Margarita (2024)
“Que tu
cuento valga la pena”
Música. Arte. Segredos. Mistérios. Amores.
COMO É BOM ESTAR DE VOLTA A ESSE UNIVERSO! Eu acho que a minha vida e a de
muitas pessoas da minha faixa etária foi bastante marcada por produções que
traziam o selo da Cris Morena, e eu estou feliz por ter uma produção nova que é tão fantástica, para nos levar de volta no tempo e para encantar
novas gerações. Cris Morena é o nome por trás de produções marcantes como as
novelas infantis “Chiquititas” e “Floricienta” (ambas ganharam versões
brasileiras, a primeira pelo SBT e a segunda pela Band, com o nome de “Floribella”) e as novelas adolescentes “Rebelde Way” (que é a base para o
fenômeno mexicano “Rebelde”) e “Casi Ángeles”, por exemplo… e agora ela
assina uma nova produção: “Margarita”.
A proposta
de “Margarita” é o que eu chamo de ousada – mas perfeitamente atual. Há
muitos anos, o entretenimento tem se voltado ao passado e apelado à nostalgia,
e embora remakes sempre tenham
existido (!), vimos um movimento para resgatar
obras amadas pelo grande público através de sequências… foi assim que clássicos
como “Abracadabra”, “Encantada” e “Os Fantasmas se Divertem” ganharam sequências trazendo de volta
seus atores originais. “Margarita” é
uma sequência e um spin-off de “Floricienta” – e eu sei que esse é um
ato mercadológico que apela à nostalgia e tenta já “garantir” como audiência os
fãs da obra original, mas, ao mesmo tempo, eu acho uma proposta arriscada… mexer com algo que já é amado
é sempre perigoso, e muita gente é
resistente.
Talvez as
primeiras reações ao anúncio de “Margarita”
e sua sinopse não tenham sido as melhores… eventualmente, no entanto,
percebeu-se o cuidado e o carinho ao tratar a obra, bem como a sua criatividade
e a sua qualidade técnica, porque eu preciso dizer isso: “Margarita” É UMA DELÍCIA DE SE ASSISTIR! Com boas atuações, um
roteiro ágil e músicas contagiantes (originais e covers), “Margarita”
consegue fazer algo inusitado que garante o seu sucesso: ela parece ter a alma de “Floricienta” e nos remeter a esse universo de maneira convincente
(aconchegante, emocionante), ao mesmo tempo em que é nova, fresca e moderna. A nova produção é cheia de
VIDA, e esbanja carisma desde os seus primeiros minutos, nos conquistando
depressa.
Poucos anos
depois do “final feliz” de Máximo e Flor, os novos Rei e Rainha de Krikoragán,
uma guerra assolou o reino, e a pequena Princesa Margarita foi levada de lá
para ficar em segurança, mas nunca mais se ouviu falar nem dela nem dos pais…
Margarita terminou em um orfanato, sem imaginar de onde veio, e Delfina
aproveitou a oportunidade para colocar
outra garota no seu lugar. Mesmo que o trono de Krikoragán tenha sido
usurpado, Margarita ainda tem direito a uma fortuna pela qual Delfina, como
irmã de Flor e na ausência dela, fica responsável se ela estiver cuidando de
sua sobrinha – Daisy, como Delfina chama a “sua” Margarita, é outra garota
resgatada de um orfanato, uma não-princesa com uma vida boa, que também não
imagina que não é quem pensa ser.
A
responsabilidade de dar vida à Margarita fica para Mora Bianchi, uma atriz
jovem, talentosa e carismática. A personagem de Margarita faz com que nos
apaixonemos por ela nos seus primeiros minutos – eu amo a sua sequência de apresentação como “figurante” em uma
produção e dou boas risadas ali! –, e eu gosto do fato de Margarita não ser
apenas extravagante (tão colorida quanto a mãe, talvez mais estilosa) e
falante, mas ser uma personagem cheia de facetas e camadas… gosto de como ela
encara a vida, de como entende a necessidade de “se viver um videoclipe triste”
quando as coisas não dão certo e de sua sensibilidade e sua consciência… suas
cenas com Romeo ainda na primeira semana mostram um cuidado e um respeito
imensos!
Sério, não
tem como não amar a Margarita.
Os caminhos
de Margarita e de Delfina se cruzam por “mero acaso do destino”. Sonhadora, empolgada
e confiante, Margarita quer uma bolsa no Hangar Soho, comandado por Delfina,
quando a ricaça anuncia um projeto que, no fundo, tem como intenção melhorar a sua imagem publicamente…
Margarita TEM algo que nos faz pensar em Flor, e isso não passa despercebido
por Delfina, especialmente quando ela canta “Por
Qué” ou quando interfere em uma
apresentação incluindo cardos nela, o que vai deixando a filha de Malala cada vez mais paranoica… ela acha que,
como o Conde de Monte Cristo, Margarita é uma “Condessa de Krikoragán” que está
ali para pegar seu lugar de volta e para se vingar. Isso promete dinâmicas ótimas!
