The Lord of the Rings: The Rings of Power (Os Anéis de Poder) 2x01 – Elven Kings Under the Sky

 

“It all began with the forging of the Great Rings. Three were given to the Elves… immortal, wisest and fairest of all beings. Seven, to the Dwarf Lords, great miners and craftsmen of the mountain halls. And nine, nine rings were gifted to the race of Men, who above all else desire power”

 

ESTAMOS DE VOLTA À TERRA-MÉDIA! Dois anos depois da estreia de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, a segunda temporada nos leva de volta à história em dois momentos diferentes – primeiro, a uma espécie de prólogo no qual podemos ver um pouco mais do passado de Sauron, a ascensão de Adar e os eventos que levaram ao encontro com Galadriel na temporada anterior; depois, ao momento depois do fim da primeira temporada, quando os três primeiros Anéis de Poder já foram forjados, e permanece a dúvida sobre eles terem sido corrompidos ou não, na forma de um confronto entre Galadriel e Elrond. É uma boa estreia, com a série sempre entregando visuais lindíssimos, mas vou confessar que o trailer no final me empolgou mais que o episódio todo

Parece que daremos bons passos ao longo dessa temporada!

A sequência inicial me pareceu fascinante… acompanhamos uma possível ascensão de Sauron que é interrompida pela traição de Adar, e sinto que toda aquela sequência sombria é uma boa maneira de mostrar o poder e a aparente invencibilidade do Senhor das Trevas. Afinal de contas, depois de aparentemente ser brutalmente assassinado, os “restos” do Sauron seguem sencientes, devorando qualquer criatura viva que ouse aparecer por perto, até que ele tenha força o suficiente para retornar à superfície e, eventualmente, tomar novamente uma forma que pareça humana… é a forma que conhecemos como “Halbrand” – inclusive, as cenas explicam como ele conseguiu tornar crível a mentira que contara a Galadriel para ser levado de volta à Terra-Média.

Gosto de como esse primeiro episódio brincou com esses dois momentos de Sauron… primeiro, o seu “renascimento” (quase a la “Doctor Who”), depois ele assumindo a identidade de Halbrand e encontrando Galadriel e, como dali em diante conhecemos a história, o momento em que ele retorna em busca de Adar – pronto para conseguir vingança e para retomar o que é seu. A jornada do “Rei”, que nem mesmo Adar sabe quem é realmente, rende momentos escuros e sombrios, mas eu estou mesmo curioso para ver esse Sauron crescendo… afinal de contas, sabemos de sua ameaça, mas passamos a primeira temporada toda o vendo sob uma “máscara”, e agora é o momento em que vemos sua verdadeira face – e acho que Charlie Vickers tem bastante a entregar!

O Estranho, por sua vez, faz uma participação ainda modesta nesse primeiro episódio – uma característica de “Os Anéis de Poder”, que foca os episódios em diferentes personagens, embora geralmente os tenha ali, presentes. Acompanhamos um pouco da jornada do Estranho e de Nori, e o personagem segue envolto em mistério, apesar das sugestões de que ele seja o Gandalf… gosto da relação do Estranho e de Nori, acho que a dinâmica funciona bem, e agora temos Poppy de volta, o que traz de volta um pouco da dinâmica que acompanhamos na primeira temporada. Temos o Estranho dando “uma demonstração de seu poder”, embora ele seja reticente no início, e temos os sonhos repletos de flashes rápidos que são visões possivelmente do passado do Estranho…

Tudo a ser aprofundado mais tarde.

Por fim, acredito que o verdadeiro destaque do episódio esteja nos Anéis de Poder que foram forjados recentemente… e que Galadriel acredita que é a resposta para manter os elfos na Terra-Média, ao invés de eles terem que buscar um novo lar, abandonando essas terras para trás à sua própria sorte. Galadriel segue essa personagem dúbia: ela ficou para trás, quando os demais partiram a Valinor, porque queria ajudar a Terra-Média ou porque queria vingança pela morte do irmão? Agora, ela quer um dos Anéis de Poder porque de fato acredita no bem que ele fará, ou porque ela também foi corrompida pela companhia de Sauron? É esse medo que Elrond compartilha com Gil-galad quando leva a ele os anéis e conta a verdade sobre quem era Halbrand…

O embate e a dúvida reinam nesse episódio de estreia, e é curioso acompanhar as disputas de poder e os interesses ocultos que movimentam cada um desses personagens… Elrond leva os Anéis até Círdan, esperando que ele saiba como destruí-los – a ameaça de eles terem sido corrompidos por Sauron é grande demais para que se corra o risco de usá-los, ele acredita. E Círdan parece realmente disposto a se livrar dos Anéis, mas os Anéis não parecem dispostos a serem destruídos… e é então que eles se tornam os grandes símbolos de… bem, de poder. Ao fim do episódio, os três Anéis de Poder são entregues: o primeiro deles, Narya, a Círdan; o segundo deles, Nenya, a Galadriel (que cena!); e, por último, o terceiro Anel, Vilya, usado por Gil-galad.

É um grande momento da Segunda Era da Terra-Média, e eu volto a comentar o que eu já comentei várias vezes em minhas reviews de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”: esse é um universo gigantesco e com muita coisa a se explorar, e eu AMO o fato de ele estar sendo expandido no audiovisual. Talvez tenhamos tido uma temporada mais lenta, é verdade, mas as peças estão sendo colocadas no tabuleiro, e tem muita coisa em jogo aqui: Galadriel, Sauron, possivelmente Gandalf e, é claro, a forja dos Anéis de Poder. O trailer ao fim do episódio nos mostra que os Anéis dos Anões também serão forjados nessa temporada, e os Anéis dos Homens serão pelo menos discutidos… é possível que tenhamos uma temporada mais ágil e que chegue mais longe.

Vamos ver!

 

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