Glee 1x20 – Theatricality

“Cause I’m a freak, baby!”

O BURT GRITANDO COM O FINN PARA DEFENDER O KURT É UMA DAS MELHORES COISAS DESSE MUNDO! Exibido originalmente em 25 de maio de 2010,Theatricality é o vigésimo episódio da primeira temporada de “Glee” e, como o título sugere, fala sobre teatralidade – um elemento muito importante para uma apresentação, por sinal! Ao som de Barbra Streisand, Lady Gaga e a banda Kiss, esbanjando teatralidade em cada performance, o glee club aprende uma lição, eles se tornam mais performáticos no palco e os jovens ainda precisam lidar com outros temas, como o julgamento a respeito da roupa que você está usando, um show de homofobia na escola e dentro de casa (!), e uma mãe que ressurge inesperadamente e não sabe bem como ser mãe de uma adolescente.

Quando o Diretor Figgins chama Tina Cohen-Chang e Will Schuester na diretoria para falar sobre a roupa gótica que Tina está usando, aparentemente apavorado com a ideia de vampiros ou qualquer coisa assim (era a época de “Crepúsculo”, afinal de contas) e a proíbe de continuar usando aquele tipo de roupa na escola, e o New Directions descobre que, ao que tudo indica, o Vocal Adrenaline vai performar Lady Gaga nas Regionais (!), Will Schuester resolve unir as duas coisas na tarefa da semana do glee club: ELES TAMBÉM FARÃO LADY GAGA! Assim, eles podem se preparar para as Regionais, treinar a sua teatralidade e, de quebra, encontrar um novo visual para a Tina… e é assim que nasce a performance PERFEITA de “Bad Romance”, que é um grande ícone de “Glee”.

Nessa trama toda, Rachel acaba descobrindo quem é sua mãe biológica… ela vai até o auditório onde o Vocal Adrenaline ensaia para tentar descobrir algo sobre a apresentação deles, quando conhece Shelby Corcoran: a diretora tão dramática, intensa e teatral quanto ela mesma. E quando Shelby começa a cantar, Rachel não tem dúvida alguma: além de a escolha ser “Funny Girl”, originalmente interpretada por Barbra Streisand no musical de mesmo nome, Rachel reconhece a voz da fita que ela “encontrou” entre as coisas de quando ela era bebê no episódio anterior… uma fita que foi plantada lá por Jesse St. James a mando da própria Shelby, mas agora que a Rachel está ali, na sua frente, dizendo que é sua filha, ela não sabe se está preparada para isso.

E a história é bem tocante! Rachel está cheia de ilusões que Shelby não sabe se poderá atender, e quando ela escuta Rachel contar uma história sobre como “os pais lhe levavam um copo de água toda vez que ela estava triste”, ela percebe que esse é o tipo de coisa que elas nunca terão uma com a outra, porque já é tarde demais… então, quando Will conversa com Shelby, preocupado com Rachel e todas as ilusões que ela está criando, ele a incentiva a ser sincero com Rachel, e é o que ela faz, em uma cena que é tanto dolorosa quanto sincera e emotiva. As semelhanças entre elas, não só físicas, são coroadas finalmente com a Shelby dizendo que “estrelas douradas são sua marca”, e elas não podem simplesmente fingir que nunca se conheceram…

Mas precisam de um tempo agora.

E se despedem com “Poker Face” – e eu amo Lea Michele e Idina Menzel cantando juntas!

Enquanto as meninas e o Kurt fazem uma apresentação icônica com “Bad Romance” e figurinos de tirar o fôlego, Finn confronta o Mr. Schuester dizendo que ele e os outros meninos não querem interpretar Lady Gaga – e é por isso que eles vêm com uma alternativa, que é a banda Kiss… tão teatral quanto a Lady Gaga, mas de uma maneira diferente. Assim, eles se apresentam com a intensa “Shout It Out Loud” no palco, e eu devo dizer que me dói um pouco ver as meninas gritando por eles como se eles fossem estrelas do rock, porque eles não tiveram a mesma reação quando elas estavam arrasando na performance delas! Mas eu é que sou meio rancoroso mesmo… gosto muito da apresentação de “Beth”, que é onde o nome do bebê de Quinn fica decidido.

Toda a questão de “se vestir teatralmente” e “expressar quem você é através da roupa” encontra uma série de comentários preconceituosos nos corredores do McKingley High, e essa trama coincide com uma novidade na vida de Kurt e Finn quando os pais anunciam que eles decidiram morar juntos… ingenuamente, o Kurt está empolgado em dividir um quarto com Finn, porque ele está apaixonado por ele ainda que não tenha nenhuma chance (o Finn é hétero e pode ser bem babaca quando quer!), mas o Finn não poderia estar mais insatisfeito com toda essa história – até porque ele sempre se importou muito com o que os outros pensavam e diziam a seu respeito na escola, e ele está sendo atormentado pelos garotos do futebol que adoram chamá-lo de “gay” por estar no glee club.

Isso nos leva a uma das cenas mais dolorosas da primeira temporada, na minha opinião, que é o momento em que Finn chega em casa, vê o quarto decorado por Kurt para os dois, e explode contra ele, dizendo uma série de coisas preconceituosas e absurdas que, felizmente, são ouvidas por Burt – e Burt diz tudo o que PRECISA ser dito! Sério, o Burt é icônico demais… EU O AMO PROFUNDAMENTE! Eu entendo que as mudanças são muito bruscas e eu entendo o Finn sentir que “perdeu a sua privacidade”, mas isso não lhe dá o direito de fazer um discurso que é, sim, homofóbico, inclusive usando uma palavra ofensiva que o Kurt nem percebe o quanto o machuca. A resposta do Burt é tão madura, tão sábia e tão real que me arranca lágrimas toda vez que eu assisto.

O quanto o Burt ama o filho, o quanto o protege! Que pai F*DA!

Finn tem a chance de “começar a se redimir” no fim do episódio – mas isso não muda o fato de que eu fiquei realmente magoado com ele. De todo modo, ele é jovem e talvez mereça a chance de mudar… e reconhecer que errou e que “ainda tem muito a aprender” é um bom começo, e ele tem um gesto bonito ao aparecer na escola com uma roupa digna da Lady Gaga para defender o Kurt quando ele estava quase sendo espancado apenas por ser quem ele é – inclusive, adoro a coragem do Kurt, dizendo que eles podem bater nele, mas isso não vai mudar quem ele é! Também é muito bonito que, além do Finn, o restante do glee club aparece para defender o Kurt, se for necessário… afinal de contas, eles são uma família, eles se protegem, e isso é muito bonito!

Episódio forte e emocionante!

 

Para mais postagens da minha revisita a “Glee”, clique aqui.

 

Comentários

  1. Você já pensou em falar sobre os filmes do Batman dos anos 80 e 90?

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    1. Não... nunca gostei muito do Batman, eu provavelmente nem assisti a esses filmes :(

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