Primeiro Capítulo de “Margarita” (02 de setembro de 2024)

Una historia de cuento.

COMO É BOM ESTAR DE VOLTA AO UNIVERSO DE CRIS MORENA! Minha infância e minha adolescência foram muito marcadas pelas produções da Cris Morena, sejam em suas versões originais argentinas ou nas adaptações que ganhamos, no Brasil e no México… sempre fui apaixonado por “Chiquititas”, por exemplo, que foi a minha porta de entrada para essas produções, e também amo “Rebelde” e “Floribella” – e tenho “Casi Ángeles” na lista para ser assistido em breve. Agora, em 2024, Cris Morena retorna com uma produção inédita, que é uma sequência de “Floricienta” e acompanha MARGARITA, a filha de Flor e Máximo que foi “resgatada” de Krikoragán quando o reino estava em guerra, e não tem noção de toda a sua história…

A proposta de retornar a “Floricienta/Floribella” é interessantíssima, e eu gosto de como “Margarita” claramente compartilha do mesmo espírito, da mesma descontração e da mesma magia… é moderno, é atual, mas também tem um tom de nostalgia e algo que nos faz olhar e dizer: “Sim, é Cris Morena”. Minha sensação predominante assistindo ao primeiro capítulo foi: “Eu vou amar tanto isso aqui!”. A novela tem carisma, Mora Bianchi tem uma energia cativante essencial para que a personagem-título funcione, e tudo é visualmente bonito, colorido, com boa música… exatamente como amamos. Eu estou muito feliz por poder estar assistindo a algo novo desse universo em pleno 2024, e estou muito curioso para o que a novela vai nos apresentar.

A premissa de “Margarita”, que pegou uma galera desprevenida, talvez tenha influência de problemas de bastidores entre a Cris Morena e a atriz principal de “Floricienta”, mas eu preciso dizer algo: me parece algo que Cris Morena conceberia, independente de problemas de bastidores… e fico feliz que as críticas que eu tenho visto tenham dado um selo de aprovação à produção! Os primeiros minutos de “Margarita” nos levam de volta a Krikoragán em 2007, quando o reino estava em guerra e os príncipes de Krikoragán, ainda crianças, são salvos de toda aquela destruição para serem levados a Paris, com a promessa de que Florencia e Máximo vão se encontrar com eles mais tarde… infelizmente, no entanto, nunca mais se soube nada de Florencia ou de Máximo…

Ou mesmo das crianças.

Margarita cresceu como uma garota órfã, sem saber a sua origem – quem são seus pais ou que ela é a Princesa de Krikoragán –, e Delfina aproveitou a oportunidade que viu à frente. Como irmã de Flor e na ausência dela, ela sabia que encontrar Margarita lhe garantiria a gerência de toda a sua herança… e na falta da Margarita verdadeira, Delfina pode escolher uma garota da mesma idade em um orfanato que ela pode se fazer passar por Margarita. Atualmente, Delfina dá entrevistas sobre sua Margarita, a quem chama “Daisy” e define como “a princesinha que transformou sua vida em um conto de fadas”. E ela desfruta da vida que sempre achou merecer, graças aos agradecimentos de Krikoragán por ter “salvado” a vida de sua princesa… e só há uma maneira de a verdade vir à tona: com a verdadeira Margarita.

Completamente alheia a toda essa história, a verdadeira Margarita é uma garota que fugiu de um orfanato e não tem dinheiro para pagar aluguel, mas esbanja um otimismo invejável, com um sorriso contagiante e muita vida – exatamente como se espera da filha de Flor. A primeira cena de Margarita na novela é SIMPLESMENTE PERFEITA (e eu já a assisti mais de uma vez, porque a acho fascinante). Acredito que a primeira impressão é importantíssima, e Margarita causa na audiência uma excelente primeira impressão, com um carisma invejável e a capacidade de nos fazer rir… ela está trabalhando como figurante em uma produção qualquer, mas ela não consegue ficar quieta, o que quer dizer que as gravações precisam ser interrompidas e ela é retirada…