A trama é
mais complexa que isso, é claro… Margarita não
sabe quem é – ela não quer ser princesa, tampouco quer se vingar, ela só quer a
chance de ser uma das bolsistas do Hangar Soho. Um dos outros jovens
audicionando, no entanto, está muito mais inteirado de coisas: Merlín. Merlín é
um Príncipe de Krikoragán, filho do homem que destronou Máximo Calderón de la
Hoya, e ele está ali para saber mais a respeito da Princesa Margarita, que é
quem devia ser a herdeira do trono em
seu lugar. Ao mesmo tempo em que ele se aproxima de Daisy com esse plano, no
entanto, ele também se apaixona por Margarita, sem imaginar que ela é a verdadeira Princesa Margarita de
Krikoragán. E Merlín, Daisy e Margarita formam um típico triângulo amoroso
de Cris Morena.
Além de
Margarita, Merlín e Daisy, o elenco de personagens também é composto por uma
série de jovens que se tornam os bolsistas do Hangar Soho, e é a partir daí que
o roteiro pode explorar diferentes talentos, diferentes personalidades e todos
os seus encontros e desencontros – provocações, armações, paixões, embates,
amizades… dentre os bolsistas escolhidos por Delfina, destaco dois personagens
que me deixaram muito feliz por terem sido incluídos: o primeiro deles Romeo,
um garoto com transtorno do espectro autista que é um grande artista plástico;
o segundo Zeki, um garoto gay com um talento imenso para a moda. Acredito que
ambos são personagens promissores que podem trazer muitas discussões e boas
histórias para “Margarita”.
Musicalmente,
“Margarita” também chama a atenção. A
divulgação da novela/série contou com canções originais como a animada e
contagiante “Mucho, Poquito o Nada”,
que se tornou a música de abertura, ou a emotiva e bonita “Espejito”. “Margarita”
conta com muitas músicas originais boas, além de covers de outras produções de Cris Morena, o que eu acho muito
inteligente e muito bem-vindo… temos covers de “Floricienta”, naturalmente, como “Flores Amarillas”, “Un
Enorme Dragón” e “Por Qué” (que
rende uma cena emocionante), mas não é a única produção de Cris Morena
resgatada; a trilha sonora também conta com músicas de “Rebelde Way”, como “Bonita
de Más”; de “Casi Ángeles”, como “Escaparé”; de “Aliados”, como “Ahora o
Nunca”; e de “Verano del 98”,
como “15 de Marzo”.
Eu só
consigo imaginar que “Margarita” é um
novo FENÔNEMO, e isso me deixa imensamente feliz. Eu sei que em algum momento
eu posso achar alguns capítulos enrolados, eu sei que posso “pegar ranço” de
alguns personagens, mas isso não contradiz tudo o que comentei aqui, e a
qualidade inegável dessa produção, que é feita com carinho e atenção à
audiência: cheia de vida, de música, de cor! Bem recebida pelo público e pela
crítica, “Margarita” tem feito
sucesso nos levando de volta ao mundo de Cris Morena, porque, como já comentei,
É UMA DELÍCIA DE SE ASSISTIR! A novela estreou com cinco capítulos semanais na
Max a partir de 02 de setembro de 2024 e eventualmente foi para a TV aberta,
sendo exibida pela Telefe a partir de 23 de setembro.
Sejam
bem-vindos ao mundo de “Margarita”!
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Estava ansioso pra ver você comentando sobre margarita !
ResponderExcluirSério? 😍 Espero que goste dos comentários, vai ter bastante texto de Margarita pela frente!
ExcluirSou 100% Cris Morener, então é claro que vou assistir. Confesso que tenho um certo ranço dessa tendência do mercado de apelar excessivamente pra nostalgia das pessoas. Mesmo sabendo que sequências, remakes e spin-offs sempre existiram e que muitos são maravilhosos. Mas ainda acredito que é possível encontrar boas histórias e Margarita parece ser muito legal.
ResponderExcluirOlha, pra mim esse "Sou 100% Cris Morener" já é o suficiente para achar que você vai amar HAHAHAHA Talvez tenha que não ser tão protetivo de "Floricienta", mas a vibe é total Cris Morena... super inspirado, colorido, animado. Bem, você leu o texto, eu estou gostando bastante, minha primeira impressão é excelente! Ainda estou chegando no capítulo 10, mas estou amando cada capítulo, tô muito feliz de estar assistindo a algo novo da Cris Morena e por ter essa cara de produção dela!
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