Chiquititas Brasil (1ª Temporada, 1997) – O arrependimento de Júlio
Uma boa ação?
Júlio chegou
e não causou uma boa impressão nas meninas do Orfanato Raio de Luz… ele e Mili
estão em pé de guerra desde o Dia 1,
e o Júlio termina de cavar a própria cova quando ele dá uma de dedo-duro e
conta para a Carmem sobre como a Clarita voltou para o rock nas aulas de dança
assim que ela saiu, mesmo que a Carmem a tenha proibido de ensinar rock e tenha
instruído ela a mudar para o ballet clássico, e ainda conta para a tia que as
meninas planejam participar de um concurso
de rock (e, aqui, a Ana tem uma parcela de culpa, porque ela não tinha nada
que ter aberto a boca!). Sabendo que só pode ter sido ele, Mili fica ainda mais
brava e promete que “aquele maldito vai pagar, porque isso não vai ficar desse
jeito”. E ela tem um plano.
Então, Mili
liga para a casa dos Almeida Campos, fala com Júlio e marca um encontro com ele
no parque perto do orfanato no dia seguinte, às 15h, mas ela não tem um plano
elaborado nem nada – ela só quer tirar satisfações, gritar com ele e falar
sobre como ele lhe dá nojo. No fim das contas, o Júlio age como um verdadeiro
babaquinha, rindo dissimuladamente como se não tivesse feito nada e, ao
confessar, soltar um “E daí?”,
alegando que fez o que fez para se divertir… Mili diz que, por causa da sua
“diversão”, a Clarita perdeu o emprego e elas ficaram sem aulas de dança, e
quando o Júlio segue rindo, os dois acabam entrando em uma briga com direito
aos dois rolando na lama – uma confusão que só, e os dois chegam de volta em
casa imundos.
Mas é ali
que Júlio começa a mudar. Ao
conversar com o Péricles, seu rato, quando volta para casa, ele fala sobre como
“todas as mulheres são insuportáveis”, mas como “a Milena é a pior de todas”,
mas ele também admite que ela é valente, luta bem e que foi “legal” brigar com
ela… além disso, ele diz que ela não é feia. Então, Júlio começa a se
arrepender por ter sido um dedo-duro e ter contado tudo para a Carmem, mas sabe
que ele vai precisar fazer alguma coisa além
de pedir desculpas: e ele sabe exatamente como reverter a situação, manipulando
a tia usando o seu ego. E, assim, ele consegue algumas vitórias, que ele corre
animado para contar às meninas no Orfanato Raio de Luz… mas,
compreensivelmente, Mili e as demais não
querem ouvir o que ele tem a dizer.
E, então,
nasce outra confusão.
Quando as
meninas o chamam de espião e mandam ele ir embora, o Mosca acaba comprando a
briga, puxando o Júlio pelo colarinho e dizendo que é melhor ele ir embora,
porque aquela é a casa das meninas e elas não querem ele ali. Júlio devolve a
provocação, mandando ele “não se meter”, e os dois brigam com direito a um soco
e o Júlio caindo, batendo a cabeça e desmaiando – apesar de que o Júlio bate a
cabeça NA ALMOFADA DO SOFÁ, então todo o “drama” acaba sendo algo quase hilário
de se assistir. De todo modo, mesmo com isso tudo, o Júlio não conta a verdade
para a Carmem dessa vez, e inventa uma história qualquer na qual ela acredita,
sem acusar o Mosca ou as meninas, o que é uma atitude correta dele, e o
suficiente para que as meninas deem um
voto de confiança…
Mili vai até
agradecê-lo, e eles compartilham um bom momento, com o Júlio contando para ela
que convenceu a tia a voltar com as aulas de dança e até a deixar que as
meninas participem do concurso! Eles sorriem, apertam as mãos e se despedem, e
é aí que está começando uma nova história em “Chiquititas”. Temos até as meninas provocando a Mili no quarto,
dizendo que o Júlio só fez isso porque gosta dela (!), enquanto o Júlio tem
mais uma conversa sincera e dolorosa com o Péricles, sobre a mãe e sobre como
ele disse para ela que não sente a sua falta, quando ela telefonou: é triste
como o Júlio diz que, por ele, ela pode ficar na Europa e nunca mais voltar,
porque “vai dar no mesmo”. A maneira como o Júlio se sente uma criança
abandonada é bem triste…
E é assim
que, eventualmente, ele vai acabar no orfanato com os demais.
Pelo menos
por um tempo.
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