The On1y One, Ep. 01 – Beginning: You’re Not My Brother

 

“A probabilidade de duas pessoas se encontrarem é 0,00417. Já a probabilidade de que você vai gostar dessa pessoa e ela gostar de você de volta e vocês dois se tornarem o amor um do outro é de apenas 0,0000173”

 

UMA ESTREIA DELICIOSA! Eu sei que já comentei várias vezes aqui no blog, mas eu sempre sinto a vontade de comentar novamente: tive muito boas experiências com BLs de Taiwan, que nos entregou obras como a dolorosa e impactante “Seu Nome Gravado em Mim”, a absolutamente fofa e dramática “Plus & Minus”, que ainda é um dos meus BLs favoritos (!), ou tantas temporadas memoráveis de “HIStory”, como “Crossing the Line”, “Trapped” e “Make Our Days Count”. Atualmente, o fato de uma obra BL ser taiwanesa já é o suficiente para captar meu interesse… “The On1y One” (inclusive, comento que amei a estilização do título!) tem uma estreia carismática, ágil e competente, que me fez recordar, de certa maneira, “We Best Love”.

“The On1y One” conta a história de Sheng Wang (interpretado por Liu Dong Qin) e Jiang Tian (interpretado por Benjamin Tsang), dois garotos inteligentes que acabam morando juntos quando os pais se casam – e então eles precisam conviver. É boa a dinâmica de eles não se conhecerem inicialmente, de eles se encontrarem pela primeira vez na escola, com algumas turbulências (!), e de eles descobrirem ao fim do dia que dividirão uma casa de agora em diante… é o tipo de narrativa que pode render uma série de bons momentos, e eu estou curiosíssimo para saber como isso tudo se desenvolverá, mas de uma coisa eu tenho certeza: eu vou gostar muito, porque, com um episódio assistido, eu já gostei bastante desses personagens.

O Sheng Wang é lindo, fofo e eu estou completamente apaixonado por ele.

Acho interessante como algumas coisas parecem mesmo universais… o cochicho em torno de um aluno novo que está chegando à sala no meio do ano letivo, por exemplo. Todos estão curiosos quanto à chegada de Sheng Wang, transferido porque o pai está sempre se mudando – quer dizer, todos menos Jiang Tian, o melhor aluno da sala, que está dormindo sobre a mesa (talvez com um toque de arrogância?) e não parece estar nem aí para o “aluno novo”. Há um quê de caos e outro de surpresa nesse primeiro dia de aula de Sheng Wang, porque ele foi colocado em uma sala avançada, e as coisas ali parecem ser bem diferentes do que ele está habituado… achei uma graça a expressão dele se levantando e dizendo que “vai desistir da escola”.

Mas Sheng Wang se sai bem… ele foi colocado em uma classe avançada por uma razão. No seu segundo dia de aula, ele faz um exame semanal sobre apostilas cujas aulas ele nem atendeu, mas ele sabe como ir atrás de pontos-chave, e é através deles que ele se prepara o quanto pode durante a noite. Ele passa algumas horas de sufoco fazendo esses exames finais? Muito provavelmente. Ainda assim, ele ganha eventualmente um elogio do professor na frente da sala toda, porque ele se saiu melhor do que muita gente com apenas um dia de estudo – pode ser que Jiang Tian finalmente tenha alguma concorrência como o melhor aluno da sala, não? Gosto de ver a maneira discreta, mas perceptível, como o ego de Sheng Wang dá uma inchada depois do elogio.

Se o elogio do professor faz com que parte de Sheng Wang se sinta orgulhoso, no entanto, qualquer interação com Jiang Tian, sentado na carteira atrás dele (!), é o suficiente para retorná-lo à realidade… e eu adorei toda e qualquer interação dos dois! É aquela coisa de desafio e provocação ainda, mas é uma ótima maneira de começar uma história! Jiang Tian está secretamente se divertindo com Sheng Wang, e só é tão divertido porque, de uma maneira ou de outra, ele consegue atingi-lo… com um quê de deboche também. Amo a cena em que ele pergunta se Sheng Wang vai entregar para ele sua folha de exame ou não, ou quando Jiang Tian confisca a caneta dele e faz um cálculo todo sobre como ele não devia estar perdendo tempo…

Sério!

Acredito que “The On1y One” tem muito a explorar e desenvolver… há toda aquela questão familiar, também, porque temos a impressão de que Sheng Wang foi pego de surpresa com essa história de “casamento”, e ele não parece tão satisfeito com isso. Ele não é do tipo rebelde ou agressivo, pelo menos não parece ser, mas ele é do tipo distante – daqueles que se fecham em seu quarto porque não quer compartilhar uma mesa com o pai e outra mulher, e isso tem tudo para ser um processo interessante de se acompanhar… ressalto a cena em que a sua nova “madrasta” deixa uma marmita para ele com o jantar que ele não veio comer e um bilhete, pedindo que ele o esquente no micro-ondas, mas Sheng Wang escolhe comer qualquer outra coisa…

O primeiro episódio ainda não teve tempo de explorar a dinâmica de “Sheng Wang e Jiang Tian morando juntos”, e esse é um ponto positivo, no fim das contas… cria expectativa sobre como será. As primeiras interações são ótimas (o “Você?” do Sheng Wang impagável, com o Jiang Tian pronto para provocá-lo também em casa, e não apenas na escola), e temos aquela última cena impactante, quando parece que Jiang Tian está indo embora, Sheng Wang chama o seu nome da sacada e eles ficam se olhando por bastante tempo – amo a repetição das palavras que iniciaram a série na narração, porque elas soam diferente no início e no fim do episódio… antes como uma apresentação, agora como algo já conferido a esses personagens, com tanta história a contar.

Estou empolgado!

 

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