Doctor Who (4ª Temporada, 1967) – Arco 033: The Moonbase
“Eu preciso
de espaço!”
OS CYBERMEN
ESTÃO DE VOLTA! Muito antes do que eu esperava, apenas quatro arcos depois de
sua primeira aparição, os vilões que foram responsáveis pela regeneração do
Primeiro no Segundo Doctor estão de volta, atacando uma Base Lunar em 2070, com
a intenção de destruir a Terra… escrito por Kit Pedler, que também foi um dos
responsáveis por “The Tenth Planet”,
e dirigido por Morris Barry, “The
Moonbase” é o sexto arco da quarta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 11 de fevereiro e
04 de março de 1967, em quatro partes – desses, dois episódios sobreviveram e
os outros dois ganharam uma animação com o áudio original, o que quer dizer que
é uma experiência muito mais legal do
que de uma mera reconstrução.
E eu digo
com toda a certeza: É O MEU ARCO FAVORITO DO SEGUNDO DOCTOR ATÉ AGORA!
Particularmente, eu acho que os Cybermen são vilões muito mais interessantes do que os Daleks, e eu fico feliz em ver
que a série entendeu que eles
encontraram novos personagens interessantes a serem explorados, embora a
próxima história com Daleks não esteja muito distante, na conclusão dessa
temporada… depois de ser “desafiado”, o Doctor tenta provar que ele consegue
controlar a TARDIS e escolher onde pousar, mas as coisas não saem conforme o
planejado e eles terminam na superfície da lua em 2070, e contam com a ajuda de
uma base e sua enfermaria para cuidar de Jamie, que acaba sofrendo um acidente
que o deixa desacordado durante parte da história…
Acho que
toda a ambientação de “The Moonbase”
é muito boa. A Base Lunar é a responsável por controlar as marés e o clima da Terra através de um aparelho
chamado Gravitron, e o Doctor e os demais descobrem que alguma coisa está acontecendo na base, porque algumas pessoas estão
sendo infectadas por um misterioso vírus que deixa suas veias pretas, e ninguém
consegue descobrir por que isso está
acontecendo, o que está causando a doença ou como ela se espalha – além disso,
o médico da base é um dos infectados. Por isso, eles acreditam que o misterioso
visitante que se chama “Doctor” pode ser a ajuda de que eles precisam… afinal
de contas, talvez ele consiga descobrir o que está acontecendo? E, de todo
modo, o Doctor precisa ganhar tempo ali, por Jamie.
O mistério
da doença que aparentemente ninguém consegue explicar é acompanhado de um novo
mistério quando os doentes começam a desaparecer
da enfermaria – Jamie é o primeiro a ver um Cyberman, que ele desconhece e
acredita se tratar de um flautista que vem buscá-lo na hora da morte; Polly,
por sua vez, reconhece o Cyberman porque ela e Ben já estavam na TARDIS quando
o Doctor enfrentou os Cybermen pela primeira vez… e, portanto, ela sabe do
perigo que eles estão correndo. Inicialmente, no entanto, ninguém lhe dá
atenção, porque acredita-se que os Cybermen foram exterminados na destruição de
Mondas, mas não demora para que eles mesmos vejam os Cybermen que estão
lentamente invadindo a Base Lunar e entendam que ela estava certa.
Uma das
minhas partes favoritas dessa história foi ver o Doctor tentando ganhar tempo…
há algo de muito carismático que eu estou aprendendo a enxergar no Doctor de
Patrick Troughton, e está cada vez mais
gostoso de assisti-lo em ação. Ele consegue um prazo de apenas 24 horas
para descobrir o que está deixando os trabalhadores doentes, e isso rende
algumas das melhores cenas de “The Moonbase”:
eu me diverti demais com o Doctor andando pela base recolhendo amostras,
tentando passar despercebido enquanto tirava
o sapato do pé de alguém e coisas assim; também me diverti muito quando ele
não chega a nenhuma conclusão, mas manda a Polly “parecer ocupada” quando
percebe que tem gente vindo, ou quando ele pede “espaço”.
MUITO BOM!
Quando a
“batalha” contra os Cybermen se torna inegável, eu gostei muitíssimo de ver a
maneira como foi a Polly quem teve a ideia de como atingi-los: preparando uma
combinação de diferentes solventes para espirrar nos Cybermen e tentar
desintegrar a peça de plástico que eles carregam no peito, substituindo seu
coração e pulmões… também fiquei muito feliz em ver o Jamie melhorando e
insistindo que ele quer ajudar, porque eu estou começando a gostar bastante do
Jamie como companion também! E tem um
ar de competição entre ele e Ben, né? De todo modo, é graças à Polly que eles
têm finalmente alguma coisa que podem usar contra os Cybermen, alguma coisa que
funciona… pelo menos para os Cybermen que
estão do lado de dentro da base.
Mas existe
dezenas de Cybermen do lado de fora.
O plano dos
Cybermen é tomar o controle de Gravitron e acabar com toda a vida da Terra –
não exatamente como uma vingança,
segundo eles, porque Cybermen desconhecem “sentimentos” e teoricamente não são
movidos por eles, mas porque planejam “eliminar todo tipo de perigo”. Enquanto
o Doctor e os demais encontram uma maneira de bloquear a passagem pela qual os
Cybermen estavam entrando na Base Lunar, no entanto, eles negligenciam o
controle que essas criaturas já têm sobre aqueles que foram infectados através
do açúcar (!), e que respondem a ordens suas… é assim que uma nave enviada da
Terra para ajudar a Base Lunar, que claramente está enfrentando problemas, é
desviada e condenada a um destino terrível e fatal rumando ao Sol.
Então, eles
estão sozinhos e precisam resolver tudo por eles mesmos… e que maneira melhor
de fazer isso do que usando o próprio Gravitron? De alguma maneira, parece que
a conclusão para o arco foi simples, mas eu acho que existe certa ironia e
esperteza em utilizar o próprio Gravitron contra os Cybermen, na falta de
outras alternativas – e eles são “expelidos” da lua sem que possam fazer mais
nada. Enquanto a Base Lunar volta a trabalhar para controlar o clima na Terra e
impedir novos estragos, o Doctor, Ben, Polly e Jamie deixam a base sem se
despedir e partem novamente para a TARDIS, rumo a uma nova aventura
desconhecida… muito curioso como eles entram na TARDIS fazendo comentários sobre
os Cybermen e como esperam “nunca mais encontrá-los”.
Ha!
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