The Lord of the Rings: The Rings of Power (Os Anéis de Poder) 2x05 – Halls of Stone

Os Sete Anéis dos Anãos.

Com sinceridade? Estava muito mais envolvido com a trama dos Anéis dos Anãos – seja em Khazad-dûm ou não – do que com qualquer trama de Númenor. “Halls of Stone”, o quinto episódio da segunda temporada de “Os Anéis de Poder”, deixa de lado as narrativas com o Estranho, Tom Bombadil, as Pés-Peludos e os Grados, que foram destaque no episódio anterior, e foca nos Anãos e em como o primeiro Anel usado, aquele que está em posse do Rei Durin III, está corrompendo o seu usuário… enquanto isso, Sauron/Annatar segue conseguindo manipular Celebrimbor com uma facilidade que é quase assustadora. Sabemos que a ruína da Terra-Média não está tão longe de acontecer; Sauron está conseguindo tudo o que ele planejou.

Khazad-dûm estava em um período sombrio… sem a entrada da luz do sol através das pedras e sem que os Anãos conseguissem ouvir a montanha, foi fácil convencê-los de que os Anéis de Poder eram uma boa estratégia. Durin III é o primeiro a usar um desses, e podemos percecber o quanto ele está sendo afetado pelo Anel – o quanto ele não é o mesmo de antes, e como toma decisões que não tomaria, se não fosse pelo Anel. Ele estabelecera restrições para as escavações que perdurara por décadas (!), e agora ele as suspende, tomado por uma ambição absurda por causa de toda a riqueza que está escondida nas profundezas da montanha, algo que ele chama de um oceano, que eles exploraram “apenas uma gota” ainda. E isso toma conta dele.

O Rei Durin, no entanto, não consegue perceber o quanto é perigoso o que ele está fazendo, e o quanto ele está deixando que o Anel tome decisões em seu lugar… em uma ótima cena do episódio, Durin parece desconcertado sem o Anel, e se volta contra quem estiver ao seu lado, perguntando onde está o Anel, incapaz de se lembrar que ele mesmo tirara mais cedo, porque estava pesando demais. É Disa quem, por mero “acaso”, acaba descobrindo os riscos que as novas escavações, cada vez mais profundas, podem trazer. Quando segue uma pedra que comprara de presente e ela derruba, Disa termina em uma caverna na qual ela escuta algo… uma criatura escondida nas profundezas de Khazad-dûm, e que não pode ser despertada. As escavações precisam parar.

Um Balrog?

Mesmo com os avisos claros de Disa, o Rei Durin diz que “ela está errada e não existe perigo algum”. O Príncipe Durin, então, resolve fazer algo a respeito… a maneira como o Anel está afetando o pai é motivo de preocupação e alerta. Durin IV vai pessoalmente falar com Celebrimbor sobre o que está acontecendo, e quando Celebrimbor garante que não há nenhum problema na forja dos Sete Anéis para os Sete Reinos dos Anãos, Durin propõe que, nesse caso, talvez o problema esteja em quem está forjando os Anéis… quão bem Celebrimbor conhece esse Annatar de fato? Durin consegue colocar alguma dúvida sobre Celebrimbor, mas nenhuma sobre o próprio pai. Quando ele vai trabalhar com o Rei, Disa pede que ele prometa que nunca vai usar um Anel.

Há um problema com os Anéis dos Anãos, e não dá para negar.

Enquanto isso, Sauron continua em seu plano contra a Terra-Média… sempre conseguindo o que ele quer. Desde o início do episódio, ele está sugerindo a Celebrimbor que NOVE ANÉIS sejam forjados para os Humanos – algo com que Celebrimbor não concorda, porque os Homens são fracos e corruptíveis. Então, o elfo ordena o fechamento da forja, para que nenhum novo Anel seja feito, mas Sauron/Annatar pretende seguir adiante, e não de maneira escondida: ele diz abertamente a Celebrimbor que ele forjará esses Anéis sem a sua ajuda. Então, Annatar inicia a forja, à sua maneira, e Celebrimbor tenta resistir, mas acaba se unindo a ele, no fim das contas… Nove Anéis serão feitos, com algumas diferenças em relação aos que vieram antes.

É tudo muito curioso, na verdade. Todo o poder de Celebrimbor acaba sendo diminuído por Sauron… não, não diminuído; esse poder é utilizado por Sauron. Annatar o tem nas mãos, e a verdade é que a companhia de Sauron já corrompeu o próprio Celebrimbor, quer ele queira perceber isso ou não. Ele não segue as ordens que deveria seguir, e ele gosta do poder de forjar Anéis – é por isso que, apesar das ressalvas apresentadas por Durin, ele resolve participar da nova forja. Ele tenta convencer a si mesmo de que existe um motivo nobre pelo qual ele está fazendo isso: os Nove Anéis para os Humanos são “necessários” para dividir o poder dos Três Anéis dos Elfos e para redimir os Sete Anéis dos Anãos, supostamente. Mas será mesmo?

 

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