English Teacher 1x07 – Convention
“Good
people make good teachers”
Eu tenho
certeza de que a experiência de assistir “English
Teacher” é uma para quem está ou esteve em sala de aula na condição de
professor e outra completamente diferente para quem nunca viveu essa realidade… acredito que eu provavelmente me
diverti mais nesse episódio porque eu saí
de sala de aula depois de anos e não pretendo nunca mais voltar do que eu
teria me divertido se ainda estivesse lá.
Diferente do episódio anterior, no entanto, que eu sinto que me causou mais
angústia do que diversão, “Convention”
traz a realidade preocupante da
educação atualmente, sem perder a sua habilidade de fazer comédia, e eu dei
boas risadas com cenas como o Evan roubando a torre de camarão ou o “Let me see it” quando a Gwen fala da
foto da bunda do Pasha…
Evan e os
demais professores estão em uma Conferência de Professores – um evento para uma
série de palestras onde só existem duas opções: a) você ficar ouvindo que “os
professores são os verdadeiros heróis” e conselhos de pessoas que não sabem a
realidade de sala de aula; ou b) ser confrontado com a realidade deprimente de sala de aula pós-Covid. E
sabe de uma coisa? Eu, que fui professor até 2 anos atrás, já ouvi tudo que o
Evan estava ouvindo a sério em
palestras. Os temas pesam sobre os professores exaustos e eles se empolgam com
conversas paralelas exatamente como os
seus alunos adolescentes fazem em sala de aula, e todas aquelas cenas fazem
com que eu goste muito de “English
Teacher”, porque É MUITO REAL!
Felizmente
ou infelizmente, é muito real!
No evento,
que acontece em um hotel chique em Dallas, Texas (os meus eventos aconteciam na
cidade mesmo, uma tristeza), Evan reencontra Pasha (tudo bem eu querer ver o Pasha bêbado depois do
comentário de Evan sobre o que ele faz quando está bêbado?), um antigo
colega que parece ter se dado bem na vida,
com algum trabalho conceitual que parece nem existir de verdade, mas que está
dando bastante retorno financeiro… então, Evan começa a questionar toda a sua
vida e se perguntar se quer mesmo continuar em sala de aula. Até que ele
perceba que, sim, ele quer… e que não gosta daquelas pessoas esnobes debochando
de um dos seus amigos, o Rick. AMO a cena do Evan fugindo de lá levando a torre
de camarão e gritando que “Pasha age gay quando está bêbado”.
Grant, por
sua vez, está bastante confiante de que o discurso que ele foi convidado a
fazer no último dia da Conferência vai ser um sucesso, enquanto Evan, Gwen e
Markie tentam convencê-lo a fazer algumas alterações nas piadas, ou mesmo
tirá-las, porque eles não acham que elas parecem lá muito boas… Grant, no
entanto, garante que “ele conhece a sua audiência”, e quer saber? ELE CONHECE
MESMO! Eu goto de como o discurso dele simplesmente funciona exatamente como ele idealizou, mas ele também aceita uma
sugestão de Evan que o torna ainda melhor… de todo modo, Evan e Gwen têm outra
preocupação: o fato de que parece que Grant contratou um novo professor de Educação Física para substituir o Markie no ano
seguinte.
Essa história
da possível demissão de Markie rende momentos
muito bons durante o episódio! Gwen e Evan se dividem entre tentar fazer
com que o Grant mude de ideia e fazer com que o Markie aja diferente com Grant
para segurar o seu emprego, e a conclusão dessa história é a mais absurda e
mais perfeita possível, porque descobrimos que tudo não passa de um “jogo” que Grant e Markie fazem todo ano… todo
ano, Markie ameaça se demitir fingindo que tem uma outra proposta muito boa, e
todo ano Grant finge contratar um substituto para ele, e isso faz com que a
relação deles se fortaleça? As reações de Gwen e de Evan finalmente entendendo essa complexidade toda são
muito boas. E posso dizer? No fim foi até meio que fofo!
Bom
episódio!
(Sinto falta
do Clube do Livro, que já entregou tantas cenas boas na série!)
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