O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (Terminator 3: Rise of the Machines, 2003)
“All I know
is what the Terminator taught me: never stop fighting. And I never will”
Antes de
mais nada: aquele final que James Cameron deu a “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final”, em que a Skynet
foi destruída, John Connor pôde viver uma vida normal e Sarah Connor ficou
velha e conheceu os netos? Ele precisa ser inteiramente
ignorado para que “O Exterminador do
Futuro 3: A Rebelião das Máquinas” possa existir. Com direção de Jonathan
Mostow, o terceiro filme da franquia foi lançado em 2003 e parte do pressuposto
de que, mais cedo ou mais tarde, o dia do julgamento
final chegaria e uma guerra entre humanos e máquinas era inevitável. De um
lado, as máquinas lideradas pela Skynet, a Inteligência Artificial que se
tornou autônoma; de outro, a Resistência humana liderada por John Connor e
todos os seus seguidores.
“A Rebelião das Máquinas” é um filme
interessante da franquia… se dedica primordialmente a ser um filme de ação e se
importa pouco com a vibe mais ficção científica que fez sucesso no
segundo filme da franquia, mas ainda é uma batalha interessante entre humanos e
máquinas – com um final muito mais dramático
e desesperançoso que os filmes
anteriores. Acho que o principal problema que o filme enfrenta (e isso faz com
que ele tenha uma aceitação razoavelmente baixa
por parte da crítica e do público se comparado aos seus antecessores) é
justamente o fato de “O Julgamento Final”
ser um verdadeiro MARCO do cinema, e ser uma sequência que de fato expande o universo do “Exterminador do Futuro” original, de
maneira orgânica e inteligente.
Como um
filme de ação, eu diria que “A Rebelião
das Máquinas” é um filme competente. Como mais um capítulo da franquia “O Exterminador do Futuro”, eu diria que
é um filme decente, apesar de negar o final redondinho pensado no filme
anterior. Mas sinto, inevitavelmente, que ele não agrega o suficiente ao universo da franquia como um todo, e
parece mais uma repetição do que foi feito e deu certo nos filmes prévios: uma
exterminadora enviada do futuro pela Skynet, a T-X, e o Arnold Schwarzenegger
de volta como o T-101, enviado pela Resistência para proteger a vida de John
Connor (que já foi alvo de Exterminadores do Futuro duas vezes antes: a
primeira antes de nascer, e a segunda no início da sua adolescência), em uma
batalha intensa e sem fim.
Sem Sarah
Connor, que morreu em 1997 nessa linha do tempo (ela ficou viva por tempo o
suficiente para garantir que o Julgamento Final não aconteceria, sem saber que
o que fizeram apenas “adiou” o dia da rebelião das máquinas para algum momento
do futuro, em breve), dessa vez acompanhamos um John Connor no início da vida
adulta, um tanto transtornado com tudo o que ele viveu, tudo o que ficou
sabendo e a falta de propósito que pode ter tomado conta da sua vida quando ele
“perdeu sua importância” como líder da Revolução, sem uma Revolução para
começar, e Katherine Brewster, a futura esposa de John, segunda em comando na
Revolução, e mãe dos filhos que em algum momento também serão importantes na
luta contra as máquinas…
A grande
vilã do filme, dessa vez, é a temível T-X, uma Exterminadora de última geração que foi enviada para
matar todos os tenentes de John Connor
– como a Skynet não sabe a localização de John Connor no início dos anos 2000,
eles optam por matar todas as pessoas importantes que lutarão ao seu lado e
terão grandes papéis na resistência humana contra o ataque das máquinas.
Durante um tempo, a T-X segue uma lista de pessoas que ela precisa matar (e
mata sem grandes problemas), até que ela se depare com o próprio John Connor e
mude a própria missão… e é por isso que o T-101 precisa fazer de tudo para
protegê-lo, em uma série de sequências de ação com muita explosão, carros
tombando, tiros e tudo o que um filme como “O
Exterminador do Futuro” tem direito.
O T-101,
embora interpretado novamente por Arnold Schwarzenegger, não é o mesmo enviado
nem no primeiro nem no segundo filme, como sabemos… apenas outro Exterminador do mesmo modelo, modificado pela Resistência.
Assim, ele não tem recordações da conexão com John Connor e tudo o que ele o
ensinou na adolescência, mas isso não quer dizer que o T-101 não tenha algumas
cenas icônicas, como a sua chegada nu em um bar de strip, onde ele aprende o “Talk
to the hand” (!), ou mesmo a sequência em que a T-X tenta usá-lo para matar
o John Connor, mas ele luta contra si mesmo para protegê-lo, permitindo que
John e Kate escapem em um avião rumo ao lugar que acreditam ser a base da
Skynet, para que possam destruí-la antes do Dia do Julgamento Final…
Que é naquela noite, às 18:18.
No fim, o
T-101 consegue cumprir a sua missão, que é salvar as vidas de John Connor e
Kate Brewster, mesmo que, para isso, ele
precise enganá-los. Não existe uma central para a Skynet que possa ser
destruída: a Skynet é um “vírus” que já infectou os computadores de todo o
mundo, não há nada que eles possam fazer para impedir o Dia do Julgamento
Final… dessa vez, ele acontece, com os bombardeamentos começando às 18:18, como
o Exterminador anunciara, matando bilhões de vidas humanas e sendo a ascensão
das máquinas. John e Kate estão à salvo em um bunker secreto, onde deveriam estar, porque, agora, a missão deles
será liderar uma Revolução humana – e esse é apenas o começo da história. Chegou a hora de pôr em prática tudo aquilo
para que John Connor foi treinado durante toda a vida…
Humanos vs
Máquinas.
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