The Hidden Moon – Episode 5

Limbo.

Eu tentei gostar, eu tentei me empolgar, mas eu infelizmente estou parando por aqui… com a série sendo baseada em uma história da mesma autora de “I Feel You Linger in the Air”, que é um dos BLs de que mais gosto no mundo, eu talvez tenha depositado fichas demais em “The Hidden Moon”. Eu não acho que a série seja ruim… mas eu acho, sim, que ela é sem graça, de alguma maneira. Eu não consegui me empolgar, me envolver ou sentir aquela vontade absurda de correr para o próximo episódio assim que ele lança – e, com tantos BLs sendo lançados atualmente, eu preciso abrir espaço na agenda para coisas que vão me empolgar. Acredito que “The Hidden Moon” tem suas qualidades, mas essas mesas não superam os problemas de ritmo e atuação.

O roteiro verdadeiramente me deixa curioso, e eu vou atrás de spoilers quando a série terminar para saber se minha principal teoria estava correta… e não me refiro à morte de Khen e dos demais, que me parece óbvia (se acabar que eles não estão mortos por causa do acidente no primeiro episódio, AÍ SIM eu vou considerar isso um plot twist), mas à minha convicção de que além de Khen estar morto, Mas não está. Desde que coloquei isso em mente, lá no segundo ou no terceiro episódio, isso é tudo o que eu consigo enxergar nas interações entre Khen e Mas: continua sendo, conforme a proposta, o relacionamento entre um fantasma e uma pessoa viva, mas esses papéis são invertidos em relação às nossas primeiras conclusões no anúncio.

Todo o início desse quinto episódio, de alguma maneira, me parece seguir confirmando isso. Khen visita novamente Mas, de alguma maneira que ele não consegue entender (!), e Mas o coloca em uma missão para supostamente pegar e levar para ele o anel de que um amigo precisa para fazer um pedido de casamento no evento social daquela noite… na verdade, acho que o Mas só estava se divertindo e tentando manter o Khen ocupado. A escolha de colocar o Khen “disfarçado” como um trabalhador para “se infiltrar” no evento e “passar despercebido” é inteligentíssima caso Khen seja um fantasma durante a vida de Mas. O roteiro pode alegar que ninguém nem olha para ele por sua posição, quando na verdade talvez ninguém mais o esteja vendo…

Só o Mas.

Em relação ao beijo compartilhado meio “abruptamente” no fim do episódio anterior, entendemos por que não parece ter tido preparação o suficiente para isso… porque não era real, mas um sonho de Khen na biblioteca. A cena de Khen na biblioteca traz breves informações a respeito do “limbo”, e ele resolve tentar ajudar Mas a resolver o que quer que “o esteja mantendo aqui” (se é que as cenas que vemos de Mas não são dele vivo). Achei interessante a “brincadeira” do texto quando Khen começa a desconfiar da possibilidade de “o limbo não ser de Khen”, no fim das contas, mas a segunda opção dele é a mulher que ele também tem visto… não passa pela sua cabeça, em nenhum momento, que pode ser ele quem está morto.

A “fixação” de Khen por Mas, no entanto, começa a chatear e a preocupar os amigos… não sei quanto de Bing estava realmente preocupado com Khen e quanto estava sentindo ciúmes de Mas; ainda assim, eu acho que há certo exagero na sua atitude, mesmo que Toh acabe lhe dando razão. Infelizmente, a atuação dessa sequência é difícil de engolir. Bing e Toh falam com Khen sobre como antes ele estava trabalhando com eles em busca de uma maneira para que todos possam escapar daquele ciclo, e agora tudo em que ele parece pensar é em ajudar Mas a “seguir em frente”, como se não se importasse mais com eles. A cobrança acaba assentando sobre Khen, que resolve tentar deixar para trás essa preocupação talvez exacerbada com Khen e ajudar os amigos.

De todo modo, Khen não consegue ficar distante por muito tempo. O episódio é construído para mostrar um pesar sobre Khen quando ele precisa “parar de pensar em Mas”, e ele é “transportado” para um outro momento e um outro evento lá na época em que Mas ainda estava vivo… como eu já devo ter dito em outra review: tem muita coisa acontecendo em torno de Mas para que ele não esteja vivo; é só o Khen quem parece “isolado”, como se estivesse em um “limbo” (!). A questão aqui é que a história de “The Hidden Moon” é, a princípio, apresentada sob o ponto de vista de Khen… se tivéssemos tido a chance de acompanhar isso tudo do ponto de vista de Mas, eu tenho certeza de que as percepções seriam bem distintas.

 

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