The Hidden Moon – Episódio 1
“Se você prender a respiração, os fantasmas não podem
te ver”
Não foi a
estreia arrebatadora que eu imaginei que seria… MAS eu estou curioso o
suficiente para retornar no próximo episódio e acompanhar que caminhos essa
trama pretende trilhar – já com algumas teorias em mente, que me remetem a
filmes como “Os Outros”, “Os Fantasmas Se Divertem” ou séries
como “American Horror Story: 1984”.
Sinto que toda a parte introdutória do episódio é longa demais (não vou dizer “mais longa do que deveria ser” porque
imagino que ela desempenhará o mesmo papel que a primeira vez que vemos um
ciclo em um time loop desempenha), o
que acaba por tornar o episódio arrastado,
e nos passa a sensação de que não estamos indo a lugar nenhum… pelo menos até
quando paramos para pensar e avaliar algumas coisas…
Vai ser
necessário julgar esse início de série colocando lado a lado o primeiro e o
segundo episódio, que deve dar passos importantes dentro da narrativa para
situar o espectador, e o fato de “The
Hidden Moon” ser baseada em uma história da mesma autora de “I Feel You Linger in the Air” me faz
querer estar aqui para conferir. Aqui, acompanhamos a história de Khen e seu
grupo de amigos, que vão visitar uma antiga casa supostamente mal-assombrada
para decidir se ela atende aos requisitos esperados para se tornar parte do
circuito turístico intencionado por um cliente… espera-se que a casa tenha uma
energia mais sombria e que ela tenha
“uma boa história para contar”, e cabe a eles a investigação em busca de boas
histórias de “fantasmas”.
Muito do
episódio gira em torno desse grupo de amigos/colegas de trabalho explorando a
casa e alguns lugares que ficam por perto, e eu entendo o seu intuito narrativo
dentro da teoria que envolve o eventual acidente de carro, mas ainda assim eu
não acho que foi a coisa mais
interessante de se assistir… toda a dinâmica do grupo não parece, ainda,
familiar o suficiente porque acabamos de
conhecer esses personagens, e a série nos entrega várias interações que
ainda parecem vazias, de personagens cujas individualidades não conhecemos – me
arrisco a dizer que conhecemos mais de Bing do que do próprio Khen, que é o
protagonista de “The Hidden Moon”.
Bing tem toda essa coisa de ser sensitivo, de não querer dormir sozinho e, se
eu estiver certo, de gostar de Khen…
Vem aí um
triângulo amoroso de Khen, Bing e Mas?
Sinto que o
episódio começa a nos empolgar de verdade
no momento DO ACIDENTE DE CARRO. E, ali, surge uma dúvida: eles desviaram mesmo daquele outro carro no último momento ou o
acidente chegou a acontecer? Me parece bastante claro que houve, sim, um
acidente… minha teoria é de que “The
Hidden Moon” vai trabalhar com um grupo de fantasmas que ainda não sabe que está morto. A
sensação que o episódio passou é de que Khen e os demais não estão vivos quando
eles retornam para a casa “mal-assombrada”, e a prévia do próximo episódio nos
mostra que eles estão “presos” sem poder sair das dependências da casa ou dos
lugares próximos que visitaram… e, nesse caso, a longa sequência inicial se justifica pela repetição que veremos
agora…
Nos lugares,
nos objetos, nas comidas…
Tal qual acontece em histórias de time loop.
Outro bom
momento do episódio vem quando Khen acorda assustado no meio da noite, ouvindo
um barulho de chuva e vendo um fantasma, e vai acordar Toh e Bing para falar
com eles – e é o Toh, sonolento, quem diz a Khen que “as pessoas dizem que os
fantasmas não podem te ver se você segurar a respiração”, mas ele dá de ombros
quando Bing pergunta quem são essas “pessoas” que dizem isso… preciso confessar
que eu não pude deixar de amar o Toh
no momento em que ele dá de ombros ali, tá? Mas pode ser um conselho interessante? Afinal de contas, é um
conselho que Khen eventualmente coloca em prática, quando ele está frente a
frente com alguém que ele acredita que é um fantasma… e que provavelmente o é,
mas talvez não apenas ele.
A primeira
“interação” entre Khen e Mas acontece de maneira curiosa… Mas se levanta do
piano, como se estivesse ouvindo ou sentindo
alguma coisa, e procura pela sala e ao redor de Khen, que segura a respiração
enquanto pode, esperando que o conselho de Toh tenha algum fundamento – e,
quando ele para de segurar a respiração, Mas aparece na frente dele,
perguntando o que ele está fazendo ali.
“The Hidden Moon” me deixou curioso
para saber como será construída essa relação entre Khen e Mas a partir de agora,
e Mas ainda é um personagem enigmático que vimos pouquíssimo nessa estreia, então ainda não sei o que esperar dele,
além do fato de ele ser um exímio pianista e ter dedos admiravelmente longos.
Estou ansioso para conhecê-lo.
Foi uma
estreia imperdível? Não foi. Acho que o episódio não tinha necessidade de ter
57 minutos, e acho que ainda que o restante da série confira significados a
algumas das cenas do início desse episódio, elas foram um pouco cansativas e eu
estava a ponto de me distrair a todo momento… tem potencial, no entanto? É
claro que tem. Uma história da mesma mente de quem escreveu “I Feel You Linger in the Air”
certamente merece uma chance! Acredito que estamos lidando com fantasmas que
não sabem que são fantasmas, e esse é um tema do qual eu gosto bastante, e vai
ser legal vê-los tomar consciência disso; e eles possivelmente estão presos
dentro daquele espaço, tal qual em “American
Horror Story: Murder House”. Teremos que seguir para ter opiniões mais bem
embasadas.
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