Doctor Who (4ª Temporada, 1967) – Arco 035: The Faceless Ones, Parte 1

Chameleon Tours.

Escrito por David Ellis e Malcolm Hulke e dirigido por Gerry Mill, “The Faceless Ones” é o oitavo arco da quarta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 08 de abril e 13 de maio de 1967, em seis partes – apenas dois desses episódios sobreviveram, mas os outros quatro ganharam suas versões em animação pela BBC em 2020. E, temos aqui, UM ARCO MARAVILHOSO DO SEGUNDO DOCTOR! Fico muito feliz em perceber que viemos de uma boa sequência de histórias: “The Moonbase” é excelente (e o meu favorito na temporada por enquanto); “The Macra Terror” é muito bom também; e, agora, “The Faceless Ones” tem um começo espetacular que pode acabar colocando o arco eventualmente entre os melhores da temporada.

Dessa vez, a TARDIS se materializa no meio da pista do aeroporto de Gatwick… e isso, por si só, rende bons momentos, com o Doctor mandando o grupo “se separar” enquanto estavam correndo das autoridades, ou o grupo sendo investigado pela polícia por causa da cabine de polícia no meio da pista de pouso… e a história já começa eletrizante! Enquanto Ben se separa do grupo, o que ironicamente o mantém em segurança por um tempo, Polly acaba se escondendo dentro de um hangar e presencia um assassinato, dando início à investigação do episódio – o Doctor não vai simplesmente entrar na TARDIS e partir, agora que ele sabe que alguma coisa está acontecendo ali… alguma coisa que tem a ver com a companhia aérea Chameleon Tours.

Inclusive, nome curioso.

Gosto do clima descontraído e meio caótico do episódio! O Doctor e Jamie tentam falar com qualquer autoridade do aeroporto para poder denunciar o assassinato, por exemplo, mas eles não recebem nenhuma atenção da mesa de imigração, que só quer saber se eles têm ou não um passaporte… e eles não têm – e é impossível não pensar que, se o Segundo Doctor já tivesse o papel psíquico, ele teria resolvido aquele problema do passaporte muito mais rápido. Depois de presenciar o assassinato, Polly é sequestrada sem que o Doctor e Jamie percebam, e então ela se torna uma vítima dos vilões do episódio… criaturas que parecem estar roubando rostos e identidades de outras pessoas. “The Faceless Ones” tem uma vibe bem ficção científica que eu adoro!

O Doctor e Jamie ficam aliviados em rever Polly, eventualmente, dizendo às autoridades que essa é a garota que presenciou o assassinato sobre o qual eles estavam falando, mas Polly se comporta como se não os conhecesse – porque a verdade é que não é mesmo a Polly. Com outro nome e outra personalidade, Polly não corrobora a história do Doctor e de Jamie, e eles precisam encontrar outras maneiras de fazer com que acreditem neles… ou que pelo menos os ouçam sobre o que está acontecendo. Fica muito mais difícil, no entanto, quando o Doctor convence os policiais a irem até o hangar em busca do corpo que Polly vira, mas eles não encontram nada… por isso, com a eventual ajuda de Ben, que se reúne a eles, eles precisam investigar a Chameleon Tours eles mesmos.

Toda a premissa da Chameleon Tours é assustadora e genial! Jamie conhece uma garota chamada Samantha Briggs, cujo irmão desapareceu depois de ter supostamente viajado para Roma com a Chameleon Tours, e ela quer notícias a seu respeito – o hotel cujo telefone a empresa passou para ela não existe, e Sam já entrou em contato com a polícia e descobriu que seu irmão não está hospedado em nenhum hotel na cidade de Roma… ainda assim, ela tem um cartão-postal que foi escrito e supostamente enviado por ele. É graças à Sam que algumas coisas começam a ser desvendadas, e descobrimos, por exemplo, que a Chameleon Tours faz os jovens escreverem cartões-postais antes de entrarem no avião, para enviá-los depois do lugar para onde eles deveriam ter ido…

Mas para onde nunca vão.

Existe, então, uma trama para sequestro de jovens em massa – o anúncio da Chameleon Tours no jornal é a isca perfeita –, e possivelmente esses jovens estão tendo seus rostos e suas identidades roubadas, como aconteceu com Polly e com um dos funcionários do aeroporto e sabe-se lá quantos mais?! Cabe, agora, a Doctor e o seu grupo de companions resolver esse mistério, desmascarar os vilões e salvar a vida de todos os jovens que ainda podem cair nas armadilhas da Chameleon Tours… quem sabe, até dos jovens que já caíram… afinal de contas, parece que os humanos precisam estar vivos para que a “cópia” funcione perfeitamente. Partimos, então, para a reta final de “The Faceless Ones”, estou curioso com os rumos que a história vai tomar!

(E me preparando para despedidas)

 

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