mudaram depressa entre Min e
Q, ainda mais se levarmos em consideração que estamos apenas no SEGUNDO
episódio de “Kidnap” e, portanto, tem
muita coisa a acontecer. Mas estou bem curioso para ver os rumos da série!
Como era de
se esperar, Q tenta fugir… e ainda que seja “o pior sequestrador do mundo”, Min
consegue impedir que ele o faça. O clima, no entanto, não é tão de ameaça quanto
Min finge que é, e ele vai sendo cada vez
mais fofo durante todo o episódio – o fato de sermos apaixonados pelo Ohm
também atrapalha o nosso julgamento, reconheço. A estranha proximidade entre os
dois vai se construindo através de uma variedade de cenas, como quando Min pede
que Q colabora com ele para “mandar evidências de sua morte para as pessoas que
o querem morto” ou quando ele briga com Q para tirar uma blusa que tinha sido
presente do seu irmão e que tem valor sentimental para ele… mas Min passa de
todos os limites da fofura ao descobrir o sonambulismo de Q.
Q é
sonâmbulo, o que quer dizer que Min tem
que ficar de olho nele não apenas para tentativas conscientes de fuga, mas
também para quando ele vaga sozinho pela noite sem saber o que está fazendo e
quase cai da escada, por exemplo… o Min vai à internet pesquisar a respeito de
sonambulismo e o que fazer para ajudar pessoas que sofrem disso, e então ele
passa uma noite exaustiva tomando
conta de Q: tirando coisas pontudas do caminho, trancando a porta, levando-o de
volta para a cama e o colocando para dormir… destaque para dois momentos: um
deles quando, com as mãos amarradas, Min segura a mão de Q para dormir; outro,
quando Min abraça Q apenas para poder tentar contê-lo e impedir que ele saia andando
pelo quarto mais uma vez…
A dinâmica
muda um pouco quando o irmão de Min,
Mhen, retorna para casa de sua cirurgia… e a presença de Mhen é
extremamente importante para construir a história que “Kidnap” quer contar. Por um lado, Mhen encontra Min e Q brigando
na cama e acha que eles estão fazendo
outra coisa (porque realmente parece que eles estão se pegando), e depois fica falando sobre como “o Q é o tipo de Min
mesmo” e coisas assim; por outro, porque a presença de Mhen ajuda o Q a
entender o porquê de Min ter aceitado
o trabalho de sequestrá-lo, mesmo que ele claramente não saiba o que está
fazendo e não seja um criminoso, e Q também vê a maneira como Min é carinhoso e
cuidadoso com o irmão – na verdade, como ele curiosamente tem sido com ele
também.
Mhen fala
sobre como Min cuida quando ama alguém.
Quando Min
precisa sair para pegar o dinheiro pelo “trabalho” que, no fim das contas, ele
não fez, ele deixa Q aos cuidados de Mhen – e cuidando dele –, o que seria a
oportunidade perfeita para o Q escapar… e é o que ele faz. Depois de ver na
televisão uma matéria sobre como o pai, um policial famoso, sofreu um atentado
que é claramente uma mensagem, Q
deixa a casa de Min para procurar o pai e para pedir que ele deixe de
investigar essa gangue de traficantes de heroína. O pai não planeja fazer isso,
no entanto, porque ele acredita que ele “não pode pensar mais em sua própria
vida” do que cumprir a sua missão como policial, ainda que isso coloque não
apenas a sua vida em risco, mas também a do seu filho… então, Q resolve voltar
atrás de Min…
Dessa vez,
ele vai até ele.
“Kidnap” é inusitada… meio inesperada. Mas, como eu disse, eu estou
gostando bastante! Não teremos, aqui, um “dark romance”, e me admira a suavização que eles conseguiram na
premissa da série – mas me admiraria ainda mais que a GMM entregasse uma
narrativa ao estilo de, sei lá, “KinnPorsche”,
porque não faz o tipo da empresa. Acho que gostar ou não gostar de “Kidnap” depende muito do que você está
esperando e do que você está disposto a aceitar… eu, particularmente, estou
envolvido. Não acho que vá ser uma grande revolução do gênero nem nada, mas eu
gosto muito do Ohm, achei a dinâmica dele com o Leng muito boa nesse segundo
episódio (!), e eu acho que a série tem carisma,
o que eu considero um ponto importantíssimo. Estou curioso!
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Me convenceu hehehe
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHA Sensacional
ExcluirMeses atrás o diretor da série disse no X que o Min será Sequestrador mais gentil de todos tempos, e assim ele é, tô amando a série inclusive meu sonho é ser Sequestrado pelo Min💖
ResponderExcluirEle é mesmo extremamente gentil... todo apaixonadinho e cuidadoso já kkkkkk (Quem não quer um Min desse jeito aí? 😅)
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