Glee 1x19 – Dream On

“Dream until your dreams come true”

NEIL PATRICK HARRIS! Preciso dizer mais alguma coisa? Na verdade, preciso sim: COMO PODE ESTAREM TODOS TÃO BONITOS EM UM SÓ EPISÓDIO?! Quer dizer, o Neil Patrick Harris é meu crush desde sabe-se lá quando, e ele está incrível, como sempre; o Will, talvez por sua “rivalidade” com Bryan Ryan, estava com um sex appeal maior do que o normal, e o fato de ele estar usando camisas abertas ou aquela camiseta branca com gola V me deixou até meio atordoado (inclusive, Neil Patrick Harris e Matthew Morrison na performance de “Dream On” É DE TIRAR O FÔLEGO!); Jesse St. James todo molhado de chuva naquela cena no carro com Shelby também é algo que merece registro; e, por fim, Mike Chang dançando durante “Dream a Little Dream of Me”.

Uau.

Dream On foi exibido originalmente em 18 de maio de 2010, como o décimo nono episódio da primeira temporada de “Glee”, e talvez seja o episódio que me faça sentir que estamos chegando à conclusão desse primeiro ano… afinal de contas, as Regionais são mencionadas novamente, e o arco final de Rachel se inicia, quando descobrimos que Shelby, a treinadora do Vocal Adrenaline, é a sua mãe – inclusive, foi por isso que Jesse St. James se aproximou dela desde o início, e não exatamente para espionar o New Directions e tudo o mais… além disso, Artie também ganha uma história centrada nele e em seu sonho de ser um dançarino, enquanto o glee club sobre a ameaça de ser fechado e, dessa vez, não é por Sue Sylvester, mas por Bryan Ryan.

Quando Bryan Ryan pede que os alunos do glee club escrevam numa folha de papel qual é o seu maior sonho, aquele que eles têm medo de admitir até mesmo para eles mesmos, Artie escreve que queria dançar – e como é a folha de Artie que Bryan Ryan arranca, amassa e joga no lixo, para exemplificar que ele acredita que todos os sonhos deles não vão se realizar, Tina acaba a pegando para ver, e então ela tenta fazer o sonho dele se realizar… afinal de contas, ele ainda pode dançar, mesmo que em uma cadeira de rodas, assim como eles dançaram em “Proud Mary”. Ainda assim, não é isso o que Artie quer, e quando ele tenta se levantar com a ajuda de muletas e acaba caindo, ele se sente mais humilhado e envergonhado do que nunca, e pede que Tina o deixe sozinho…

Gosto de como “Glee” trabalha alguns assuntos com sensibilidade e verdade. Eu não condeno a intenção de Tina, tentando animar o Artie com uma série de pesquisas ainda embrionárias sobre possíveis tratamentos que, um dia, talvez ele possa tentar, mas essa é uma esperança distante e o seu caso é, até onde se sabe, irreversível – e, até então, ele tinha se habituado a essa realidade. Então, Artie aprende a “focar em sonhos que ele possa realizar”, depois de uma conversa importante que tem com Emma, mas isso não quer dizer que não doa… assim, de um flashmob animado ao som de “Safety Dance” no shopping, que é um sonho acordado de Artie, ele termina em “Dream a Little Dream of Me”, com uma melancolia sincera, verdadeira e palpável.

Rachel, por sua vez, confessa para Jesse qual é o seu maior sonho… afinal de contas, até o Jesse lhe diz que interpretar papeis como o de Evita ou a protagonista em “Funny Girl” na Broadway é inevitável, não um sonho, e ela acaba confessando: ela queria saber quem é sua mãe. Mas ela nunca teve coragem de falar sobre isso com os pais, porque ela não quer magoá-los, mas ela gostaria de saber quem ela é… então, Jesse coloca nas suas coisas de infância uma fita que Shelby gravou para ela agora e que quer que ela escute, porque sabe que ela não vai descansar até encontrá-la depois de ouvir a fita. Toda essa história entrega uma das performances MAIS EMOCIONANTES da temporada – também pudera, “I Dreamed a Dream”, de “Les Misérables”, é icônica, forte e impactante.

E são Idina Menzel e Lea Michele cantando aqui!

Por fim, é claro, temos toda a história de Bryan Ryan, um antigo colega (e inimigo?) de Will Schuester que aparece no McKingley High com a função de cortar um programa de artes por causa dos custos… e ele está inclinadíssimo a cortar o glee club, na verdade porque ele é um homem frustrado que, ao deixar a escola, nunca conseguiu se tornar uma estrela e fazer a sua carreira decolar nem nada assim. Agora, ele está em um emprego chato do qual não gosta, tendo que viajar escondido para Nova York para assistir a musicais e esconder os programas em uma caixa no sótão como se fossem pornôs (!), e tentando apagar as luzes das outras pessoas, porque ele não acredita mais em nada… é um pouco desesperador como ele diz algumas coisas para o pessoal do glee club.

Mas Will tenta se aproximar dele, tenta conversar, tenta fazê-lo se lembrar de quem ele era e do quanto a arte é importante. E é assim que ganhamos duas performances das quais eu gosto bastante… “Piano Man”, que é algo mais simples e improvisado, é incrível porque temos Neil Patrick Harris e Matthew Morrison cantando, então como pode não ser incrível? E todo o sentimento da cena, logo depois da confissão de Bryan Ryan, é excelente! Depois, quando Will leva Bryan para fazer audição para uma produção local de “Les Misérables” e os dois almejam o papel de Jean Valjean, eles entregam juntos a melhor performance do episódio, que é “Dream On”, E NÃO PODERIA SER MAIS PERFEITA! As vozes, a atuação, a entrega e a beleza desses dois… QUE CENA!!!

Essa cena desperta coisas que eu nem sei explicar.

Bryan Ryan é um personagem exagerado e caótico, do jeito que Neil Patrick Harris sabe fazer, e por isso eu adoro assisti-lo! As cenas são tão absurdas que são memoráveis, como toda a conversa dele com a Sue no escritório dela (os dados que os dois jogam um na cara do outro!), ou a maneira como ele traz presentes para o New Directions, mas os retira todos e anuncia o fechamento do programa no momento em que Sue anuncia que Will conseguiu o papel de Jean Valjean… também gosto da sinceridade cômica que é a conversa final de Will e Bryan, na qual Will diz coisas muito bonitas e muito sensatas que poderiam fazê-lo mudar de ideia sobre fechar o glee club por consciência e humanidade, mas no fim o que pesa mesmo é Will estar oferecendo o papel de Jean Valjean

Bem, funcionou, né?!

 

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