Heartstopper 3x04 – Journey

“Hi, Charlie. I love you”

UM EPISÓDIO PERFEITO! Esse é um momento-chave de “Heartstopper” e eu estava ansioso para assistir à sua adaptação da série, embora nada temeroso em relação a como fariam isso, porque a adaptação de “Heartstopper” é feita, sempre, com muito cuidado, responsabilidade e sensibilidade. “Journey” é um episódio importante, emotivo e sincero que cobre mais de dois meses das vidas de Nick e de Charlie, logo depois de ele finalmente conseguir pedir ajuda… assim como acontece nos quadrinhos, acompanhamos a piora e o internamento de Charlie Spring através de escritas em diários, de dois pontos de vista diferentes: tanto de Nick quanto do próprio Charlie. É uma maneira linda e abrangente de retratar esses meses, e o episódio é lindo!

Começamos o episódio do ponto de vista de Nick, que é incentivado a escrever por Tara… em setembro, depois de Charlie conversar com os pais, as coisas pioraram. Charlie foi se isolando, ficando irritado, faltou muitas aulas, teve crises e episódios de automutilação. Então, ele concorda em ir para uma clínica para tratamento, para ver se isso ajuda, e Nick fica sozinho, preocupado e com poucas notícias do seu namorado, o que não permite que ele pense em qualquer outra coisa que não seja o Charlie… é curioso olhar para isso do ponto de vista do Nick, e perceber o quanto isso também foi difícil para ele, mesmo que ele tenha um bom grupo de amigos a quem o Charlie autorizou que ele contasse o que estava acontecendo e onde ele estava.

Em outubro, já com algumas semanas do internamento de Charlie e sem que ele ligasse para o Nick nenhuma vez, Nick precisa ser persuadido a ir a uma festa de Halloween com os amigos – uma festa que conta com ele vestido de Capitão América e o Tao usando a melhor fantasia de Halloween DO MUNDO, que é a do coelho de “Donnie Darko” (E EU AMO “DONNIE DARKO”!). A sequência da festa é uma das mais dolorosas possíveis… nós vemos um monte de coisa acontecendo, vemos as pessoas seguindo com suas vidas, e o Nick parece distante, alheio a tudo, mais triste do que qualquer outra pessoa, e é muito triste. Amei a cena de Nick e de Tao, na qual não é preciso nenhuma fala para transmitir a emoção… Tao abraça Nick e, pela primeira vez, ele desaba.

CENA FORTÍSSIMA E MUITO BONITA!

Novembro, Charlie liga para o Nick pela primeira vez… gosto muito do diálogo que começa falando sobre a “Agenda Marvel do Nick” (com o Nick tentando convencer Charlie a se vestir de Homem-Aranha, dizendo que ele se vestiria de Mary Jane e eles podiam recriar a cena do beijo invertido) e conduz até o Charlie conseguindo dizer para o Nick que ele foi diagnosticado com anorexia e com TOC. Precisou muita coragem para dizer aquilo, e é bom ouvir o Charlie dizer isso em voz alta. Daquela ligação em diante, Nick passou a visitar Charlie com a família dele algumas vezes por semana, e eu gosto muitíssimo de ver o Charlie cercado do seu namorado, da família e dos presentes que os amigos prepararam e enviaram para ele… muito bom.

Quando a campainha da casa de Nick toca e sabemos que o Charlie está do lado de fora, o tempo volta… retornamos a setembro, agora do ponto de vista de Charlie Spring, e sabemos que será ainda mais pesado assistir a tudo isso do ponto de vista dele. As cenas de como o Charlie piorou em setembro e tudo o que ele estava sentindo são angustiantes… e então ele vai para a clínica. Gosto de como se fala a respeito de a internação não ser, necessariamente, o ideal para todo mundo, e sobre como algumas pessoas acabam em lugares terríveis ou saem pior do que chegaram, mas Charlie diz que não foi ruim… ele estava em um lugar bom, e ele tinha a Susan, o Geoff e algumas pessoas legais, que não seriam “amigos para a vida toda”, mas pelo menos ele não estava sozinho.

Acompanhamos um pouco de Charlie na clínica: as conversas com Geoff, seu terapeuta, e a sua recusa constante às refeições, tudo que é trabalhado aos poucos, em semanas de internação. E também vemos uma visita de Tori, na qual ela incentiva o irmão a ligar para o Nick e conversar com ele (“He’s my favorite. Your friends are quite annoying, but I like him”). Charlie adiou a ligação até que ele estivesse bem o suficiente para não “preocupar ainda mais” o Nick, e ver a cena da ligação que já conhecemos da primeira parte do episódio, mas agora do lado do Charlie, é como um soco no estômago… depois da ligação para o Nick, Charlie também liga para o Tao, e é uma das conversas mais lindas possíveis! Amo o Tao preocupado, se sentindo meio culpado, e dizendo que o ama.

Muito, muito fofa essa amizade!

Depois, Charlie finalmente recebe a primeira visita de Nick. Há tanto emoção naquele olhar e naquele abraço que é ARREBATADOR. Gosto dessa reunião deles, gosto do cuidado de Nick e da segurança que Charlie sente ao seu lado e, é claro, amo o presente que foi enviado para o Charlie, que é uma espécie de “documentário” do dia-a-dia do grupo, para que o Charlie sentisse que não perdeu nada – e eles falam sobre como o grupo não é o mesmo sem ele. O vídeo é lindo, ocasionalmente divertido, e honesto. Eu ri, eu chorei, eu me emocionei do início ao fim. Charlie descobre que Isaac leu “A Canção de Aquiles” e está “bravo” com ele; que Darcy mudou seus pronomes; que Imogen e Zahar se beijaram no Halloween; que Elle ficou famosa na internet…

Até os professores entram no vídeo e é muito fofo!!!

O VÍDEO É LINDO, LINDO, LINDO DEMAIS!

Achei muito bonita aquela fala do Charlie sobre como a internação não “o curou magicamente”, mas “o tirou do fundo do poço”. Na verdade, o seu tratamento é uma jornada e ele provavelmente só deu o primeiro passo ainda, mas é importante que ele tenha dado esse passo… Geoff e Susan acreditam que ele está pronto para voltar para casa, sabendo que não vai ser fácil e que ele vai precisar continuar com a terapia semanalmente, mas é bom retornar. Tori é uma fofa o recebendo de volta. A mãe, agora, talvez o entenda um pouco melhor, e o autoriza a correr rapidinho até a casa do Nick para “dar um oi”, por exemplo, e então vemos o outro lado do momento em que a campainha da casa do Nick toca… e, quando se veem, os dois se abraçam e não se largam.

Faz bem a eles estar um nos braços do outro.

De novo: QUE EPISÓDIO PERFEITO!

 

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