Heartstopper 3x05 – Winter

Natal e Ano Novo.

Como Charlie Spring comentara no episódio anterior, a internação não o “curou magicamente”, mas ao menos “o tirou do fundo do poço” – e, agora, ele está de volta em casa e tem que lidar, por exemplo, com comentários totalmente absurdos de parentes ridículos durante a ceia de Natal… “Winter”, o quinto episódio da terceira temporada de “Heartstopper”, adapta predominantemente a novela “Este Inverno”, que foi escrita depois de “Um Ano Solitário” e publicada antes de Alice Oseman se debruçar oficialmente sobre a história de Nick e Charlie de maneira separada… aqui, temos bons momentos de Charlie e Nick, boas e tocantes cenas de Tori, que é uma das minhas personagens favoritas nesse universo, e uma participação especial de Oliver.

Fico feliz porque a série conseguiu incluir o Oliver como um presente aos fãs!

Charlie sabe que ele “está em uma jornada”, e que a melhora dele foi apenas o primeiro passo… e os seus avós e suas inconvenientes não estão ajudando nem um pouco para que as coisas fiquem bem. Os olhares, os comentários e as perguntas são todas descabidas e revoltantes, e não ajuda o fato de a mãe de Charlie mandar ele “ignorar” (“You’re not helping. You’re making me feel worse”), e eu preciso dizer que eu entendo perfeitamente a decisão de Charlie de “fugir” e ir para a casa do Nick… não quer dizer que eu não fique com pena da Tori, parada ali e pedindo que ele fique com ela, e por Tori talvez o Charlie pudesse ter ficado, mas eu realmente não o julgo por ter ido – aquele era um ambiente totalmente insalubre que ia mais cedo ou mais tarde desencadear uma crise.

Então, Charlie aparece de surpresa na casa de Nick – tanto para conhecer o Henry, o novo filhotinho de cachorro que o Nick acabou de ganhar, quanto para poder abraçar o namorado e se sentir seguro depois de uma discussão com a mãe e de comentários horrorosos de parentes. E, ali, ele se sente seguro no Natal pela primeira vez… ele e Nick até têm plateia durante o beijo deles, com a tia de Nick finalmente conhecendo o namorado do sobrinho, e o Charlie é incluído como parte da família em fotos e tudo o mais, sem que ninguém fique julgando sua aparência ou fazendo perguntas insensíveis sobre o lugar para onde ele fora… Nick e Charlie ainda compartilham alguns breves momentos um pouco mais quentes no quarto e se sentam para ver “Doctor Who” juntos.

Tradição natalina inglesa.

Eventualmente, a Tori aparece na casa do Nick também – afinal de contas, Charlie a deixara sozinha com aquelas primas horríveis, e o Oliver está querendo jogar Mario Kart com o Charlie (!). A conversa sincera que Tori e Nick têm com Charlie ali é muito bonita e muito importante, porque ambos falam sobre como eles inevitavelmente se preocupam com ele e sobre como ele precisa permitir que eles se preocupem e saibam o que está acontecendo, sem mentir que “está tudo bem” quando não está. Acho que Charlie entendeu, ali, que ele pode contar com Tori e com Nick. Aquela noite termina com Tori levando Charlie de volta para casa, a mãe pedindo desculpas porque ela errou, sim, e os irmãos jogando Mario Kart com Oliver… o que é meio que um presente aos fãs.

E eu amei esse fan service!

Enquanto isso, os outros personagens de “Heartstopper” também celebram seus respectivos natais… temos um pouquinho de Tara e Darcy, um pouco de Zahar e Imogen, um pouquinho de Isaac, mas o destaque fica mesmo para Tao e Elle. Quando as coisas esquentam entre eles, Elle não gosta muito quando Tao pega no seu peito, e não porque ela não queira que ele a toque ou porque não esteja pronta para fazer sexo – mas porque ela se sente insegura com o próprio corpo. Eventualmente, Elle conversa sobre seus sentimentos e sobre sua disforia com Tao, e pega conselhos com uma amiga da sua nova escola, a quem ela confessa que quer muito transar com o Tao, mas tem medo, e então ela consegue deixar as inseguranças de lado e dar um passo importante no Ano Novo…

Fico feliz por Tao e Elle!

O Ano Novo é bem mais breve que o Natal e ocupa apenas os últimos minutos do episódio, mas Charlie diz que “está melhor do que o Natal”, embora Tori tenha razão e o seu padrão esteja realmente muito baixo. Gosto de ver o Charlie mais leve e conseguindo se divertir, assim como gosto das demonstrações de carinho de Tori ao irmão, como quando ela diz que “ele é a única pessoa de quem ela gosta de estar perto”, o que também não deixa de ser um pedido de socorro… o episódio fez com que eu pensasse muito em “Um Ano Solitário” e, no fim do episódio, durante a festa de Ano Novo, Tori cruza olhares com alguém que vai ser muito importante na sua vida, de uma maneira ou de outra: Michael. Ainda acho que “Um Ano Solitário” merecia ser adaptado em um filme, com esse elenco…

Seria incrível de se assistir, e tem uma boa história ali!

 

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