Amigas e Rivais (Amigas y Rivales, 2001)
“Ellas sólo
quieren amar”
UMA NOVELA
POLÊMICA, REVOLUCIONÁRIA E INTENSA. Eu gosto muito de “Amigas e Rivais”,
e eu adoro a maneira como ela trata assuntos tabus sem nenhum medo do que está fazendo… com quatro protagonistas
fenomenais e muito diferentes uma da outra, além de personagens secundários
realmente interessantes, a novela consegue abordar assuntos como alcoolismo,
consumo de drogas, gravidez na adolescência, aborto e HIV, dentre outros. Ainda
hoje, ao assistir à novela novamente, alguns assuntos e abordagens nos chocam, e eu acho que essa é a
grande marca da novela: A SUA AUDÁCIA. Certamente deixando sua marca na
história das telenovelas mexicanas, “Amigas
e Rivais” faz coisas que as novelas não costumavam fazer… e se você acha
que “já viu de tudo”, segure a respiração para as grandes revelações do ÚLTIMO
CAPÍTULO, que são chocantes.
Bem chocantes.
Mas sem spoilers, né?
A primeira
protagonista da novela é Jimena,
interpretada por Ludwika Paleta. Ela
é uma garota rica, cuja mãe morreu há algum tempo, e que acredita que o pai não se importa com ela… então, ela
começou a se aventurar pelo mundo do álcool e da droga, e esse é o principal
problema que a personagem deve enfrentar ao longo da novela – sua passagem mais
chocante tem a ver com isso, quando fica uma semana “desaparecida” quando chega ao fundo do poço. Depois, temos Ofelia, interpretada por Adamari López, que surpreendentemente
se converte em minha personagem favorita
das quatro. Digo “surpreendentemente” porque ela é bem chatinha no começo, mas então ela descobre que é soropositiva,
e esse é um importante ponto de mudança
em sua vida. Além de ser soropositiva, ela ainda tem problemas de abandono com a família.
No lado das
“amigas e/ou rivais” pobres, temos Laura,
interpretada por Michelle Vieth,
que, das quatro, é a personagem de que
menos gosto. Acontece que eu acho que ela é a que pior atua entre as
quatro, e também a sua história é a menos
interessante… seus problemas se referem à mãe ***, ao pai depressivo e à
irmã, Andrea, que acaba se tornando, a meu ver, muito mais protagonista que
ela… também detesto o “romance” de Laura
com Roberto. E, por fim, temos uma de minhas favoritas: Nayeli, interpretada por Angélica Vale. Gosto muito de Nayeli
porque ela tem uma inocência que a assemelha às Marias de Thalía, de algum
modo, mas uma determinação por seguir
os seus sonhos, mesmo com todas as adversidades da vida… e não são poucas. Logo no primeiro capítulo, por exemplo, ela quase
é estuprada e, acidentalmente, causa a morte do homem que tentou violá-la ao
fugir…
Wow.
Como o
título da novela sugere, essa é a história de quatro AMIGAS e RIVAIS, e é muito
interessante acompanhar as relações entre elas, e perceber como os laços acabam
se formando por um motivo ou por outro, e se fortalecendo conforme as coisas
acontecem. Em alguns momentos, você acha que elas nunca poderão ser amigas, todas, porque parece mesmo muito difícil (existe algumas que
realmente se odeiam), mas alguns
eventos acabam mudando uma coisa ou outra, e elas alternam entre “amigas” e
“rivais” continuamente. Gosto de ver a Nayeli se aproximar de Ofelia, por
exemplo, mas isso pode ser apenas porque as
duas são as minhas personagens favoritas entre as quatro. Mas Jimena e
Laura, por exemplo, são um caso curioso: elas
começam se detestando, depois viram “amigas”, de algum modo, e acabam se
detestando de novo quando Laura começa a namorar o pai de Jimena.
Mas existe um evento fortíssimo que ajuda os laços
a se estreitarem.
Acompanhando
o elenco feminino, temos também os garotos
de “Amigas e Rivais”, mas que são
nomes bem menos expressivos que os
delas. Eu gosto muito de Ulises,
interpretado por Gabriel Soto, e ele
é o único dos garotos que é realmente
muito legal. Johnny,
interpretado por Johnny Lozada, por
sua vez, tem um personagem chatinho e forçado, e com a interpretação muito
cheia de “caras e bocas”. Semelhante ao problema com Roberto, interpretado por Arath
de la Torre, que além de ser um personagem chatíssimo, era um problema seriíssimo de atuação. Quem atuava bem
e tinha um personagem mais interessante era René Strickler, interpretando o Carlos. Outros personagens masculinos vêm e vão, e as relações
amorosas de “Amigas e Rivais”, com
exceção do romance de Ofelia e Ulises, QUE É LINDO, são bem problemáticas.
“Amigas e Rivais” foi um sucesso de
audiência e contou com 185 capítulos, que foram exibidos entre 26 de Fevereiro
e 9 de Novembro de 2001. Já no Brasil, a novela foi exibida em 219 capítulos, a
partir de Abril de 2002… também é interessante notar que a novela ganhou uma
versão brasileira em 2007, de mesmo nome, protagonizada por Cacau Melo, Karla
Tenório, Lisandra Parede e Thaís Pacholek. Com ideia original de Emilio
Larrosa, e escrita por Alejandro Pohlenz, a novela ainda recebeu alguns prêmios
no ano de 2002, sendo todos devidamente merecidos. Gabriel Soto ganhou um Premio TVyNovelas 2002, como “Melhor
Revelação Masculina”, além de um Premio
Los Favoritos del 2002, na categoria “Mejor Actor Joven”. Ludwika Paleta
também ganhou esse prêmio e na mesma categoria, “Mejor Actriz Joven”. Um
sucesso.
Agora, vamos relembrar um pouco a novela…
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Esses dias lembrei que uma vez você tinha dito aqui no blog que já tinha os textos de amigas e rivais prontos pra postar, fui olhar e vi que você não tinha postado nenhum, imagina minha surpresa entrar agora e ver que você finalmente vai começar a postar eles !
ResponderExcluirEu demorei demais para postar mesmo... e o "empurrãozinho" agora foi que a novela vai entrar no +SBT, achei que era um sinal para tirar os textos da gaveta e postar haha Vou postar um ou dois por semana, mas vai entrar regularmente :)
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