Eu dei risadas tão sinceras com essa primeira cena da Margarita! Amo a sua energia cantando para o diretor para tentar convencê-lo a deixar que ela fique, amo as suas expressões, amo a sua indignação dizendo que não entende por que perguntam o que ela sabe fazer se querem que ela fique ali sem fazer nada, e amo a maneira rápida como ela entrega sabe-se lá quantas palavras por minuto, falando sobre tudo o que sabe fazer… e ela tem falas maravilhosas como “Te lo vou a decir en idioma de extra” e “Indignada me voy”. É uma belíssima primeira cena que faz com que nos aproximemos da personagem já de cara – não tem como não amar tudo nessa primeira cena… infelizmente, no entanto, ela vai embora sem receber pelo trabalho, e ela precisa do dinheiro…

Afinal de contas, ela divide uma casa com Pipe, o amigo com quem fugira do orfanato, e os dois não têm como pagar o aluguel – e a mulher responsável pelo prédio quer ou receber o que eles devem ou os expulsar dali. Por isso mesmo, Margarita precisa escalar às escondidas e entrar pela janela, para não ser descoberta, e isso rende uma boa cena, que é apresentada em paralelo à primeira cena de Merlín, que também está escalando escondido as paredes da Faculdade de Direito e Ciências Políticas na qual estuda e mora, para retornar ao seu dormitório antes que descubram que ele fugira dali, em uma moto que ele mantém escondida entre os arbustos do campus… o primeiro capítulo ainda nos apresenta bem pouco de Merlín, curioso para ver mais de sua história.

Se Merlín ainda é um “mistério” a ser explorado nos próximos capítulos de “Margarita”, a própria Daisy também é uma personagem que vemos pouco, mas que tem tudo para crescer… aparentemente, ela não desempenhará um papel vilanesco como o de Delfina em “Floricienta”, e eu acho que a amizade de Margarita e Daisy pode ser uma das forças dessa trama! As duas compartilham uma única cena, por enquanto, que é quando o cachorro de Daisy escapa dela no meio da rua, quase é atropelado, e Margarita pula para resgatá-lo… acho que um laço surge inevitavelmente no momento em que você salva a vida do cachorro de outra pessoa, sabe? Há algo de muito bom na interação das duas, no fato de elas “terem o mesmo nome”, e os destinos ainda vão se cruzar…

Afinal de contas, Delfina vai acabar atraindo a atenção de Margarita. Delfina está incomodada com o fato de ela nunca ser considerada para um prêmio que ela quer muito receber, então ela resolve contratar alguém para “melhorar a sua imagem”, e Salustiano lhe explica que ela passa a imagem de uma pessoa “fria” e “sozinha”, mesmo quando ela está cercada de outras pessoas… por isso, ela tenta uma estratégia e faz uma live na Hangar Soho para anunciar que vai dar uma série de bolsas a jovens artistas que lhe apresentarem um projeto que valha a pena… e esse anúncio faz com que jovens por todo o país se empolguem – dentre eles, Margarita, Merlín e a própria Daisy. E esse é um bom começo e uma boa apresentação para a futura trama de “Margarita”.

Margarita sai imediatamente para poder ir à casa de Delfina, acreditando no destino e que essa bolsa é sua e está esperando por ela… Delfina falara algo a esse respeito. Há algo de inocente, encantador e determinado em Margarita que nos faz torcer por ela, mesmo quando ela faz coisas inesperadas como sair para a “audição” embaixo de chuva, e ela até cai no meio do caminho, o que quer dizer que ela chega bastante suja… ao chegar à casa, que algum dia fora dos Fritzenwalden, Margarita tem uma sensação – algo que ela chama de “flikiti”. Do lado de dentro, andando em direção à porta para atender à campainha, Delfina também sente algo. E, então, o destino as coloca frente a frente no momento em que Delfina abre a porta para a verdadeira Margarita.

QUE BELO FINAL, QUE BELO GANCHO!

Um ótimo primeiro capítulo!

 

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